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Yom Kippur (Dia da Expiação) (2ª Edição –
Setembro 2013)
Levítico 23:26-32 “Falou mais YHWH a Moisés, dizendo: Mas aos dez dias desse sétimo mês será o dia da expiação; tereis santa convocação, e afligireis as vossas almas; e oferecereis oferta queimada a YHWH. E naquele mesmo dia nenhum trabalho fareis, porque é o dia da expiação, para fazer expiação por vós perante YHWH vosso Elohim. Porque toda a alma, que naquele mesmo dia se não afligir, será extirpada do seu povo. Também toda a alma, que naquele mesmo dia fizer algum trabalho, eu a destruirei do meio do seu povo. Nenhum trabalho fareis; estatuto perpétuo é pelas vossas gerações em todas as vossas habitações. Sábado de descanso vos será; então afligireis as vossas almas; aos nove do mês à tarde, de uma tarde a outra tarde, celebrareis o vosso sábado.”
Tal como previsto, a lua nova do sétimo mês, foi avistada na terra de Israel ao pôr-do-sol de sábado (dia 07/09/2013), dando dessa forma início ao sétimo mês do calendário bíblico. Sendo assim, as festas de outono já têm as suas datas definidas no calendário.
Visto que o primeiro dia do sétimo mês foi no dia 8 (com início ao pôr-do-sol do dia 07/09 e término ao pôr-do-sol do dia 8/09), temos então as condições necessárias para saber quando serão as datas das próximas festividades, visto que todas as que faltam, caem no sétimo mês do calendário bíblico.
Festa das Trombetas- 1º Dia do sétimo mês - 8/09/2013 do calendário gregoriano, iniciou ao pôr-do-sol do dia 07/09 e terminou ao pôr-do-sol do dia 08/09,
Dia da Expiação- 10º dia do sétimo mês- 17/09/2013 do calendário gregoriano [início antes do pôr-do-sol de 16/09 e término ao pôr-do-sol do dia 17/09/2013].
Festa das Cabanas ou Festa dos Tabernáculos- 1º dia da Festa correspondente ao 15º dia do sétimo mês- 22/09/2013 do calendário gregoriano [início ao pôr-do-sol de 21/09 e término ao pôr-do-sol do dia 22/09].
O Oitavo e Último Grande Dia- 8º dia da festa das Cananas, correspondente ao 22º dia do sétimo mês - 29/09/2013 do calendário gregoriano [início ao pôr-do-sol de 28/09 e término ao pôr-do-sol de 29/09].
É fundamental que todos os irmãos que amam o Eterno Elohim de Abraão, Isaque e Jacob, e aceitaram o testemunho de Yeshua como Único e suficiente salvador, marquem estas datas nos seus calendários, para que nenhum de nós passe em branco estes dias de grande importância para todo o crente, visto que nos revelam o Plano de Salvação de YHWH para todo aquele que descarta as concupiscências deste mundo, e vive uma vida voltada para YHWH, Bendito seja o Seu Santo Nome.
Mais importante do que isso, é que estes dias foram dados como mandamento pelo próprio Eterno a Moisés, para que os guardássemos por estatuto perpétuo.
As ofertas levíticas “poderiam” até ser temporais, mas a guarda destes dias como dia solene não perde o efeito com o sacrifício de Yeshua, pois o sétimo dia (sábado semanal), também tinha a sua parte de ofertas (Números 28:9-10), e não foi por isso que deixou de ser observado.
O argumento dado pelos sabatistas para isso é que: “o sábado foi instituído antes do sacerdócio levítico, que era temporal” É verdade que parte disso é um facto, mas os moedim (tempos apontados/determinados), também foram instituídos antes do sacerdócio levítico, como nos diz a Palavra em Génesis 1:14.
Nesta semana que vai iniciar, cairá o Dia da Expiação, ou Dia do Perdão, na terça-feira, dia 17/09/2013 (início ao pôr-do-sol de segunda-feira 16/09), e esse é um dia de jejum obrigatório para todo o Israel (Êxodo 12:49; Números 15:16, 29; Levítico 24:22 Gálatas 3:29.)
Conforme a Escritura nos diz, o Yom Kippur (Dia da Expiação ou Perdão) é um Sábado de santa convocação, um moedim, ou tempo apartado para o culto a YHWH. Quem não observar esta festa fixa (vs. 2) do Altíssimo é cortado da oliveira cultivada, que é a nação de Israel (vs. 29, ver também Romanos 11:17-21), cuja raiz é o Messias Yeshua.
Aqui é feita a instituição de um sábado santo para ser observado para sempre (estatuto perpétuo).
Todos os que observam o sábado semanal recitam esta passagem para demonstrar que o Sábado, começa ao pôr-do-sol de sexta-feira e termina no pôr-do-sol de Sábado.
Muitos irmãos que, tal como nós, defendem que o sábado é o quarto Mandamento, utilizam este versículo, para demonstrar quando se inicia a guarda do mandamento do sábado semanal. Contudo, o Altíssimo nesta passagem refere-se a um sábado específico (ou apartado, para um fim santo), e não propriamente do sétimo dia, que também é tão bem acarinhado pela Palavra em textos como de Êxodo 16.
Muitos citam este texto para comprovar que o sábado inicia ao pôr-do-sol, mas omitem o propósito específico do texto, que é a guarda de um Dia Santo específico, dado como estatuto perpétuo, o Dia da Expiação. Infelizmente, parte daqueles que observam o sábado semanal fazem tábua rasa deste mandamento específico, retirando-o do seu contexto para explicarem quando se inicia “somente” o sábado semanal.
É irónico constatar que os argumentos que os sabatistas utilizam (para alertarem os cristãos evangélicos, católicos ou outras denominações proclamadas “cristãs” que não observam o mandamento do sábado) para demonstrar a vigência do mandamento do sábado, são baseados nas mesmas passagens que se utilizam para demonstrar a vigência das “Festas do Eterno” de santa convocação, e ignoram que o próprio YHWH não faz distinção entre a santa convocação do sábado semanal e a santa convocação dos sábados anuais (moedim) cf. Levítico 23:2 – Salmos 81:12.
O significado retratado no Dia da Expiação
O Dia da Expiação retrata um maravilhoso e grande acontecimento, que terá lugar depois da segunda vinda de Yeshua, a respeito do qual o mundo está praticamente alheio, porque lhe faltou entender o verdadeiro significado dos sábados anuais que são santos para o Eterno. E tem falhado em não observá-los como uma lembrança constante do plano de redenção de YHWH!
Este simbolismo é inteiramente expressado no relato dos acontecimentos do Dia da Expiação, que tipificam os eventos que ocorreram antes da crucificação, conforme declara o capítulo 16 de Levítico.
No versículo 5 lê-se; “E da congregação dos filhos de Israel (Arão, ou o sumo sacerdote) tomará dois bodes para expiação do pecado…”.
No versículo 6, o sumo-sacerdote oferecerá o novilho da expiação por si mesmo e pela sua casa.
Nos versículos 7 e 8 – “Também tomará ambos os bodes, e os porá perante o Senhor, à porta da tenda da congregação. E Arão lançará sortes sobre os dois bodes; uma pelo Senhor, e a outra pelo bode emissário (Azazel, em hebraico) ”.
Isto requer uma explicação mais detalhada, passo a passo. Analisemos o assunto, não obstante as nossas prévias convicções, com as nossas mentes abertas e receptivas, sem preconceitos, para provarmos todas as coisas (Actos 17:10-11). Pois nós queremos e buscamos a verdade!
A chave de toda a explicação reside no correcto entendimento do significado da palavra Azazel. Esta palavra não é encontrada em nenhuma parte do Tanach (vulgo Antigo Testamento).
O Compheensive Comentary regista o seguinte: “Spencer, além das opiniões mais antigas dos hebreus e dos cristãos, diz que Azazel é um nome tipo do diabo, opinião também proferida pelo Dicionário Judaico de Lendas e Tradições…A palavra bode emissário significa o bode que foi embora”.
Tipos do Messias Yeshua e de satanás
Estes dois bodes, naturalmente, são típicos. É necessário que se decidisse por sorteio (Levítico 16:8), qual deles seria qualificado para representar o Mashiach (Messias), e o outro a Azazel. Alguns dizem que AMBOS foram qualificados. A Escritura não diz tal coisa e não faremos suposições.
Agora uma “sorte” ou sorteio é um apelo solene a YHWH para decidir uma questão duvidosa. É uma cerimónia religiosa sagrada na qual está implícito um acto sobrenatural do Eterno.
É de realçar que os homens eram incapazes de decidir qual seria o bode qualificado para representar o haMashiach. Isto requereu o apelo a YHWH para se decidir. “Uma sorte por YHWH e outra sorte por Azazel”. Agora uma sorte era por YHWH – esse bode tipificava o Messias – mas a outra não era por YHWH, tipificava Azazel – satanás!
Agora o bode que YHWH escolheu – pela sorte, para representar o Mashiach – foi sacrificado, como Yeshua, seu antítipo também foi morto. Mas o outro bode escolhido por YHWH para representar Azazel, não estava morto, mas foi conduzido vivo, em direcção ao deserto inabitado. Não era um bode ressuscitado, simbolizando Yeshua ressuscitado, porque aquele outro era levado vivo para fora do arraial.
O deserto inabitado, para qual esse bode foi conduzido, não pode, como se verá, representar o céu para o qual Yeshua foi. O céu nem é inabitado nem é um deserto.
Depois que YHWH designou o bode que representava o Messias e o que representava Azazel, o sumo-sacerdote (vs. 11) degolava o novilho da expiação do pecado para ele mesmo, e depois tomava o incensário cheio de brasas de fogo do altar dentro do Santo dos Santos (Kadosh Kadoshim) e espargia o sangue do novilho diante do propiciatório, típico do trono de YHWH, cobrindo as mesas do testemunho (a Torá). Isso seria exigido do sumo-sacerdote para que se purificasse para exercer o seu ofício, a fim de representar o Messias como Sumo-sacerdote. No antítipo, isto não era feito, pelo Messias, nosso Sumo-sacerdote, que não tinha nenhuma necessidade dessa purificação como acontecia com os sacerdotes que eram tipicamente substitutos.
Uma vez cumpridos estes requisitos, o sumo-sacerdote levíta estava pronto para sair e celebrar o ofício.
De seguida, o bode que YHWH escolheu, por sorte, para representar Yeshua haMashiach, como expiação pelo pecado do povo, era degolado. E assim os pecados do povo foram carregados pelo bode, como Yeshua, finalmente, e de uma vez por todas, carregou os nossos pecados no madeiro. Mas Yeshua haMashiach ressuscitou dentre os mortos e subiu ao trono de YHWH no céu.
Agora, quem ou o quê, a partir deste ponto da cerimónia levita, tipificava o Messias ressuscitado? Alguns dizem que foi o bode que representava Azazel. Vejamos.
O Mashiach ressuscitado, que está agora à direita do trono de YHWH no céu (1 Pedro 3:22), como é que chamado? Nosso Sumo-sacerdote. Qual era o tipo terreno do trono de YHWH? O deserto inabitado? Não! Este foi o lugar para onde o bode emissário vivo foi enviado.
O tipo terreno do trono de YHWH era o propiciatório, Kadosh Kadoshim (Santo dos Santos). Depois que Yeshua morreu, foi para o céu onde intercede por nós como nosso Sumo-sacerdote. “…E que penetra até o interior do véu. Onde Yeshua, nosso precursor, entrou por nós, feito eternamente sumo-sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque” (Hebreus 6:19-20).
Mais uma vez, quem ou o que tipificou o Messias ressuscitado na cerimónia levita do Dia da Expiação, o qual é o nosso Sumo-sacerdote, que penetrou no véu do trono de YHWH no céu? O único bode que foi degolado, esse representa o Mashiach morto. Yeshua passa a ser o nosso Sumo-Sacerdote depois da ressurreição, pela ordem de Melquisedeque, até lá é representado pelo simbolismo do tipo do sumo-sacerdote da ordem levita.
Mas Yeshua ressuscitado passa a ser o nosso Sumo-Sacerdote. Agora quem tomou parte nas cerimónias levitas, temporãmente realizadas de ano em ano, neste eterno Dia Santo? Foi o sumo-sacerdote levita, e não um bode que representava Azazel.
O Sumo-sacerdote – Tipo de Yeshua
Tão logo o bode foi degolado, quem entrava para dentro do véu, para apresentar o sangue deste bode diante do trono típico de YHWH?
Levítico 16:15-16 – “Depois degolará (o sumo sacerdote) o bode, da expiação, que será pelo povo, e trará (agora o sumo sacerdote tipificando a obra de Yeshua ressuscitado) o seu sangue para dentro do véu... Assim fará expiação pelo santuário. . .”
Assim pois, era o sumo-sacerdote que levava o sangue para dentro do véu, para o lugar santo, que tipificava o Messias ressuscitado, levando o seu sangue, de uma vez por todas, para dentro do véu do verdadeiro trono de YHWH no céu, de onde intercede por nós como Sumo-Sacerdote.
O sumo-sacerdote entrando no véu, no Santo dos Santos, simboliza o retorno de Yeshua para o céu. A obra que ele fez, enquanto estava no Santo dos Santos, simboliza a obra do Mashiach nestes 2000 anos de intercessão por nós, apresentando o seu sangue derramado diante do santuário do céu. Agora de volta, simbolizando o retorno de Yeshua à terra, o que fez o sumo-sacerdote?
Levítico 16:20-24: “Havendo, pois, acabado de fazer expiação pelo santuário, e pela tenda da congregação, e pelo altar, então fará chegar o bode vivo. E Arão porá ambas as suas mãos sobre a cabeça do bode vivo, e sobre ele confessará todas as iniquidades dos filhos de Israel, e todas as suas transgressões, e todos os seus pecados; e os porá sobre a cabeça do bode, e enviá-lo-á ao deserto, pela mão de um homem designado para isso. Assim aquele bode levará sobre si todas as iniquidades deles à terra solitária; e deixará o bode no deserto. Depois Arão virá à tenda da congregação, e despirá as vestes de linho, que havia vestido quando entrara no santuário, e ali as deixará. E banhará a sua carne em água. . .”
Levítico 16:26 “E aquele que tiver levado o bode (Azazel) emissário lavará as suas vestes, e banhará a sua carne em água; e depois entrará no arraial”.
O bode Azazel não é o nosso resgatador
De forma mais clara! Há justiça em YHWH? Não é Ele um YHWH de justiça, de compaixão, de misericórdia? Ora, quem é o verdadeiro autor dos nossos pecados?
Assim como Mashiach (Messias) é o autor da nossa redenção, hasatan (satanás) é o autor do pecado. Yeshua levou as nossas culpas – os nossos pecados – sobre Si através de um inocente sacrifício. Ele foi uma vítima inocente. Ele nos amou e quis morrer por nós. Nossa culpa – nossos pecados, foram pagos por ele, e somente por ele – e YWHW os perdoa quando nos arrependemos e aceitamos (arrependimento e santificação) o sacrifício de Yeshua haMashiach. E se nos ficarmos por aí, isso constituí toda a justiça?
A verdadeira causa – ou o real autor dos nossos pecados é hasatan, o demónio. É justo que Yeshua carregue uma culpa que não é Sua, enquanto o adversário fique impune? Não temos de supor que o grande plano de YHWH finalmente faz justiça colocando a culpa original a quem não merece?
Yeshua levou a nossa culpa, porque somos culpados, ainda que o diabo tenha a culpa original de tudo. Mas a justiça certamente exige que YHWH ponha na cabeça de satanás a sua culpa, não a nossa, mas a culpa dele – por nos ter induzido ao pecado. Nós também somos culpados – entretanto, todos os nossos pecados pertencem ao diabo como se fossem dele próprio.
Azazel responde pelos pecados de todas as pessoas que foram perdoadas. Esses pecados já foram totalmente pagos pelo sacrifício expiatório de Yeshua haMashiach, simbolizado pela morte do bode inocente, antes que aqueles mesmos pecados fossem finalmente lançados sobre o bode vivo. Previamente, eles foram pagos pela morte do bode sacrificado.
Satanás o Acusador
O diabo é o verdadeiro autor de todo o pecado. A morte e o sangue derramado do primeiro bode visivelmente serviram como meio de reconciliação com YHWH, através do sacrifício expiatório de uma vítima inocente. A despedida do segundo bode, carregado de pecados, e a expiação simbolizada pelo primeiro bode, manifestaram vivamente o efeito do sacrifício e a completa remoção dos pecados expiados na presença de YHWH.
Satanás é o acusador dos irmãos. O seu poder sobre os homens é baseado no pecado. Quando todos os pecados, dos quais ele é autor, forem lançados sobre ele, depois de serem removidos de nós por Yeshua, então Satanás terá perdido a sua acusação contra nós. Ele não terá mais poder de nos acusar!
Finalmente, assim como a aceitação do sangue do primeiro bode (Mashiach) simbolizava uma completa propiciação e perdão dos pecados de Israel, a despedida de Azazel carregado de pecados simboliza a completa remoção de todos os pecados – a libertação, pela expiação, do domínio do adversário.
O sacrifício da primeira vítima inocente foi o meio de reconciliação com YHWH, porém não representava uma completa justiça.
A despedida para longe do segundo bode vivo mostra a expiação final, colocando-se os pecados sobre o seu autor a quem pertenciam, e a completa remoção dos pecados e do seu autor da presença de YHWH e do seu povo – produzindo assim o total livramento do povo do poder de Satanás.
O dicionário diz que expiar significa remir a culpa – pagar por outro – fazer reconciliação. Implica também reparar, remediar, harmonizar – juntar dois em um. Nós não seremos completamente harmonizados em união com YHWH até que a expiação seja feita.
Depois de estender as suas mãos sobre o bode vivo, Azazel, Arão teve que se lavar e se purificar para voltar a ter contacto com o povo. Assim também o homem designado para o levar (vs. 21) tinha de lavar as suas vestes e banhar-se depois de entrar em contacto com o bode Azazel, e antes de voltar à presença do povo. Certamente o contacto com o diabo é exactamente isso que simboliza, contaminação.
O acto de colocar os pecados já expiados e perdoados sobre a cabeça do bode vivo, só é feito depois do sumo-sacerdote voltar do Santos dos Santos que está atrás do véu – o que tipificou o acto que terá lugar na segunda vinda de Yeshua à terra.
O primeiro bode representava o inocente Yeshua que morreu pelos nossos pecados – o sumo-sacerdote representava Yeshua ressuscitado que caminha para trás do véu, para o santuário ou para o trono de YHWH no céu, onde está à cerca de 2000 anos – e o sumo sacerdote retornando do Santo dos Santos para colocar os pecados finalmente sobre a cabeça do bode vivo, representa o retorno do Messias para colocar os pecados que ele carregou sobre a cabeça do seu autor, o diabo, o qual será enviado vivo para o deserto inabitado e desolado – o abismo de Apocalipse 20:3.
No capítulo 19 de Apocalipse, temos a profecia da segunda vinda de Yeshua haMashiach. E no inicio do capítulo 20, o que acontecerá?
Exactamente o que nos mostra o capítulo 16 de Levítico. O diabo é despedido para um deserto inabitado e desolado aqui simbolizado pelo abismo (Apocalipse 20:3 e 18:2) e ele será enviado para lá por um anjo do céu, designado para essa tarefa. O Diabo não será morto, porque ainda estará vivo mil anos depois, após o Milénio (Apocalipse 20:7).
Ambos os bodes foram “apresentados perante YHWH”. Pode satanás apresentar-se diante de YHWH? Pode, Jó 1:6 e 2:1 mostram que ele se apresentou diante do Altíssimo.
Assim o Dia da Expiação anual foi instituído de forma perpétua, para manter continuadamente diante dos filhos de YHWH e de seu povo, a congregação do deserto (1 Coríntios 10:1-4), a nação santa de Israel, naturais e enxertados (Romanos 11 e Gálatas 3:29). Esse é o plano de Redenção que há-de ocorrer depois da segunda vinda de Yeshua haMashiach.
Este Dia Anual de sábado é reconhecido também nos Escritos Apostólicos (vulgo Novo Testamento). Em Actos 27:9 está registado que Paulo, na sua arriscada viagem marítima para Roma, “quando era perigosa a navegação, pois também o jejum já tinha passado...”
A opinião dos teólogos é praticamente unânime, considerando que este jejum refere-se ao Dia da Expiação – no décimo dia do sétimo mês. Aquele dia não poderia ter passado se não estivesse em vigor nas congregações apostólicas. De contrário o Espirito santo certamente jamais poderia ter inspirado aquelas palavras! O mesmo se passa com a indicação de outras tempos ou “moedim” sagrados para Paulo, logo para a Congregação Apostólica, como o caso registado em 1ª Corintios 5:6-8.
O dia da Expiação, é o dia mais solene do ano. Não comprar, vender ou fazer trabalho de qualquer tipo. O mandamento é “afligir” o nosso ser interior. Isto faz-se tradicionalmente através de um jejum, mas o próprio jejum somente não é suficiente (Isaías 58:5).
O propósito é dedicar um dia para estar totalmente diante de YHWH, espiritualmente e emocionalmente. Perdoar todos os danos. Perdoar todos os velhos inimigos.
Como podemos esperar ser perdoados, se nós não perdoamos aqueles que estão em falta para connosco? Este é um dia em que nos devemos esvaziar interiormente, e apresentarmo-nos diante de YHWH.
Neste dia, devemos honrar de uma forma especial a YHWH por estar no controlo de todas as coisas. (As mulheres grávidas, mães lactentes e diabéticos não se aconselha o jejum, mas que dediquem este dia à oração.) O propósito não é só passar fome, sim para nos humilharmos e conseguir estar 100% de acordo com a vontade de YHWH, tanto espiritualmente como emocionalmente.
Amigo, se só agora começaste a aprender sobre a importância da observação dos Dias que o Eterno separou (Levítico 23) como dias de adoração em que devemos cessar todo o nosso labor, à semelhança do sábado semanal, lembra-te que o Dia da Expiação é um dia de jejum obrigatório, logo, se tens por hábito jejuar, este será o dia apropriado para o fazeres, pois o Eterno diz-nos que quem não “afligir a alma” neste grande dia de perdão, será cortado da nação de Israel.
Se amas ao Eterno, e aceitaste Yeshua como teu único e suficiente salvador, então ele te constituiu como parte de Israel, e herdeiro conforme a promessa (Gálatas 3:29). Reflecte nisso, o Dia da Expiação é dia 17/09/2013, vais mesmo querer passar esse dia em branco?
YHWH é UM e a Sua Palavra não muda,
Malaquias 3:6 “Porque eu, YHWH não mudo; por isso vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos”.
Shalom.
Levítico 23:26-32 “Falou mais YHWH a Moisés, dizendo: Mas aos dez dias desse sétimo mês será o dia da expiação; tereis santa convocação, e afligireis as vossas almas; e oferecereis oferta queimada a YHWH. E naquele mesmo dia nenhum trabalho fareis, porque é o dia da expiação, para fazer expiação por vós perante YHWH vosso Elohim. Porque toda a alma, que naquele mesmo dia se não afligir, será extirpada do seu povo. Também toda a alma, que naquele mesmo dia fizer algum trabalho, eu a destruirei do meio do seu povo. Nenhum trabalho fareis; estatuto perpétuo é pelas vossas gerações em todas as vossas habitações. Sábado de descanso vos será; então afligireis as vossas almas; aos nove do mês à tarde, de uma tarde a outra tarde, celebrareis o vosso sábado.”
Tal como previsto, a lua nova do sétimo mês, foi avistada na terra de Israel ao pôr-do-sol de sábado (dia 07/09/2013), dando dessa forma início ao sétimo mês do calendário bíblico. Sendo assim, as festas de outono já têm as suas datas definidas no calendário.
Visto que o primeiro dia do sétimo mês foi no dia 8 (com início ao pôr-do-sol do dia 07/09 e término ao pôr-do-sol do dia 8/09), temos então as condições necessárias para saber quando serão as datas das próximas festividades, visto que todas as que faltam, caem no sétimo mês do calendário bíblico.
Festa das Trombetas- 1º Dia do sétimo mês - 8/09/2013 do calendário gregoriano, iniciou ao pôr-do-sol do dia 07/09 e terminou ao pôr-do-sol do dia 08/09,
Dia da Expiação- 10º dia do sétimo mês- 17/09/2013 do calendário gregoriano [início antes do pôr-do-sol de 16/09 e término ao pôr-do-sol do dia 17/09/2013].
Festa das Cabanas ou Festa dos Tabernáculos- 1º dia da Festa correspondente ao 15º dia do sétimo mês- 22/09/2013 do calendário gregoriano [início ao pôr-do-sol de 21/09 e término ao pôr-do-sol do dia 22/09].
O Oitavo e Último Grande Dia- 8º dia da festa das Cananas, correspondente ao 22º dia do sétimo mês - 29/09/2013 do calendário gregoriano [início ao pôr-do-sol de 28/09 e término ao pôr-do-sol de 29/09].
É fundamental que todos os irmãos que amam o Eterno Elohim de Abraão, Isaque e Jacob, e aceitaram o testemunho de Yeshua como Único e suficiente salvador, marquem estas datas nos seus calendários, para que nenhum de nós passe em branco estes dias de grande importância para todo o crente, visto que nos revelam o Plano de Salvação de YHWH para todo aquele que descarta as concupiscências deste mundo, e vive uma vida voltada para YHWH, Bendito seja o Seu Santo Nome.
Mais importante do que isso, é que estes dias foram dados como mandamento pelo próprio Eterno a Moisés, para que os guardássemos por estatuto perpétuo.
As ofertas levíticas “poderiam” até ser temporais, mas a guarda destes dias como dia solene não perde o efeito com o sacrifício de Yeshua, pois o sétimo dia (sábado semanal), também tinha a sua parte de ofertas (Números 28:9-10), e não foi por isso que deixou de ser observado.
O argumento dado pelos sabatistas para isso é que: “o sábado foi instituído antes do sacerdócio levítico, que era temporal” É verdade que parte disso é um facto, mas os moedim (tempos apontados/determinados), também foram instituídos antes do sacerdócio levítico, como nos diz a Palavra em Génesis 1:14.
Nesta semana que vai iniciar, cairá o Dia da Expiação, ou Dia do Perdão, na terça-feira, dia 17/09/2013 (início ao pôr-do-sol de segunda-feira 16/09), e esse é um dia de jejum obrigatório para todo o Israel (Êxodo 12:49; Números 15:16, 29; Levítico 24:22 Gálatas 3:29.)
Conforme a Escritura nos diz, o Yom Kippur (Dia da Expiação ou Perdão) é um Sábado de santa convocação, um moedim, ou tempo apartado para o culto a YHWH. Quem não observar esta festa fixa (vs. 2) do Altíssimo é cortado da oliveira cultivada, que é a nação de Israel (vs. 29, ver também Romanos 11:17-21), cuja raiz é o Messias Yeshua.
Aqui é feita a instituição de um sábado santo para ser observado para sempre (estatuto perpétuo).
Todos os que observam o sábado semanal recitam esta passagem para demonstrar que o Sábado, começa ao pôr-do-sol de sexta-feira e termina no pôr-do-sol de Sábado.
Muitos irmãos que, tal como nós, defendem que o sábado é o quarto Mandamento, utilizam este versículo, para demonstrar quando se inicia a guarda do mandamento do sábado semanal. Contudo, o Altíssimo nesta passagem refere-se a um sábado específico (ou apartado, para um fim santo), e não propriamente do sétimo dia, que também é tão bem acarinhado pela Palavra em textos como de Êxodo 16.
Muitos citam este texto para comprovar que o sábado inicia ao pôr-do-sol, mas omitem o propósito específico do texto, que é a guarda de um Dia Santo específico, dado como estatuto perpétuo, o Dia da Expiação. Infelizmente, parte daqueles que observam o sábado semanal fazem tábua rasa deste mandamento específico, retirando-o do seu contexto para explicarem quando se inicia “somente” o sábado semanal.
É irónico constatar que os argumentos que os sabatistas utilizam (para alertarem os cristãos evangélicos, católicos ou outras denominações proclamadas “cristãs” que não observam o mandamento do sábado) para demonstrar a vigência do mandamento do sábado, são baseados nas mesmas passagens que se utilizam para demonstrar a vigência das “Festas do Eterno” de santa convocação, e ignoram que o próprio YHWH não faz distinção entre a santa convocação do sábado semanal e a santa convocação dos sábados anuais (moedim) cf. Levítico 23:2 – Salmos 81:12.
O significado retratado no Dia da Expiação
O Dia da Expiação retrata um maravilhoso e grande acontecimento, que terá lugar depois da segunda vinda de Yeshua, a respeito do qual o mundo está praticamente alheio, porque lhe faltou entender o verdadeiro significado dos sábados anuais que são santos para o Eterno. E tem falhado em não observá-los como uma lembrança constante do plano de redenção de YHWH!
Este simbolismo é inteiramente expressado no relato dos acontecimentos do Dia da Expiação, que tipificam os eventos que ocorreram antes da crucificação, conforme declara o capítulo 16 de Levítico.
No versículo 5 lê-se; “E da congregação dos filhos de Israel (Arão, ou o sumo sacerdote) tomará dois bodes para expiação do pecado…”.
No versículo 6, o sumo-sacerdote oferecerá o novilho da expiação por si mesmo e pela sua casa.
Nos versículos 7 e 8 – “Também tomará ambos os bodes, e os porá perante o Senhor, à porta da tenda da congregação. E Arão lançará sortes sobre os dois bodes; uma pelo Senhor, e a outra pelo bode emissário (Azazel, em hebraico) ”.
Isto requer uma explicação mais detalhada, passo a passo. Analisemos o assunto, não obstante as nossas prévias convicções, com as nossas mentes abertas e receptivas, sem preconceitos, para provarmos todas as coisas (Actos 17:10-11). Pois nós queremos e buscamos a verdade!
A chave de toda a explicação reside no correcto entendimento do significado da palavra Azazel. Esta palavra não é encontrada em nenhuma parte do Tanach (vulgo Antigo Testamento).
O Compheensive Comentary regista o seguinte: “Spencer, além das opiniões mais antigas dos hebreus e dos cristãos, diz que Azazel é um nome tipo do diabo, opinião também proferida pelo Dicionário Judaico de Lendas e Tradições…A palavra bode emissário significa o bode que foi embora”.
Tipos do Messias Yeshua e de satanás
Estes dois bodes, naturalmente, são típicos. É necessário que se decidisse por sorteio (Levítico 16:8), qual deles seria qualificado para representar o Mashiach (Messias), e o outro a Azazel. Alguns dizem que AMBOS foram qualificados. A Escritura não diz tal coisa e não faremos suposições.
Agora uma “sorte” ou sorteio é um apelo solene a YHWH para decidir uma questão duvidosa. É uma cerimónia religiosa sagrada na qual está implícito um acto sobrenatural do Eterno.
É de realçar que os homens eram incapazes de decidir qual seria o bode qualificado para representar o haMashiach. Isto requereu o apelo a YHWH para se decidir. “Uma sorte por YHWH e outra sorte por Azazel”. Agora uma sorte era por YHWH – esse bode tipificava o Messias – mas a outra não era por YHWH, tipificava Azazel – satanás!
Agora o bode que YHWH escolheu – pela sorte, para representar o Mashiach – foi sacrificado, como Yeshua, seu antítipo também foi morto. Mas o outro bode escolhido por YHWH para representar Azazel, não estava morto, mas foi conduzido vivo, em direcção ao deserto inabitado. Não era um bode ressuscitado, simbolizando Yeshua ressuscitado, porque aquele outro era levado vivo para fora do arraial.
O deserto inabitado, para qual esse bode foi conduzido, não pode, como se verá, representar o céu para o qual Yeshua foi. O céu nem é inabitado nem é um deserto.
Depois que YHWH designou o bode que representava o Messias e o que representava Azazel, o sumo-sacerdote (vs. 11) degolava o novilho da expiação do pecado para ele mesmo, e depois tomava o incensário cheio de brasas de fogo do altar dentro do Santo dos Santos (Kadosh Kadoshim) e espargia o sangue do novilho diante do propiciatório, típico do trono de YHWH, cobrindo as mesas do testemunho (a Torá). Isso seria exigido do sumo-sacerdote para que se purificasse para exercer o seu ofício, a fim de representar o Messias como Sumo-sacerdote. No antítipo, isto não era feito, pelo Messias, nosso Sumo-sacerdote, que não tinha nenhuma necessidade dessa purificação como acontecia com os sacerdotes que eram tipicamente substitutos.
Uma vez cumpridos estes requisitos, o sumo-sacerdote levíta estava pronto para sair e celebrar o ofício.
De seguida, o bode que YHWH escolheu, por sorte, para representar Yeshua haMashiach, como expiação pelo pecado do povo, era degolado. E assim os pecados do povo foram carregados pelo bode, como Yeshua, finalmente, e de uma vez por todas, carregou os nossos pecados no madeiro. Mas Yeshua haMashiach ressuscitou dentre os mortos e subiu ao trono de YHWH no céu.
Agora, quem ou o quê, a partir deste ponto da cerimónia levita, tipificava o Messias ressuscitado? Alguns dizem que foi o bode que representava Azazel. Vejamos.
O Mashiach ressuscitado, que está agora à direita do trono de YHWH no céu (1 Pedro 3:22), como é que chamado? Nosso Sumo-sacerdote. Qual era o tipo terreno do trono de YHWH? O deserto inabitado? Não! Este foi o lugar para onde o bode emissário vivo foi enviado.
O tipo terreno do trono de YHWH era o propiciatório, Kadosh Kadoshim (Santo dos Santos). Depois que Yeshua morreu, foi para o céu onde intercede por nós como nosso Sumo-sacerdote. “…E que penetra até o interior do véu. Onde Yeshua, nosso precursor, entrou por nós, feito eternamente sumo-sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque” (Hebreus 6:19-20).
Mais uma vez, quem ou o que tipificou o Messias ressuscitado na cerimónia levita do Dia da Expiação, o qual é o nosso Sumo-sacerdote, que penetrou no véu do trono de YHWH no céu? O único bode que foi degolado, esse representa o Mashiach morto. Yeshua passa a ser o nosso Sumo-Sacerdote depois da ressurreição, pela ordem de Melquisedeque, até lá é representado pelo simbolismo do tipo do sumo-sacerdote da ordem levita.
Mas Yeshua ressuscitado passa a ser o nosso Sumo-Sacerdote. Agora quem tomou parte nas cerimónias levitas, temporãmente realizadas de ano em ano, neste eterno Dia Santo? Foi o sumo-sacerdote levita, e não um bode que representava Azazel.
O Sumo-sacerdote – Tipo de Yeshua
Tão logo o bode foi degolado, quem entrava para dentro do véu, para apresentar o sangue deste bode diante do trono típico de YHWH?
Levítico 16:15-16 – “Depois degolará (o sumo sacerdote) o bode, da expiação, que será pelo povo, e trará (agora o sumo sacerdote tipificando a obra de Yeshua ressuscitado) o seu sangue para dentro do véu... Assim fará expiação pelo santuário. . .”
Assim pois, era o sumo-sacerdote que levava o sangue para dentro do véu, para o lugar santo, que tipificava o Messias ressuscitado, levando o seu sangue, de uma vez por todas, para dentro do véu do verdadeiro trono de YHWH no céu, de onde intercede por nós como Sumo-Sacerdote.
O sumo-sacerdote entrando no véu, no Santo dos Santos, simboliza o retorno de Yeshua para o céu. A obra que ele fez, enquanto estava no Santo dos Santos, simboliza a obra do Mashiach nestes 2000 anos de intercessão por nós, apresentando o seu sangue derramado diante do santuário do céu. Agora de volta, simbolizando o retorno de Yeshua à terra, o que fez o sumo-sacerdote?
Levítico 16:20-24: “Havendo, pois, acabado de fazer expiação pelo santuário, e pela tenda da congregação, e pelo altar, então fará chegar o bode vivo. E Arão porá ambas as suas mãos sobre a cabeça do bode vivo, e sobre ele confessará todas as iniquidades dos filhos de Israel, e todas as suas transgressões, e todos os seus pecados; e os porá sobre a cabeça do bode, e enviá-lo-á ao deserto, pela mão de um homem designado para isso. Assim aquele bode levará sobre si todas as iniquidades deles à terra solitária; e deixará o bode no deserto. Depois Arão virá à tenda da congregação, e despirá as vestes de linho, que havia vestido quando entrara no santuário, e ali as deixará. E banhará a sua carne em água. . .”
Levítico 16:26 “E aquele que tiver levado o bode (Azazel) emissário lavará as suas vestes, e banhará a sua carne em água; e depois entrará no arraial”.
O bode Azazel não é o nosso resgatador
De forma mais clara! Há justiça em YHWH? Não é Ele um YHWH de justiça, de compaixão, de misericórdia? Ora, quem é o verdadeiro autor dos nossos pecados?
Assim como Mashiach (Messias) é o autor da nossa redenção, hasatan (satanás) é o autor do pecado. Yeshua levou as nossas culpas – os nossos pecados – sobre Si através de um inocente sacrifício. Ele foi uma vítima inocente. Ele nos amou e quis morrer por nós. Nossa culpa – nossos pecados, foram pagos por ele, e somente por ele – e YWHW os perdoa quando nos arrependemos e aceitamos (arrependimento e santificação) o sacrifício de Yeshua haMashiach. E se nos ficarmos por aí, isso constituí toda a justiça?
A verdadeira causa – ou o real autor dos nossos pecados é hasatan, o demónio. É justo que Yeshua carregue uma culpa que não é Sua, enquanto o adversário fique impune? Não temos de supor que o grande plano de YHWH finalmente faz justiça colocando a culpa original a quem não merece?
Yeshua levou a nossa culpa, porque somos culpados, ainda que o diabo tenha a culpa original de tudo. Mas a justiça certamente exige que YHWH ponha na cabeça de satanás a sua culpa, não a nossa, mas a culpa dele – por nos ter induzido ao pecado. Nós também somos culpados – entretanto, todos os nossos pecados pertencem ao diabo como se fossem dele próprio.
Azazel responde pelos pecados de todas as pessoas que foram perdoadas. Esses pecados já foram totalmente pagos pelo sacrifício expiatório de Yeshua haMashiach, simbolizado pela morte do bode inocente, antes que aqueles mesmos pecados fossem finalmente lançados sobre o bode vivo. Previamente, eles foram pagos pela morte do bode sacrificado.
Satanás o Acusador
O diabo é o verdadeiro autor de todo o pecado. A morte e o sangue derramado do primeiro bode visivelmente serviram como meio de reconciliação com YHWH, através do sacrifício expiatório de uma vítima inocente. A despedida do segundo bode, carregado de pecados, e a expiação simbolizada pelo primeiro bode, manifestaram vivamente o efeito do sacrifício e a completa remoção dos pecados expiados na presença de YHWH.
Satanás é o acusador dos irmãos. O seu poder sobre os homens é baseado no pecado. Quando todos os pecados, dos quais ele é autor, forem lançados sobre ele, depois de serem removidos de nós por Yeshua, então Satanás terá perdido a sua acusação contra nós. Ele não terá mais poder de nos acusar!
Finalmente, assim como a aceitação do sangue do primeiro bode (Mashiach) simbolizava uma completa propiciação e perdão dos pecados de Israel, a despedida de Azazel carregado de pecados simboliza a completa remoção de todos os pecados – a libertação, pela expiação, do domínio do adversário.
O sacrifício da primeira vítima inocente foi o meio de reconciliação com YHWH, porém não representava uma completa justiça.
A despedida para longe do segundo bode vivo mostra a expiação final, colocando-se os pecados sobre o seu autor a quem pertenciam, e a completa remoção dos pecados e do seu autor da presença de YHWH e do seu povo – produzindo assim o total livramento do povo do poder de Satanás.
O dicionário diz que expiar significa remir a culpa – pagar por outro – fazer reconciliação. Implica também reparar, remediar, harmonizar – juntar dois em um. Nós não seremos completamente harmonizados em união com YHWH até que a expiação seja feita.
Depois de estender as suas mãos sobre o bode vivo, Azazel, Arão teve que se lavar e se purificar para voltar a ter contacto com o povo. Assim também o homem designado para o levar (vs. 21) tinha de lavar as suas vestes e banhar-se depois de entrar em contacto com o bode Azazel, e antes de voltar à presença do povo. Certamente o contacto com o diabo é exactamente isso que simboliza, contaminação.
O acto de colocar os pecados já expiados e perdoados sobre a cabeça do bode vivo, só é feito depois do sumo-sacerdote voltar do Santos dos Santos que está atrás do véu – o que tipificou o acto que terá lugar na segunda vinda de Yeshua à terra.
O primeiro bode representava o inocente Yeshua que morreu pelos nossos pecados – o sumo-sacerdote representava Yeshua ressuscitado que caminha para trás do véu, para o santuário ou para o trono de YHWH no céu, onde está à cerca de 2000 anos – e o sumo sacerdote retornando do Santo dos Santos para colocar os pecados finalmente sobre a cabeça do bode vivo, representa o retorno do Messias para colocar os pecados que ele carregou sobre a cabeça do seu autor, o diabo, o qual será enviado vivo para o deserto inabitado e desolado – o abismo de Apocalipse 20:3.
No capítulo 19 de Apocalipse, temos a profecia da segunda vinda de Yeshua haMashiach. E no inicio do capítulo 20, o que acontecerá?
Exactamente o que nos mostra o capítulo 16 de Levítico. O diabo é despedido para um deserto inabitado e desolado aqui simbolizado pelo abismo (Apocalipse 20:3 e 18:2) e ele será enviado para lá por um anjo do céu, designado para essa tarefa. O Diabo não será morto, porque ainda estará vivo mil anos depois, após o Milénio (Apocalipse 20:7).
Ambos os bodes foram “apresentados perante YHWH”. Pode satanás apresentar-se diante de YHWH? Pode, Jó 1:6 e 2:1 mostram que ele se apresentou diante do Altíssimo.
Assim o Dia da Expiação anual foi instituído de forma perpétua, para manter continuadamente diante dos filhos de YHWH e de seu povo, a congregação do deserto (1 Coríntios 10:1-4), a nação santa de Israel, naturais e enxertados (Romanos 11 e Gálatas 3:29). Esse é o plano de Redenção que há-de ocorrer depois da segunda vinda de Yeshua haMashiach.
Este Dia Anual de sábado é reconhecido também nos Escritos Apostólicos (vulgo Novo Testamento). Em Actos 27:9 está registado que Paulo, na sua arriscada viagem marítima para Roma, “quando era perigosa a navegação, pois também o jejum já tinha passado...”
A opinião dos teólogos é praticamente unânime, considerando que este jejum refere-se ao Dia da Expiação – no décimo dia do sétimo mês. Aquele dia não poderia ter passado se não estivesse em vigor nas congregações apostólicas. De contrário o Espirito santo certamente jamais poderia ter inspirado aquelas palavras! O mesmo se passa com a indicação de outras tempos ou “moedim” sagrados para Paulo, logo para a Congregação Apostólica, como o caso registado em 1ª Corintios 5:6-8.
O dia da Expiação, é o dia mais solene do ano. Não comprar, vender ou fazer trabalho de qualquer tipo. O mandamento é “afligir” o nosso ser interior. Isto faz-se tradicionalmente através de um jejum, mas o próprio jejum somente não é suficiente (Isaías 58:5).
O propósito é dedicar um dia para estar totalmente diante de YHWH, espiritualmente e emocionalmente. Perdoar todos os danos. Perdoar todos os velhos inimigos.
Como podemos esperar ser perdoados, se nós não perdoamos aqueles que estão em falta para connosco? Este é um dia em que nos devemos esvaziar interiormente, e apresentarmo-nos diante de YHWH.
Neste dia, devemos honrar de uma forma especial a YHWH por estar no controlo de todas as coisas. (As mulheres grávidas, mães lactentes e diabéticos não se aconselha o jejum, mas que dediquem este dia à oração.) O propósito não é só passar fome, sim para nos humilharmos e conseguir estar 100% de acordo com a vontade de YHWH, tanto espiritualmente como emocionalmente.
Amigo, se só agora começaste a aprender sobre a importância da observação dos Dias que o Eterno separou (Levítico 23) como dias de adoração em que devemos cessar todo o nosso labor, à semelhança do sábado semanal, lembra-te que o Dia da Expiação é um dia de jejum obrigatório, logo, se tens por hábito jejuar, este será o dia apropriado para o fazeres, pois o Eterno diz-nos que quem não “afligir a alma” neste grande dia de perdão, será cortado da nação de Israel.
Se amas ao Eterno, e aceitaste Yeshua como teu único e suficiente salvador, então ele te constituiu como parte de Israel, e herdeiro conforme a promessa (Gálatas 3:29). Reflecte nisso, o Dia da Expiação é dia 17/09/2013, vais mesmo querer passar esse dia em branco?
YHWH é UM e a Sua Palavra não muda,
Malaquias 3:6 “Porque eu, YHWH não mudo; por isso vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos”.
Shalom.