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QUEM SOMOS?

Somos um pequeno grupo de crentes nas Sagradas Escrituras, residentes em Portugal, que reconhece a existência de Um Só Ser Divino cujo nome é יהוה - em caracteres hebraicos -  e que é transliterado como YHWH (na sua forma latinizada).

Cremos que este Ser Supremo, o Altíssimo, é o provedor da vida e Criador de todas as coisas visíveis e invísiveis. Sabemos que Ele se dá a conhecer aos homens através das Sagradas Escrituras, escrituras essas que contemplam o Tanach (Bíblia Hebraica, vulgarmente conhecida como Antigo Testamento), e os Escritos Apostólicos (vulgo Novo Testamento, ou Aliança renovada, do hebraico Brit chadashá). A compilação destes escritos foi compilada numa obra que hoje é universalmente conhecida como "Bíblia Sagrada".
EM QUE É QUE CREMOS?

Para além do exposto acima, cremos na Bíblia Sagrada como sendo de inspiração Divina, sendo ela a nossa única regra de fé, da qual destacamos as seguintes crenças.

- Cremos que YHWH levantou um homem de entre as nações, de seu nome Avraham (Abraão) para a partir dele fazer uma nação Santa; da qual descenderia o Ungido de YHWH, o Mashiach (O Messias).

- Cremos que o Messias já veio, há aproximadamente dois mil anos, e que o seu nome é Yeshua (conhecido no mundo como "Jesus") e que ele é o Filho Ungido (Mashiach) e Unigénito de YHWH.

- Cremos que YHWH deu ao Messias, total autoridade nos céus e na terra, elevando-o assim como a "cabeça" da Congregação de YHWH, que foi iniciada em Avraham (Abraão), passada a Yitzhak (Isaque) e ao seu neto Yaakov (Jacó), que viria posteriormente a ser chamado de Yisrael (Israel), que por sua vez viria a ser o Povo Santo - a "Igreja" de Deus.

- Cremos na pré-existência do Messias, ou seja, cremos que ele existia como ser celestial antes de ter nascido como homem carnal. Todavia cremos que ele é parte da criação, isto é, teve um princípio, sendo ele o início da criação de YHWH. Cremos que o Messias, foi a primeira de todas as coisas que YHWH fez vir à existência. Cremos que o Messias desempenhou um papel fundamental na criação de todas as coisas, servindo como modelo para toda a criação do Todo-Poderoso. Todavia cremos que Yeshua é criatura, na medida em que só existe Um Criador que fez vir à existência todas as coisas. Yeshua é "criatura" mas não num conceito terreno, mas sim uma criatura celestial, que em determinada altura da eternidade foi gerada pelo Eterno, o Criador e provedor da vida.

- Cremos que o homem, em virtude do pecado de Adam (Adão), nasce em pecado, sendo esta uma característica inata do ser humano caído, que por sua vez, tem a missão de dominar a sua natureza pecaminosa. Esse domínio só é eficaz através do cumprimento dos mandamentos de YHWH transmitidos ao homem desde a fundação do mundo, e que mais tarde, através de Moshé (Moisés), foram outorgados ao Povo de Israel para que este fosse uma luz (luz) para as nações. Todavia, cremos que o domínio pleno sobre o pecado, só é efectivo através do sangue do Cordeiro de YHWH, que nos liberta da escravidão do pecado.

- Cremos que Israel, tal como Adam (Adão - o primeiro homem), falhou nessa missão, mas que ainda assim não deixou de ser o Povo Santo, pois houve sempre um remanescente fiel. Além disso, e porque o plano do Eterno está preparado desde a fundação do mundo, sabe-se que foi através de um israelita, judeu de nascimento, de nome Yeshua (vulgo Jesus), que foi aberta uma porta de retorno para todo o Israel e para todo o gentio que a ele se ajunte quando ouvirem a voz do pastor que tem vindo a reunir as ovelhas de YHWH, à cerca de dois mil anos.

- Cremos que Israel (na figura de Yeshua) tem o papel central no plano de salvação do Altíssimo e que jamais o Eterno rejeitará o Seu povo (Salmo 137:56; Joel 2:26-27; )

- Cremos que a Torá, a Lei/Instrução revelada por YHWH a Moisés não salva (porque o homem sendo pecador não a consegue cumprir de forma plena). Não obstante, cremos que a Torá/Lei conduz-nos ao caminho de salvação, ao funcionar como uma lâmpada que alumia a nossa caminhada e nos ensina a desviar do pecado (Salmo 119:105).

- Cremos na plena vigência da Torá para os filhos de Israel, e para aqueles que são enxertados em Israel, e contados como Israel (a Boa Oliveira - Romanos 11), que aceitaram o testemunho de Yeshua, arrependendo-se dos seus pecados.

- Cremos que o caminho da vida, do qual o homem se desviou, só voltou a estar disponível por causa do sacrifício de Yeshua, que morreu pela nossa iniquidade, e assim nos reconciliou com o Eterno Todo-Poderoso YHWH.

- Cremos que somente o sangue do Messias nos torna inculpados diante do Pai, e que o seu sacrifício é por si só suficiente para a salvação. Não obstante, o homem é considerado santo quando após se arrepender, aceita Yeshua, e adopta uma conduta Santa, através do cumprimento dos mandamentos de YHWH.

EM QUE É QUE NÃO CREMOS

- Não cremos na existência de outras divindades, além de YHWH. Todavia sabemos pelas Sagradas Escrituras que o título divino "elohim", em determinadas circunstâncias pode ser atribuído a outros seres quando agem como mandatários de YHWH, ou exercem funções divinas a mando de YHWH, como é o caso do chamado Anjo do SENHOR várias vezes mencionado no Tanach (vulgo Antigo Testamento); ou dos juízes, que julgavam (sendo essa uma função divina) o povo segundo a instrução de YHWH ou mesmo Moisés (que agiu como sendo "ELOHIM" diante do Faraó), e claro está, também Yeshua (a quem foi dado todo o poder no céu e na terra). No entanto, todos esses dependiam do Único e Verdadeiro Elohim. Todos os outros pretensos "deuses" pagãos mencionados no Tanach, são falsos.

- Não cremos que YHWH seja uma trindade, ou um deus-trino. Mas sim um Elohim Único e indivísivel.

- Não cremos que Yeshua seja a encarnação do Altíssimo (Deus na carne), ou a segunda pessoa de uma trindade divina, um semi-deus ou mesmo o deus-filho. Nem Yeshua se apresentou assim, nem os seus seguidores o apresentaram como tal, mas sim como um devoto servo do Eterno, tanto durante o seu ministério terreno, como após a sua ascensão ao Pai, agindo sempre como representante de Seu Pai e como Administrador do Seu Reino.

- Não cremos na teologia da substituição, que defende a existência de um organismo chamado igreja, que substitui Israel no plano de salvação divino.

- Não cremos que a Torá tenha sido abolida, ou que tenha deixado de vigorar depois do sacrifício de Yeshua, pois ela foi dada por estatuto perpétuo para todas as gerações. O próprio Yeshua disse que mesmo que os céus e a terra passem, nada seria removido da Torá até que tudo seja cumprido (Mateus 5:17-19).

- Não cremos que seja possível amar a YHWH quando se ignoram os seus mandamentos (1 João 2:4);

- Não cremos que a Torá (Lei) seja um conjunto de regras à escolha, onde podemos escolher quais os mandamentos que desejamos e os que não desejamos cumprir. Consideramos que ela é um todo, é chamada de Torá nas Sagradas Escrituras, e é traduzida como "lei" nos meios cristãos.

- Não cremos que sejam somente os Dez Mandamentos a ter validade nos dias de hoje, pois essa distinção entre "Dez Mandamentos" e os restantes mandamentos da Torá não encontra respaldo nas Sagradas Escrituras. Os Dez Mandamentos são um resumo da Torá, assim como os dois maiores mandamentos das Escrituras - amar o Eterno e amar o próximo - são um resumo de Dez Mandamentos. Alegoricamente falando, podemos dizer que a Lei é um livro, cujo título é "Amor a YHWH e Amor ao Próximo", já os "dez mandamentos" são os capítulos desse livro, e todos os mandamentos da Torá são o conteúdo de cada capítulo.

- Não cremos em doutrinas humanas que contrariem o disposto em Isaías 8:20 - "À Torá e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, é porque não há luz neles", e em Deuteronómio 4:2; 12:32.

- Não cremos na doutrina de "uma vez salvo, salvo para sempre"; todos nós somos potenciais herdeiros da salvação, mas nem todos a alcançaremos, por essa razão consideramos que a salvação plena só se dará no dia do juízo, quando recebermos corpos incorruptíveis.

A título de exemplo; se um homem vai nadar num dia de tempestade e se afoga e depois é salvo por um nadador salvador, ele não se torna invulnerável; pois ainda que tenha sido salvo, ele não obtém a imunidade para o resto da sua vida, de facto, tem sobre si a responsabilidade de não voltar a cometer o mesmo erro. A nossa visão baseia-se mais na premissa de que o sacrifício do Cordeiro, uma vez válido, é válido para sempre para todo aquele que a ele se entregou, se entrega ou se entregará. Amén.
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