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Porque devem os crentes em Jesus observar as "festas dos Judeus"?

17/5/2013

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Primeiramente porque não são as "festas dos Judeus", mas sim as festas do Soberano Todo Poderoso YHWH (Levítico 23:2)

Em segundo lugar porque as festas não foram dadas só aos judeus mas sim a Todo o Israel (Malaquias 4:4).

Em terceiro lugar, e essa é a razão primordial, porque o Eterno YHWH Criador de todas as coisas assim determinou, e basta apenas esse aspecto, para ser razão mais do que suficiente para observá-las.

É importante esclarecer um ponto; não existem mandamentos para judeus e mandamentos para gentios (Números 9:14; 15:15-16, 29; Levítico 24:22;). Existe sim uma instrução que foi dada ao Povo de Israel, para que este servisse de exemplo e de luz para as nações (Salmo 119:5; Isaías 60:1-3; Isaías 61:6-7; Zacarias 8:23). Israel foi o povo escolhido para ser separado e ser santo (Lev. 20:24-26; Deut. 7:7-9), um povo que fosse uma referência para as nações, e desse povo iria sair o Messias.

Mas por que razão foi o Povo de Israel enaltecido entre os povos? Porque Deus é fiel às suas promessas, e prometeu a Abraão que em si seriam benditas todas as famílias da terra (Génesis 12:3; Gálatas 12:3).

Abraão, um homem justo numa terra corrompida, foi escolhido por Deus, para ser o pai de muitas nações, e isso foi-lhe imputado por justiça (Romanos 4:3).

A Lei de Deus foi outorgada ao Povo de Israel pois este foi chamado para ser povo santo (Deut. 14:2), para que este servisse de testemunho às nações. Logo todo aquele que se volta para YHWH e aceita seguir a sua instrução, é contado como parte do Povo de Israel (Êxodo 12:49; Números 15:15-16 Gálatas 3:29);

Um dos propósitos da vinda de Yeshua, foi reunir as ovelhas perdidas que se dispersaram entre as nações (Mat. 10:6; 15:24). Yeshua veio abrir a porta que nos reconcilia com o Eterno (João 10:7-9), e se Israel estava desligado de YHWH, foi devido ao facto de transgredirem a Lei de YHWH, como tal, a Porta que Yeshua abre, é uma porta que só pode ser acedida através do arrependimento, e após passar essa porta, existe um caminho de santificação, sem o qual ninguém poderá ver Elohim.

Ou seja, o arrependimento permite que passemos essa porta, mas depois existe um caminho estreito que nos leva ao Eterno.

Porquê um caminho estreito? Porque a nossa carnalidade é propícia ao erro, devido ao pecado original, temos sempre inclinação para o pecado, e por isso mesmo é necessário que se observe a Lei do Eterno, pois ela instrui-nos de como nos podemos afastar do pecado.

O argumento de que a Lei se tornou inútil depois do sacrifício de Yeshua, além de pouco razoável, não tem qualquer tipo de fundamento, pois Yeshua não derramou o seu sangue em vão, ele fê-lo com o propósito de nós voltarmos para o Eterno, para atentarmos para a palavra que Deus desde o princípio deu através dos seus profetas e nos últimos tempos pela boca do Seu filho (1 João 2:24; Judas 1:3; Hebreus 1:1).

AS FESTAS DE LEVÍTICO 23 SÃO SÓ PARA OS JUDEUS?

Como já vimos, as Festas de Levítico 23 são para o Povo de Israel por estatuto perpétuo. É de salientar também, que juntamente com os descendentes directos de Jacob (Israel), saíram do Egipto uma multidão de gentios que foram contados como parte de Israel. 

A Palavra ensina-nos que o Povo de Israel é composto por ramos naturais e enxertados, e que todos esses fazem parte da Oliveira (congregação) cuja raiz é o Messias (Yeshua).  Não há como criar diferenciação entre Judeus e Gentios quando nos referimos a pessoas que abraçam a verdadeira fé no Soberano Eterno Elohim de Israel,  ou que se chegam à fé em YHWH através de Yeshua, e essa não é uma ideia avançada pelo Apóstolo Paulo , pois em toda a história do Povo Santo sempre existiram gentios que eram contados como parte desse mesmo povo (vejamos o exemplo de Raab; Rute etc.) Não há como dizer que seguimos a vontade de YHWH se rejeitamos a sua instrução, ou pelo menos partes desta.

ENTÃO E O QUE DIZER DE ACTOS 15? NÃO SÃO APENAS 4 OS MANDAMENTOS PARA GENTIOS?

Quando analisado esse capítulo de uma forma isolada sim, mas quando a Palavra é encarada como um todo não. Actos 15 lida com um tema específico, e deve ser analisado dentro do contexto correcto. O vs. 5 de Actos 15 diz:

“Alguns, porém, da seita dos fariseus, que tinham crido, se levantaram, dizendo que era mister circuncidá-los e mandar-lhes que guardassem a lei de Moisés.”

O foco aqui eram os novos convertidos, e os fariseus exigiam que estes só deveriam comungar na congregação se fossem primeiro circuncidados e daí vem a resposta:

19’ Por isso julgo que não se deve perturbar aqueles, dentre os gentios, que se convertem a Deus. 20’ Mas escrever-lhes que se abstenham das contaminações dos ídolos, da prostituição, do que é sufocado e do sangue. 21’ Porque Moisés, desde os tempos antigos, tem em cada cidade quem o pregue, e cada sábado é lido nas sinagogas.

Vejamos a harmonia do texto. Tiago considerou que a circuncisão não deveria ser critério de admissão na congregação, pois existiam instruções mais urgentes que deveriam ser dadas a esses novos crentes, visto que eram práticas comuns entre eles e por isso era urgente exortá-los a que deixassem essas práticas que grassavam no mundo gentio, eram urgente abandonar práticas como:

- a idolatria;
- a imoralidade sexual;
- o sufocado;
- e o sangue.

E porquê apenas essas quatro instruções específicas? Não há instruções mais importantes como por exemplo o NÃO MATAR? A razão é simples, porque como já dissemos, as proibições avançadas por Tiago, eram práticas comuns entre os novos convertidos, que era urgente que abandonassem, e o vs. 21 de Actos conclui a linha de pensamento:

“21’ Porque Moisés, desde os tempos antigos, tem em cada cidade quem o pregue, e cada sábado é lido nas sinagogas”.

Ou seja, porque todos os outros preceitos da Lei eles poderiam aprender à medida que iriam frequentando os cultos aos sábados nas sinagogas. Porque o processo de santificação não é imediato, mas sim gradual, e era sumamente importante que gradualmente fossem abandonando as práticas contrárias à lei, e a circuncisão não deveria ser motivo de dissensões naqueles casos específicos, pois haveriam coisas mais importantes a ser tratadas em primeiro lugar.

Não fugindo ao tema. Muitos dizem que muitos preceitos da Lei (como é o caso das Festas de Levítico 23) foram cravados na cruz e não precisam de ser observados. Tal premissa baseia-se na errada interpretação do texto bíblico, pois pela boca do próprio Yeshua foram pronunciadas as seguintes palavras: Não pensem que vim anular a Torá ou os profetas; não vim anular, mas cumprir; pois até que os céus e a terra passem; nem um yud ou um traço se omitirá da lei até que tudo seja cumprido.

Na verdade algo foi cravado na cruz, e o que foi cravado na cruz, foi tudo aquilo que falava contra nós (Col. 2:14) e o que é que falava contra nós? O que é que nos acusava? Claramente que foram as nossas transgressões. Todas essas foram cravadas na cruz em cumprimento da profecia de Jeremias 31:34: “e nunca mais me lembrarei dos seus pecados.”

PAULO, O APÓSTOLO DOS GENTIOS, NÃO NOS EXORTOU A GUARDAR TODAS AS FESTAS, SOMENTE A PÁSCOA E O PENTECOSTES?

Essa pergunta leva-nos a outra pergunta mais importante; seguimos a YHWH ou a Paulo? Não precisamos que Paulo confirme todas as instruções de YHWH, porque a Bíblia é um todo, e o Eterno exorta-nos a guardarmos as suas festas identificando-as como sendo AS MINHAS SOLENIDADES;

Em segundo lugar, além da Páscoa e do Pentecostes, Paulo exorta-nos a observar também a guardar Festa dos Pães Asmos (1 Coríntios 5:8).

Em terceiro lugar, Paulo é o apóstolo mais mal interpretado de todos, visto que é muitas vezes, erroneamente associado como aquele que nos instrui a abandonar a Lei. Paulo não faz isso, mas é crucial destacar que se caso Paulo o fizesse certamente seria um herége, logo não seria uma referência para fundamentar doutrinas, pois diz-nos a palavra:

“Aquele que diz: Eu conheço-o, e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade”. 1 João 2:4

“Aqui está a paciência dos santos; aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus.” Apocalipse 14:12

Mas não, Paulo não era um herége, foi sim usado como "bode expiatório" para que os verdadeiros hereges deturpassem as suas palavras. Pedro sabia que isso iria acontecer, como lemos na sua segunda epístola:

“E tende por salvação a longanimidade de nosso Senhor; como também o nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada; Falando disto, como em todas as suas epístolas, entre as quais há pontos difíceis de entender, que os indoutos e inconstantes torcem, e igualmente as outras Escrituras, para sua própria perdição.” 2 Pedro 3:15-16
 
E como a Palavra não se contradiz, então há algo que não está a ser visto como um todo pois o próprio Paulo diz-nos:

“Mas confesso-te isto que, conforme aquele caminho que chamam seita, assim sirvo ao Deus de nossos pais, crendo tudo quanto está escrito na lei e nos profetas.” Actos 24:14

“Mas ele, em sua defesa, disse: Eu não pequei em coisa alguma contra a lei dos judeus, nem contra o templo, nem contra César.” Actos 25:8

Se Paulo serve a Deus com base na Lei e nos profetas, como é que ele pode ser visto como alguém que prega contra a lei?

Se Paulo não pecou em coisa alguma contra a lei dos judeus (Torá) então não poderia andar a transgredir a Torá, logo se ele não o fazia como poderia induzir outros a fazê-lo?

Daí poderá vir a argumentação de que Paulo não induzia outros a fazê-lo visto que respeitava as festas apesar de não as observar. Mas esse argumento também cai por terra, pois não havia forma de Paulo servir a Deus com base na Lei e nos profetas, se não guardasse o mandamento de observar as festas.

Somente uma análise muito limitada ou isolada de versículos bíblicos, ou a herança paupérrima que foi herdada do "cristianismo romano", poderá levar a essas doutrinas heréges.

Como vemos Paulo nada fala contrário à Torá, logo nunca poderia ensinar a não observar as Festas Bíblicas, mas ainda que Paulo o fizesse, essa não seria razão suficiente para deixar de as observar, pois a Palavra várias vezes, inclusive o próprio Paulo, ensina-nos que toda a palavra é confirmada pela boca de duas ou três testemunhas (2 Coríntios 3:1). Isto para dizer que, basear-se somente em Paulo para fundamentar doutrinas, não é suficiente.

PAULO SÓ DÁ ENFASE A DUAS FESTAS?

Muitos dizem que Paulo só instrui-nos a guardar duas festas porque foram as únicas que Cristo cumpriu profeticamente. Mas vejamos, é necessário que Cristo lhes dê cumprimento profético para passarem a ser observadas? Claro que não.

Os seguidores de Cristo, antes de saberem que o derramamento do Espírito Santo se daria naquele dia específico de Pentecostes, estavam de antemão todos juntos (judeus e gentios) em concordância no mesmo lugar a observar aquela Festa Solene em Santa Convocação. Se Cristo ainda não tinha dado cumprimento profético aquele dia, e os crentes em Yeshua só devem observar as festas que foram espiritualizadas por Cristo, então porque razão estavam todos reunidos naquele dia? Exactamente porque era um mandamento de Deus, e isso era razão mais do que suficiente para o observar.

"NÃO HÁ NADA NO NOVO TESTAMENTO QUE DIGA QUE DEVEMOS OBSERVAR AS FESTAS."

Essa afirmação é irresponsável se dita por parte daqueles que vêm na Bíblia a sua única regra de fé, pois essa premissa baseia-se então no pressuposto de que só o NOVO TESTAMENTO TEM VALIDADE.

Quando Paulo escreveu estas palavras a Timóteo “Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça;” as únicas escrituras até então conhecidas como divinamente inspiradas eram o Tanach (Velho Testamento) e como tal Paulo afirma que essas são proveitosas para ensinar, corrigir e instruir em justiça.

Paulo chama Nobres aqueles que confirmam na escritura (Antigo Testamento) se aquilo que está a ser ensinado está em conformidade com as Escrituras (Actos 17:11).

Penso que esta breve análise esclarece muitos preconceitos que existem entre algumas denominações cristãs, e rompe com muitos dogmas firmados na errada interpretação que é feita nas cartas de Paulo.

As Festas ordenadas pelo Eterno estão descritas em Levítico 23.

Shabbat Shalom!!

Malaquias 4:4.

Tiago Casimiro.
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Um só Deus, Um só Povo, Um só Caminho

10/5/2013

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Quantas vezes dão por vocês a pensar: "Se a igreja/congregação de YHWH é só uma, por que razão então existem milhares de denominações que dizem amar o Elohim (Deus) de Abraão (Avraham), Isaque (Yitzchak) e Jacob (Yaakov)?

Por que é que existem tantas diferenças doutrinárias  entre as diversas instituições?

O grosso das religiões do mundo, são Abraâmicas (Judaísmo / Islamismo / Cristianismo), mas as coisas não são assim tão simples.

Porquê tanta divergência de ideias se a base da fé é a mesma? Mas será mesmo?

Estas e outras perguntas, muitos irmãos e irmãs fazem com frequência, e até mesmo ateus ou pessoas de outras religiões gostam de as debater.

Um dos argumentos usados pelos católicos para contrariarem os protestantes neste assunto, é o facto de que o catolicismo permanece um só, apesar de haverem algumas tradições locais diferentes, todos os templos e ministérios católicos romanos se centralizam na “mãe” Vaticano, na Pseudo-Santíssima Trindade e na anulação da Torá (Lei de YHWH).

Sugiro a leitura do seguinte artigo:

“A reportagem publicada na revista Época do dia 9 de agosto sobre um movimento de evangélicos que defendem uma nova reforma protestante e criticam o consumismo, a corrupção e os dogmas das igrejas, na qual foi bem recebida no meio evangélico de Jales e pelo pastor e conferencista A. R., presidente da Visão Mundial no Brasil e ex-presidente da Associação Evangélica Brasileira, durante sua visita à Vide - Igreja Batista da Comunidade, no dia 13 de agosto.

Nesta entrevista ao Jornal de Jales, ele explica que o grupo comentado na reportagem defende a volta às bases éticas e morais da Reforma de um modo que o brasileiro possa entender. Ele também prega a retomada da igreja comunitária, contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa e solidária.

J. J. – A Revista Época de 9 de agosto publicou uma reportagem de capa intitulada Os Novos Evangélicos, dizendo que existe um movimento destinado a propor um protestantismo à brasileira. O que o senhor acha disso?

Pastor A. R. – Achei a reportagem positiva, conheço as pessoas que foram citadas e de fato eles estão fazendo uma proposta de um protestantismo que mantém as bases éticas do movimento da Reforma com um formato que o brasileiro consegue absorver.”
  (Fonte: http://www.igoospel.com/2010/08/pastor-admite-desvio-em algumas.html)
Será que uma “nova reforma” pode tirar a igreja evangélica brasileira deste caos?

E este “protestantismo”?

Com certeza, apesar deste movimento estar cheio de boas intenções, podendo até melhorar de certa forma, muitas coisas no meio evangélico, não seria certamente a atitude ideal destes crentes que devem estar inconformados com o que vêem e ouvem.

O que pode acontecer é que, depois de alguns anos, tudo volte a ser como antes, ou talvez até piore a situação, por causa da tentativa de mudarem as coisas usando os elementos impróprios.

A ideia de trazer a igreja aos moldes da Reforma até poderia ser boa até determinado ponto, pois foi fundamental para o seguimento da igreja nestes últimos séculos, mas ela já cumpriu o seu papel.

A igreja tem sofrido tantas reformas que se vê dividida em inúmeras denominações. Contudo, restaurar é primordial por dois motivos: o primeiro é a preparação da Congregação do Messias para o regresso Deste, que é também descrito como o encontro do noivo (Yeshua) com a noiva (a igreja). 

Se o Noivo é Israelita, é natural que a noiva (a igreja) esteja vestida apropriadamente, segundo os costumes do Noivo. O segundo motivo, diz respeito a uma conscientização por parte da igreja, da necessidade de interceder por Israel, a fim de que a sua restauração seja breve. (Salmo 122:6)

Estes dois aspectos estão entrelaçados, e podemos constatar isto no livro de Romanos 11:15: “Porque, se a sua rejeição é a conciliação do mundo, qual será a sua admissão (recepção e aceitação do testemunho de Yeshua), senão a vida dentre os mortos”.

Não é mais um tempo de reformas, mas de Restauração. A palavra-chave para a igreja do primeiro século foi “edificar”, mas a palavra-chave para a igreja dos nossos dias é “restaurar”.

É natural que a congregação do Messias de Israel se pareça em determinados aspectos com Israel, afinal de contas ela nasceu no ambiente culturalmente e profeticamente israelita. Mas quando nos nossos dias, ocorre a restauração das raízes bíblicas israelitas, a princípio isto soa um tanto estranho.

O facto é que a igreja se afastou tanto das suas raízes, que hoje é estranho ela voltar a parecer-se com a sua forma original. Na verdade, quando restauramos a igreja, trazendo-a de volta à sua forma autêntica, é inevitável que ela se volte para a cultura bíblica israelita, a única estabelecida por YHWH. Israel no sentido da cultura bíblica israelita é a oliveira cultivada pelo Eterno, e todo aquele que crê em Yeshua foi enxertado nesta oliveira (Romanos 11).

A igreja afastou-se tanto da fé original que uma vez foi dada aos Santos (Judas 1:3), que não é possível criar pontes de ligação entre a Igreja e Israel, pois o sincretismo é destruidor, e como tal, há que sondar diligentemente cada ponto das escrituras, para romper com todas as práticas pagãs e anti Torá, pois como já dissemos várias vezes, a célebre revelação de Yeshua a João do "SAI DELA POVO MEU", não implica adaptação, mas sim ruptura.

Vejamos a seguinte alegoria:

Existe uma espécie de planta que se entrelaça nas árvores para lhes roubar a seiva. Estas plantas parasitas alimentam-se da seiva da árvore hospedeira e quando chegam ao chão criam raízes e destroem completamente a árvore que lhe forneceu vida.

Uma situação semelhante ocorreu com Israel e a cultura bíblica Israelita, que se não fosse a intervenção Divina, teria sido extinta. 

A igreja romana, que no terceiro século advogou o direito de representar a igreja do Messias Yeshua, agiu como a planta parasita, entrelaçando-se na oliveira, que é Israel, extraiu o que lhe foi conveniente, e após criar raízes, quase destruiu a árvore hospedeira.

A teoria da substituição  é um indício claro acerca disto, pois afirma que a igreja cristã substituiu Israel. 

Seguindo esta teoria equivocada, a nação de Israel teria sido rejeitada completamente por YHWH (lembrem-se de Salmos 83:4), por não ter recebido ou aceitado o testemunho de Yeshua. Esta falsa doutrina praticamente declara uma rejeição completa de YHWH para com o povo de Israel, e por consequência a inexistência de uma razão concreta para Israel existir. 

Isto, por sua vez, estimulou o anti-semitismo pós-vinda do Messias e influenciou também o movimento da reforma protestante, que defendeu esta mesma “doutrina”.

Que Israel sempre diga:

“Se não fora YHWH, que esteve ao nosso lado, ora diga Israel; Se não fora YHWH, que esteve ao nosso lado, quando os homens se levantaram contra nós, eles então teriam nos engolido vivos...” (Salmos 124:1-3).

Esta árvore parasita embora não tenha conseguido destruir a oliveira, criou raízes e estabeleceu-se como a tradição “cristã”. Ela está cheia de falsas doutrinas, de costumes pagãos e de sincretismos religiosos.

Os remanescentes da igreja romana estão totalmente absorvidos por esta árvore, e a igreja evangélica, que por sua vez foi um fruto da reforma protestante, está numa posição estrategicamente delicada. 

Aqueles que sendo cristãos, são nascidos de novo, são de facto filhos da luz e espiritualmente foram [à condição (Romanos 11:19-24)] enxertados na oliveira que é Israel, mas, doutrinariamente ainda estão presos aos fundamentos teológicos que foram alicerçados a partir da árvore parasita.

Diríamos que eles estão na oliveira, mas ainda entrelaçados ou embaraçados com a árvore parasita. Isto é demasiado perigoso, pois, como já vimos, a planta parasita rouba a seiva e pode fazer com que este galho enxertado na oliveira venha a sucumbir. Por outras palavras, devemos romper completamente com esta cultura pseudo-cristã e anti-semita e dedicarmo-nos à oliveira, a cultura bíblica israelita, a fim de recebermos a genuína seiva de YHWH para um crescimento espiritual saudável. 

A ruptura diz respeito às doutrinas e teologias que tem como referencial um pseudo-cristianismo. É preciso ver e interpretar a bíblia tendo como pano de fundo a cultura bíblica israelita e não o pensamento grego-romano, que grassa nas traduções bíblicas ocidentais.

Por outras palavras, é preciso romper com esta influência helenista e voltar à cultura estabelecida pelo Eterno. A Teshuvá (retorno à fé original) é para o entendimento das profecias bíblicas que dizem respeito ao povo de Israel e a Igreja do Messias, em especial aquelas que ainda estão por se cumprir. 

É preciso também restaurar o entendimento da Torá, que é “o manual do fabricante do ser humano”, a qual nos ensina acerca dos princípios eternos estabelecidos por YHWH. 

Devemos interpretar os versículos bíblicos dentro do contexto da cultura bíblica israelita e estudar diligentemente as línguas originais em que foram escritos os livros da Bíblia.

Devemos voltar a celebrar as Festas Bíblicas, que trazem unidade e verdade para a Igreja e constituem-se em actos proféticos para o estabelecimento do Reino de YHWH sobre a terra. Razão para o fazer? Porque a Boca do Senhor o Disse (Lev. 23:1-2)

É bom ressalvar no entanto que a cultura israelita também sofreu influências pagãs e contaminações de diversas plantas parasitas (como é o caso do actual calendário). Isto veio da mesma fonte, ou seja, dos costumes das nações e, também, da falta de entendimento de alguns líderes de que Yeshua é de facto o Messias. 

Por isto, a Restauração aponta para a cultura bíblica israelita, ou seja, o judaísmo que tem como referencial a Torá e os demais livros da Tanach (primeira aliança ou antigo testamento), os quais são inegavelmente inspirados por YHWH. 

A fé que se procura restaurar também tem a presença de Ruach HaKodesh (Espírito de Santidade) e o testemunho do Messias Yeshua. Ainda haverá o tempo quando toda a nação de Israel se voltará para Yeshua e o reconhecerá como o Messias, Amén.

Quando isto acontecer, os dias serão contados para a redenção de Israel e de toda a humanidade crente no Elohim Único e Verdadeiro, o Criador de todas as coisas, o Elohim e Pai do nosso Senhor Yeshua.

Então, vamos sair da planta parasita e não permitamos que continuemos embaraçados com ela. 
Vamos romper com o pseudo-cristianismo e assumirmos de facto a Bíblia como sendo a nossa referência. Vamos pagar o preço de sermos uma geração obediente a YHWH no meio de uma geração rebelde que tem resistido à vontade de YHWH para os nossos dias. 

Vamos preparar-nos para o encontro com o Noivo, Aquele que deu a Sua vida por nós, e nos vestirmos com as vestes nupciais, que são na verdade o revestimento da cultura estabelecida pelo Eterno. Vamos fazer a diferença na nossa geração! E  também tu foste chamado para este propósito tão especial. Lembremo-nos que o manterá as nossas candeias acesas, é a luz que nos foi revelada (Mateus 25:1-13; Salmos 119:105; João 8:12). Esta sequência de versículos mostram-nos mais uma vez que a Torá Escrita e a Torá Viva (Yeshua) são a Luz para as nossas vidas.

Não há como desassociar a Torá Escrita, que foi dada a Moisés da Torá Viva, Yeshua, pois foi Yeshua que deu a Torá a Moisés na qualidade de Verbo/Palavra Divino/a. "ora, a palavra que ouvistes não é minha, mas do Pai que me enviou." Não esqueçamos que a Palavra de YHWH não muda, nem tem sombra de variação (Tiago 1:17; Salmo 15:4)

Shabbat Shalom!

Para reflexão:

"Ah! se tivesses dado ouvidos aos meus mandamentos, então seria a tua paz como o rio, e a tua justiça como as ondas do mar!" Isaías 48:18

"Oh! se o meu povo me tivesse ouvido! se Israel andasse nos meus caminhos!  Em breve abateria os seus inimigos, e viraria a minha mão contra os seus adversários.  Os que odeiam a YHWH ter-se-lhe-iam sujeitado, e o seu tempo seria eterno.  E o sustentaria com o trigo mais fino, e o fartaria com o mel saído da rocha."  Salmos 81:13-16
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Lobos com pele de cordeiro

3/5/2013

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"Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores." Mateus 7:15

Yeshua deixou-nos um aviso claríssimo: nós, os crentes, iríamos encontrar pessoas aparentemente inofensivas, e com um discurso afável e cativante, mas que na realidade fariam de tudo para nos ver tropeçar. Nada disso é surpreendente, por isso não nos devemos espantar com as coisas que têm acontecido, pois certamente iremos ver coisas bem piores, como revela YHWH ao profeta Ezequiel (8:12-13):

"Viste, filho do homem, o que os anciãos da casa de Israel fazem nas trevas, cada um nas suas câmaras pintadas de imagens? Pois dizem: YHWH não nos vê; Deus abandonou a terra. E disse-me: Ainda tornarás a ver maiores abominações, que estes fazem."

Essas pessoas que chegam até nós como ovelhas, mas na realidade são lobos devoradores, têm conseguido persuadir muitos "fracos na fé" a questionarem a existência de YHWH, ou se numa ínfima hipótese admitirem que Ele existe, dizem basicamente as mesmas palavras do texto de Ezequiel: "Deus abandonou a terra".

Esses lobos, recordam-nos das injustiças que há no mundo, das desigualdades cada vez mais evidentes entre ricos e pobres; do aumento do desemprego; da globalização da crise; do disparo assustador do número de casos de pedofilia; entre muitas outras coisas que levam a ouvir a mais fácil acusação de todas; "Se Deus existe, porque permite que estas coisas aconteçam?".

É tão fácil colocar as coisas nessa perspectiva, que as pessoas não hesitam de forma alguma em ser fiéis seguidoras do maior acusador que existe, Satanás (é normal que assim seja, pois na ausência do Espírito do Santo, existe a presença do espírito do maior acusador de todos; do pai da mentira, da rebelião, e do pecado).

Certamente que a culpa da calamidade em que o planeta se encontra a todos os níveis, não é de YHWH, mas sim do homem que optou por viver uma vida de desobediência, contrária aquilo que o Eterno Todo-Poderoso instituiu. Há quem argumente que Deus poderia ter facilitado as coisas, de modo a ser mais fácil cumprir a sua vontade, pois é muito fácil pecar na medida em que estamos rodeados de tentações, e para conseguirmos viver uma vida de santidade, teremos que fazer um enorme esforço.

NO entanto, a Palavra diz-nos, que o mandamento de Deus é acessível (Deut. 30:11-14) e Yeshua confirma isso mesmo (Mat. 11:30). Deus conhece cada um de nós de uma forma incomparável, e não nos dá cargas maiores do que aquelas que nós podemos suportar (1Cor. 10:13), como tal, onde está o erro? Claramente que a falha está na rebeldia do nosso coração, na nossa inclinação inata para praticar o mal (Rom. 5:12).

Ainda que estejamos rodeados de tentações, e alguns considerarem que é muito díficil seguir a instrução de YHWH, e que tudo deveria ser mais facilitado, vamos fazer uma análise coerente, e para isso, teremos que voltar atrás no tempo.

Voltemos atrás na história, milhares de anos atrás, voltemos ao princípio, quando YHWH terminou a sua obra de Criação, e por isso mesmo, vamos ao Génesis:

"E ordenou Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente,  Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás." Gén. 2:16-17

Meditemos neste texto de modo a entendermos a linha de pensamento. Em tempos, o homem teve uma missão bastante simplificada, onde existiam imensas facilidades em fazer o bem (todas as árvores do jardim), e uma única, e ínfima hipótese de ele vacilar (comer da árvore que lhe foi vedada). E então o que aconteceu? Todos sabemos como é que a história termina, até mesmo quem conhece pouco da história bíblica.

É certo que o homem há muito que ambiciona ser Deus, essa é uma ideia que lhe foi incutida momentos antes da sua queda. Alguém que queria ser "O Deus da terra", influenciou o homem, levando-o a crer que ele mesmo, poderia ser "O Deus da terra", e esse alguém parecia saber como é que o homem poderia alcançar essa condição. Esse alguém na realidade há muito que deseja usurpar o lugar daquele que resgatou a terra, o lugar daquele que reinará sobre ela; Mas esse lugar pertence ao Filho de Deus, o Mashiach Yeshua. Esse alguém usurpador, é Satanás.

Satanás na sua ambição, usou o homem, enganando-o, e levando-o a crer que este poderia ser Deus. Satanás desde o princípio que usurpou o lugar de Yeshua, perante o fracasso do seu intento, levou o homem a desejar o mesmo, a desejar querer se o Elohim da Terra. E por isso, o homem muitas vezes tenta colocar-se no lugar de Deus, apresentando no seu entender, soluções mais viáveis, naquilo que chamamos na gíria popular, de treinadores de bancada.

Então vejamos, que hoje o homem tem uma missão que considera complexa senão mesmo impossível, e opina, como típico treinador de bancada, defendendo que era justo que tudo fosse mais fácil.

Mas quem é o homem para definir o que é ou não é justo? Está porventura o homem no lugar de Deus?

YHWH, Aquele que tem a Plenitude de todas as coisas, O Justo dos Justos, O Todo-Poderoso, O que faz coisas grandes e inescrutáveis; e maravilhas sem número, em tempos, facilitou (e muito) a tarefa do homem, e mesmo assim, o homem falhou...!

Qualquer um de nós no lugar de Adão e Eva teríamos falhado. Eles foram criados como o "modelo standard", ou seja, intelectualmente e geneticamente perfeitos, e mesmo assim falharam; nós teríamos falhado também.

Então porque falharam significa que eram imperfeitos? Não, simplesmente O Eterno não cria autómatos. O Eterno cria na verdade, seres que desejem servi-Lo de livre vontade. Não cria seres que estejam programados para o servir, mas seres com capacidade de escolha, que de coração possam desejar servir a Ele. Por isso dotou o homem com a capacidade de livre arbítrio, assim como os Anjos. Por essa mesma razão, Satanás se rebelou, porque não era um autómato com uma configuração pré-definida, era um ser celestial, mas com capacidade de escolha, e que escolheu a rebelião como todos sabemos, em vez de servir Aquele que lhe deu vida.

No Éden existia uma Torá (instrução), e a Torá resumia-se a cumprir aquilo que o Eterno tinha definido para Eles. No Éden tudo era simples, tudo tão simples. No entanto, homem e mulher optaram por fazer o mais díficil (comer da única árvore proibida no meio de milhares de outras permitidas), falharam quando era tão díficil falhar, mas mesmo assim falharam.

Agora acontece o inverso, temos o coração tão cheio de pecado, e com tendência para praticar o mal, que consideramos que é difícil fazer o bem. Mas Yeshua abriu-nos a grande e única Porta que nos reconcilia com YHWH. Vamos desperdiçar essa oportunidade?

No entanto, os lobos mais astutos não são os que desacreditam a Omnipotência de YHWH, mas sim aqueles que estão misturados nas congregações, e na maior parte dos casos, são líderes dessas mesmas congregações. Jer. 23:1; Ez. 34:2

É importante que sejamos sóbrios (1ª Pe. 5:8), que oremos, jejuemos, e saibamos esperar sem que a nossa fé enfraqueça, procurando consolo na Palavra de YHWH, nos conselhos:

- da carta aos Hebreus 10:36-38: "Porque necessitais de paciência, para que, depois de haverdes feito a vontade de Deus, possais alcançar a promessa. Porque ainda um pouquinho de tempo, E o que há de vir virá, e não tardará. Mas o justo viverá da fé; E, se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele."

- de Yeshua em João 16:33 "Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo."

e Apocalipse 22:12 "eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra."

- e do apóstolo Pedro em 2ª Pedro 3:9 "O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para connosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se."
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