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Sacrifício Humano e Yeshua (Parte 2)
Na semana passada, fizemos uma curta abordagem que nos deu alguns tópicos relativamente à validade do Sacrifício de Yeshua diante de YHWH. Este estudo vem na sequência do estudo que publicámos na passada semana, como tal, consideramos pertinente a leitura da parte 1, para melhor entendimento do propósito e objectivo. Clique aqui para ler a primeira parte. Um dos argumentos mais utilizados pelos anti-missionários, é que nem todas as ofertas pelo pecado, exigiam o derramamento de sangue. Para suportar tal teoria, os anti-missionários citam alguns exemplos do texto Sagrado, como os que se seguem |
1º Argumento Anti-Missionário: Expiação pelo dinheiro
Êxodo 30:16 E tomarás o dinheiro das expiações dos filhos de Israel e o darás ao serviço da tenda da congregação; e será para memória aos filhos de Israel diante de YHWH, para fazer expiação por vossas almas.
Em primeiro lugar, em jeito de introdução, não podemos deixar de salientar que normalmente os anti-missionários trabalham com dois pesos e duas medidas, consoante a conveniência.
Por exemplo, os anti-missionários defendem acerrimamente que todo o texto deve ser lido dentro do devido contexto, que deve ser analisado como um todo, e que nunca deve ser lido de forma isolada.
Mas relativamente, a Êxodo 30:16, contrariam os seus próprios métodos, pois tiram o vs. 16 fora do contexto para tentar provar que a expiação aqui era feita pelo dinheiro. Nada mais longe da verdade. Vamos ler o texto dentro do seu contexto (como defendem os anti-missionários), e aí, não poderemos começar no vs. 16, mas sim no 12:
Êxodo 30:12 Quando tomares a soma dos filhos de Israel, conforme a sua conta, cada um deles dará a YHWH o resgate da sua alma, quando os contares; para que não haja entre eles praga alguma, quando os contares.
Êxodo 30:13 Isto dará todo aquele que passar ao arrolamento: a metade de um siclo, segundo o siclo do santuário (este siclo é de vinte geras ); a metade de um siclo é a oferta a YHWH
Êxodo 30:14 Qualquer que entrar no arrolamento, de vinte anos para cima, dará a oferta a YHWH.
Êxodo 30:15 O rico não aumentará, e o pobre não diminuirá da metade do siclo, quando derem a oferta a YHWH, para fazer expiação por vossas almas.
Êxodo 30:16 E tomarás o dinheiro das expiações dos filhos de Israel e o darás ao serviço da tenda da congregação; e será para memória aos filhos de Israel diante de YHWH, para fazer expiação por vossas almas.
Segundo a promessa a Abraão, não se poderiam contar os filhos de Israel de tão numerosos que seriam, cf. Génesis 15:5; 32:12. Aqui a questão de não poder implica “impossibilidade de”, contudo este texto mostra que também não se podia fazer também no contexto de “não ter permissão para” contar os filhos de Israel.
Quando o rei David o tentou fazer, veio uma praga sobre o povo, cf. 2 Samuel 24:1-10; 1 Crónicas 21:7.
Os filhos de Israel teriam que fazer duas coisas para evitar a praga. A primeira coisa é que cada um desse uma moeda e assim se poderiam contar as moedas em vez de contar o povo directamente. A segunda coisa é que essa moeda de prata serviria como um preço de resgaste, uma expiação para que não viesse a praga ao serem contados.
Supostamente aqui a expiação é feita por causa do dinheiro certo? Nada mais errado. O dinheiro que cada um dava, era unicamente para serem contadas as moedas, em vez deles mesmo, para assim integrarem o grupo dos que seriam expiados, e essa expiação é mencionada neste mesmo capítulo, e mais uma vez, não começamos a ler nem no 16, nem mesmo no 12, mas sim no 10:
Êxodo 30:10 E uma vez no ano Arão fará expiação sobre as pontas do altar com o sangue do sacrifício das expiações; uma vez no ano fará expiação sobre ele pelas vossas gerações; santíssimo é a YHWH.
A expiação efectiva dos pecados é sempre feita com derramamento de sangue.
2º Argumento Anti-Missionário: Expiação pelo incenso
Números 16:47 E tomou-o Arão, como Moisés tinha falado, e correu ao meio da congregação; e eis que já a praga havia começado entre o povo; e deitou incenso nele e fez expiação pelo povo.
Este texto de Números, vem na sequência do episódio da rebelião de Corá. Quando Arão queima o incenso no incensário, a praga cessa, provando que era Arão o escolhido pelo Eterno para o serviço de Sacerdócio. Aqui não está em causa o perdão efectivo dos pecados, mas sim parar a praga, e definir posições hierárquicas.
Vejamos mais uma vez este episódio dentro do seu contexto, como tal, comecemos pelo início:
Números 16:2-3 Levantaram-se perante Moisés com duzentos e cinquenta homens dos filhos de Israel, príncipes da congregação, eleitos por ela, varões de renome,
Números 16:3 e se ajuntaram contra Moisés e contra Arão e lhes disseram: Basta! Pois que toda a congregação é santa, cada um deles é santo, e YHWH está no meio deles; por que, pois, vos exaltais sobre a congregação YHWH?
Corá, Datã, Abirão e Om, num total de 250 homens dos filhos de Israel, cometeram o pecado de cobiça, pois queriam usurpar a Moisés e a Arão, o protagonismo que estes tinham diante do Eterno, conforme entendemos pelo texto de Números 16:
Números 16:5-7 E falou [Moisés] a Corá e a todo o seu grupo, dizendo: Amanhã pela manhã, YHWH fará saber quem é dele e quem é o santo que ele fará chegar a si; aquele a quem escolher fará chegar a si. Fazei isto: tomai vós incensários, Corá e todo o seu grupo; e, pondo fogo neles amanhã, sobre eles deitai incenso perante YHWH; e será que o homem a quem YHWH escolher, este será o santo; basta-vos, filhos de Levi.
Moisés transmite a Corá e aos outros rebeldes, que não seria ele, nem Arão a definir posições de autoridade, mas sim o próprio Eterno. Vejamos que Moisés não se inclui a si mesmo, entre aqueles que iriam fazer ofertas de incenso a YHWH, mas sim somente aqueles que pretendiam a posição privilegiada de Sacerdócio que era de Arão, e por isso inclui também Arão entre aqueles que fariam a oferta no incensário:
Números 16:16-17 Disse mais Moisés a Corá: Tu e todo o teu grupo, ponde-vos perante YHWH, tu, e eles, e Arão, amanhã. Tomai cada um o seu incensário e neles ponde incenso; trazei-o, cada um o seu, perante YHWH, duzentos e cinquenta incensários; também tu e Arão, cada qual o seu.
Os 250 “candidatos” (leia-se usurpadores), cada um dos quais queima o incenso diante de YHWH e o que acontece? Vamos ler:
Números 16:18-40 Tomaram, pois, cada qual o seu incensário, neles puseram fogo, sobre eles deitaram incenso e se puseram perante a porta da tenda da congregação com Moisés e Arão. Corá fez ajuntar contra eles todo o povo à porta da tenda da congregação; então, a glória de YHWH apareceu a toda a congregação. Disse YHWH a Moisés e a Arão: Apartai-vos do meio desta congregação, e os consumirei num momento. Mas eles se prostraram sobre o seu rosto e disseram: Ó Elohim, Autor e Conservador de toda a vida, acaso, por pecar um só homem, indignar-te-ás contra toda esta congregação? Respondeu YHWH a Moisés: Fala a toda esta congregação, dizendo: Levantai-vos do redor da habitação de Corá, Datã e Abirão. Então, se levantou Moisés e foi a Datã e a Abirão; e após ele foram os anciãos de Israel. E disse à congregação: Desviai-vos, peço-vos, das tendas destes homens perversos e não toqueis nada do que é seu, para que não sejais arrebatados em todos os seus pecados. Levantaram-se, pois, do redor da habitação de Corá, Datã e Abirão; e Datã e Abirão saíram e se puseram à porta da sua tenda, juntamente com suas mulheres, seus filhos e suas crianças. Então, disse Moisés: Nisto conhecereis que YHWH me enviou a realizar todas estas obras, que não procedem de mim mesmo: se morrerem estes como todos os homens morrem e se forem visitados por qualquer castigo como se dá com todos os homens, então, não sou enviado de YHWH Mas, se YHWH criar alguma coisa inaudita, e a terra abrir a sua boca e os tragar com tudo o que é seu, e vivos descerem ao abismo, então, conhecereis que estes homens desprezaram YHWH. E aconteceu que, acabando ele de falar todas estas palavras, a terra debaixo deles se fendeu, abriu a sua boca e os tragou com as suas casas, como também todos os homens que pertenciam a Corá e todos os seus bens. e todos os que lhes pertenciam desceram vivos ao abismo; a terra os cobriu, e pereceram do meio da congregação. Todo o Israel que estava ao redor deles fugiu do seu grito, porque diziam: Não suceda que a terra nos trague a nós também. Procedente de YHWH saiu fogo e consumiu os duzentos e cinquenta homens que ofereciam o incenso. Disse YHWH a Moisés: Diz a Eleazar, filho de Arão, o sacerdote, que tome os incensários do meio do incêndio e espalhe o fogo longe, porque santos são; quanto aos incensários daqueles que pecaram contra a sua própria vida, deles se façam lâminas para cobertura do altar; porquanto os trouxeram perante YHWH; pelo que santos são e serão por sinal aos filhos de Israel. Eleazar, o sacerdote, tomou os incensários de metal, que tinham trazido aqueles que foram queimados, e os converteram em lâminas para cobertura do altar, por memorial para os filhos de Israel, para que nenhum estranho, que não for da descendência de Arão, se chegue para acender incenso perante YHWH; para que não seja como Corá e o seu grupo, como YHWH lhe tinha dito por Moisés.
O Eterno YHWH destrói Corá e todos aqueles que foram influenciados por este, para provar que Arão era uma escolha Sua, e que ninguém fora da sua descendência deveria acender incenso a YHWH.
Todavia, essa não fora ainda prova suficiente para a congregação, levando a crer que a influência de Corá, era bem mais abrangente, não se limitando aos 250 homens, conforme podemos ler:
Números 16:41-50 Mas, no dia seguinte, toda a congregação dos filhos de Israel murmurou contra Moisés e contra Arão, dizendo: Vós matastes o povo de YHWH. Ajuntando-se o povo contra Moisés e Arão e virando-se para a tenda da congregação, eis que a nuvem a cobriu, e a glória do YHWH apareceu. Vieram, pois, Moisés e Arão perante a tenda da congregação. Então, falou YHWH a Moisés, dizendo: Levantai-vos do meio desta congregação, e a consumirei num momento; então, se prostraram sobre o seu rosto. Disse Moisés a Arão: Toma o teu incensário, põe nele fogo do altar, deita incenso sobre ele, vai depressa à congregação e faze expiação por eles; porque grande indignação saiu de diante de YHWH, já começou a praga. Tomou-o Arão, como Moisés lhe falara, correu ao meio da congregação (eis que já a praga havia começado entre o povo), deitou incenso nele e fez expiação pelo povo. Pôs-se em pé entre os mortos e os vivos; e cessou a praga. Ora, os que morreram daquela praga foram catorze mil e setecentos, fora os que morreram por causa de Corá. Voltou Arão a Moisés, à porta da tenda da congregação; e cessou a praga.
De que forma Moisés tenta resolver o problema? Da mesma forma que o povo iria perceber quem era o escolhido do Eterno para as funções de sacerdócio; através da queima do incenso. Quando Arão cumpre a ordem de Moisés, a praga cessa. Esse é o propósito da queima do incenso – cessar a praga.
O povo constata assim, que somente o incenso queimado por Arão, aplacaria a ira do Eterno, provando definitivamente à multidão incrédula, que era SIM Arão o escolhido.
Aqui não está em causa o perdão da congregação, mas sim o definir posições e hierarquias. É feita a referência a expiação, não como uma purificação dos pecados, mas sim como precedente para acabar com a praga.
Mais uma vez, a expiação da alma é sempre feita com derramamento de sangue.
Não porque o Eterno seja um sanguinário ou uma divindade sedenta de beber sangue, conforme as divindades pagãs, mas simplesmente, porque a vida está no sangue. O Eterno não carece de sangue, nem de nada, para nos perdoar, pois ele é auto-suficiente, e a sua misericórdia é imensurável. Mas nós precisamos do sangue para ser perdoados. Pois sendo nós carne, a nossa vida está no sangue, só pelo sangue podemos alcançar a vida e o perdão efectivo dos nossos pecados, pois essa é a forma prevista no Plano perfeito do Altíssimo para a Sua criação.
O Eterno determina a seu bel-prazer os critérios para perdão dos pecados, sem que seja necessária uma explicação lógica. A sua misericórdia é por si só suficiente para o perdão dos pecados, mas Ele definiu regras, e a Sua Palavra não muda, como tal, não ousemos contestar o que Ele delineou.
3º Argumento Anti-Missionário: Expiação pela farinha
Levítico 5:11 Porém, se as suas posses não lhe permitirem trazer duas rolas ou dois pombinhos, então, aquele que pecou trará, por sua oferta, a décima parte de um efa de flor de farinha como oferta pelo pecado; não lhe deitará azeite, nem lhe porá em cima incenso, pois é oferta pelo pecado.
Infelizmente, os anti-missionários, que alegadamente se pautam pela leitura contextualizada dos versículos, mais uma vez isolam textos para justificarem o injustificável.
Usam este texto de Levítico, para tentar provar que a expiação pode ser feita sem sangue. Antes de adentrarmos no texto, lembramos que segundo a Torá, diariamente (Êxodo 28:38; Números 28:3), semanalmente (Números 28:9-10), e anualmente (Êxodo 12; Levítico 16) eram feitos sacrifícios de sangue pela congregação.
Só por aí percebemos que tal sacrifício de farinha não demonstra ser suficiente para expiação. Mas até mesmo esse sacrifício de farinha, que se aplicava a alguém com poucos recursos, tem um pormenor interessante, e para nos apercebermos dele, mais uma vez não podemos isolar o texto; como tal, vamos ler o que se segue:
Levítico 5:12-13 Entregá-la-á ao sacerdote, e o sacerdote dela tomará um punhado como porção memorial e a queimará sobre o altar, em cima das ofertas queimadas a YHWH; é oferta pelo pecado. Assim, o sacerdote, por ele, fará oferta pelo pecado que cometeu em alguma destas coisas, e lhe será perdoado; o restante será do sacerdote, como a oferta de manjares.
O texto diz-nos que a o punhado de farinha se queimaria em cima das ofertas queimadas a YHWH. Que ofertas queimadas seriam essas? Certamente que seriam a das ofertas diárias, e essas pressupunham a oferta de sangue (Números 28:3-6).
Outro dado que não podemos ignorar, é que essa oferta de farinha seria para perdão de pecados específicos, pecados esses que são mencionado nos vs. 1-5 de Levítico 5. E mesmo esses pressupunham ofertas de sangue, caso não houvesse disponibilidade financeira para tal, é que como solução de recurso se ofereceria farinha, mas juntamente com “outras” ofertas queimadas a YHWH.
Outro argumento dos anti-missionários, é afirmar que os que crêem em Yeshua, não compreendem o objectivo do sistema sacrificial. Isso revela-se um problema, pois seria bom que os anti-missionários não ignorassem, que entre os crentes em Yeshua, existem muitos judeus que conhecem o sistema sacrificial tão bem ou mesmo melhor do que a maioria desses novos judeus anti-missionários, que são nada mais nada menos do que ex-cristãos.
Os anti-missionários afirmam que a oferta pelo pecado não tinham como propósito providenciar um substituto para o que fazia a oferta, ou para morrer no lugar deste(*), mas sim contemplava uma forma de punição ou compensação financeira pelo seu pecado, dado que abdicar de um dos seus animais, causaria um prejuízo.
Não deixa de ser um argumento interessante mas… e que tal se voltássemos ao Génesis?
Génesis 3:21 Fez YHWH Elohim vestimentas de peles para Adão e sua mulher e os cobriu.
O sangue de animais cobre os pecados, não os tira. E o texto de Génesis diz-nos que o Eterno cobriu-os com vestimentas de peles. Ainda que o texto não nos diga literalmente a origem dessas peles, é razoável concluir que foi sacrificado um animal ou mais para que com as peles desses animais, Adão e Eva fossem cobertos.
Percebemos pelo texto, que mesmo o primeiro pecado de Adão e Eva foi expiado pela morte de um animal, morte essa que era uma sombra, um prenúncio do sacrifício perfeito do Cordeiro que estava preparado desde a fundação do mundo.
Os anti-missionários por norma só se fazem valer da regra pshat do sistema PARDES, isto é, o significado literal do texto. E como eles não dão qualquer tipo de crédito aos Escritos Apostólicos (vulgo Novo Testamento), o conselho do apóstolo Shaul (Paulo) sobre o tema, para eles vale zero:
2 Coríntios 3:6 “o qual nos habilitou para sermos ministros de uma aliança renovada, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica”.
Nós também defendemos sempre o sentido literal do texto, mas não raras vezes, existe uma mensagem bem mais forte por trás da simplicidade de cada versículo, se assim não fosse, muitos textos não fariam sentido, e isso não é especulação, é o denominador comum daqueles que estudam as Escrituras.
Por exemplo, bem recentemente, chegou até nós um texto de um ex-crente em Yeshua, hoje um assumido anti-missionário, que dizia que as Escrituras devem ser lidas sempre dentro do seu contexto literal. No entanto, num outro estudo, o mesmo autor anti-missionário diz que o relato do Génesis não deve ser encarado de forma literal, mas sim como um relato alegórico, no sentido de desmistificar a existência de Satanás.
Dar uma no cravo e outra na ferradura, aplicar dualidade de critérios, e trabalhar com dois pesos e duas medidas, é cada vez mais uma característica intrinsecamente relacionada com os anti-missionários.
Não nos deixemos enganar. Somente através do sacrifício do Messias Yeshua, podemos reconciliarmo-nos com o Eterno, mas esse sacrifício só é válido para aquele que se arrepende verdadeiramente dos seus pecados, e se volta para o Eterno de todo o seu coração e de toda a sua alma, e com todas as suas forças.
Bendito seja o Altíssimo, e aquele que Ele Ungiu e colocou acima de toda a Sua criação.
Bendito seja YHWH, O Único Elohim Verdadeiro e provedor da vida, e bendito seja Yeshua, que foi constituído pelo Eterno, nosso Senhor e Salvador.
Continua na próxima semana...
Tiago Casimiro.
Êxodo 30:16 E tomarás o dinheiro das expiações dos filhos de Israel e o darás ao serviço da tenda da congregação; e será para memória aos filhos de Israel diante de YHWH, para fazer expiação por vossas almas.
Em primeiro lugar, em jeito de introdução, não podemos deixar de salientar que normalmente os anti-missionários trabalham com dois pesos e duas medidas, consoante a conveniência.
Por exemplo, os anti-missionários defendem acerrimamente que todo o texto deve ser lido dentro do devido contexto, que deve ser analisado como um todo, e que nunca deve ser lido de forma isolada.
Mas relativamente, a Êxodo 30:16, contrariam os seus próprios métodos, pois tiram o vs. 16 fora do contexto para tentar provar que a expiação aqui era feita pelo dinheiro. Nada mais longe da verdade. Vamos ler o texto dentro do seu contexto (como defendem os anti-missionários), e aí, não poderemos começar no vs. 16, mas sim no 12:
Êxodo 30:12 Quando tomares a soma dos filhos de Israel, conforme a sua conta, cada um deles dará a YHWH o resgate da sua alma, quando os contares; para que não haja entre eles praga alguma, quando os contares.
Êxodo 30:13 Isto dará todo aquele que passar ao arrolamento: a metade de um siclo, segundo o siclo do santuário (este siclo é de vinte geras ); a metade de um siclo é a oferta a YHWH
Êxodo 30:14 Qualquer que entrar no arrolamento, de vinte anos para cima, dará a oferta a YHWH.
Êxodo 30:15 O rico não aumentará, e o pobre não diminuirá da metade do siclo, quando derem a oferta a YHWH, para fazer expiação por vossas almas.
Êxodo 30:16 E tomarás o dinheiro das expiações dos filhos de Israel e o darás ao serviço da tenda da congregação; e será para memória aos filhos de Israel diante de YHWH, para fazer expiação por vossas almas.
Segundo a promessa a Abraão, não se poderiam contar os filhos de Israel de tão numerosos que seriam, cf. Génesis 15:5; 32:12. Aqui a questão de não poder implica “impossibilidade de”, contudo este texto mostra que também não se podia fazer também no contexto de “não ter permissão para” contar os filhos de Israel.
Quando o rei David o tentou fazer, veio uma praga sobre o povo, cf. 2 Samuel 24:1-10; 1 Crónicas 21:7.
Os filhos de Israel teriam que fazer duas coisas para evitar a praga. A primeira coisa é que cada um desse uma moeda e assim se poderiam contar as moedas em vez de contar o povo directamente. A segunda coisa é que essa moeda de prata serviria como um preço de resgaste, uma expiação para que não viesse a praga ao serem contados.
Supostamente aqui a expiação é feita por causa do dinheiro certo? Nada mais errado. O dinheiro que cada um dava, era unicamente para serem contadas as moedas, em vez deles mesmo, para assim integrarem o grupo dos que seriam expiados, e essa expiação é mencionada neste mesmo capítulo, e mais uma vez, não começamos a ler nem no 16, nem mesmo no 12, mas sim no 10:
Êxodo 30:10 E uma vez no ano Arão fará expiação sobre as pontas do altar com o sangue do sacrifício das expiações; uma vez no ano fará expiação sobre ele pelas vossas gerações; santíssimo é a YHWH.
A expiação efectiva dos pecados é sempre feita com derramamento de sangue.
2º Argumento Anti-Missionário: Expiação pelo incenso
Números 16:47 E tomou-o Arão, como Moisés tinha falado, e correu ao meio da congregação; e eis que já a praga havia começado entre o povo; e deitou incenso nele e fez expiação pelo povo.
Este texto de Números, vem na sequência do episódio da rebelião de Corá. Quando Arão queima o incenso no incensário, a praga cessa, provando que era Arão o escolhido pelo Eterno para o serviço de Sacerdócio. Aqui não está em causa o perdão efectivo dos pecados, mas sim parar a praga, e definir posições hierárquicas.
Vejamos mais uma vez este episódio dentro do seu contexto, como tal, comecemos pelo início:
Números 16:2-3 Levantaram-se perante Moisés com duzentos e cinquenta homens dos filhos de Israel, príncipes da congregação, eleitos por ela, varões de renome,
Números 16:3 e se ajuntaram contra Moisés e contra Arão e lhes disseram: Basta! Pois que toda a congregação é santa, cada um deles é santo, e YHWH está no meio deles; por que, pois, vos exaltais sobre a congregação YHWH?
Corá, Datã, Abirão e Om, num total de 250 homens dos filhos de Israel, cometeram o pecado de cobiça, pois queriam usurpar a Moisés e a Arão, o protagonismo que estes tinham diante do Eterno, conforme entendemos pelo texto de Números 16:
Números 16:5-7 E falou [Moisés] a Corá e a todo o seu grupo, dizendo: Amanhã pela manhã, YHWH fará saber quem é dele e quem é o santo que ele fará chegar a si; aquele a quem escolher fará chegar a si. Fazei isto: tomai vós incensários, Corá e todo o seu grupo; e, pondo fogo neles amanhã, sobre eles deitai incenso perante YHWH; e será que o homem a quem YHWH escolher, este será o santo; basta-vos, filhos de Levi.
Moisés transmite a Corá e aos outros rebeldes, que não seria ele, nem Arão a definir posições de autoridade, mas sim o próprio Eterno. Vejamos que Moisés não se inclui a si mesmo, entre aqueles que iriam fazer ofertas de incenso a YHWH, mas sim somente aqueles que pretendiam a posição privilegiada de Sacerdócio que era de Arão, e por isso inclui também Arão entre aqueles que fariam a oferta no incensário:
Números 16:16-17 Disse mais Moisés a Corá: Tu e todo o teu grupo, ponde-vos perante YHWH, tu, e eles, e Arão, amanhã. Tomai cada um o seu incensário e neles ponde incenso; trazei-o, cada um o seu, perante YHWH, duzentos e cinquenta incensários; também tu e Arão, cada qual o seu.
Os 250 “candidatos” (leia-se usurpadores), cada um dos quais queima o incenso diante de YHWH e o que acontece? Vamos ler:
Números 16:18-40 Tomaram, pois, cada qual o seu incensário, neles puseram fogo, sobre eles deitaram incenso e se puseram perante a porta da tenda da congregação com Moisés e Arão. Corá fez ajuntar contra eles todo o povo à porta da tenda da congregação; então, a glória de YHWH apareceu a toda a congregação. Disse YHWH a Moisés e a Arão: Apartai-vos do meio desta congregação, e os consumirei num momento. Mas eles se prostraram sobre o seu rosto e disseram: Ó Elohim, Autor e Conservador de toda a vida, acaso, por pecar um só homem, indignar-te-ás contra toda esta congregação? Respondeu YHWH a Moisés: Fala a toda esta congregação, dizendo: Levantai-vos do redor da habitação de Corá, Datã e Abirão. Então, se levantou Moisés e foi a Datã e a Abirão; e após ele foram os anciãos de Israel. E disse à congregação: Desviai-vos, peço-vos, das tendas destes homens perversos e não toqueis nada do que é seu, para que não sejais arrebatados em todos os seus pecados. Levantaram-se, pois, do redor da habitação de Corá, Datã e Abirão; e Datã e Abirão saíram e se puseram à porta da sua tenda, juntamente com suas mulheres, seus filhos e suas crianças. Então, disse Moisés: Nisto conhecereis que YHWH me enviou a realizar todas estas obras, que não procedem de mim mesmo: se morrerem estes como todos os homens morrem e se forem visitados por qualquer castigo como se dá com todos os homens, então, não sou enviado de YHWH Mas, se YHWH criar alguma coisa inaudita, e a terra abrir a sua boca e os tragar com tudo o que é seu, e vivos descerem ao abismo, então, conhecereis que estes homens desprezaram YHWH. E aconteceu que, acabando ele de falar todas estas palavras, a terra debaixo deles se fendeu, abriu a sua boca e os tragou com as suas casas, como também todos os homens que pertenciam a Corá e todos os seus bens. e todos os que lhes pertenciam desceram vivos ao abismo; a terra os cobriu, e pereceram do meio da congregação. Todo o Israel que estava ao redor deles fugiu do seu grito, porque diziam: Não suceda que a terra nos trague a nós também. Procedente de YHWH saiu fogo e consumiu os duzentos e cinquenta homens que ofereciam o incenso. Disse YHWH a Moisés: Diz a Eleazar, filho de Arão, o sacerdote, que tome os incensários do meio do incêndio e espalhe o fogo longe, porque santos são; quanto aos incensários daqueles que pecaram contra a sua própria vida, deles se façam lâminas para cobertura do altar; porquanto os trouxeram perante YHWH; pelo que santos são e serão por sinal aos filhos de Israel. Eleazar, o sacerdote, tomou os incensários de metal, que tinham trazido aqueles que foram queimados, e os converteram em lâminas para cobertura do altar, por memorial para os filhos de Israel, para que nenhum estranho, que não for da descendência de Arão, se chegue para acender incenso perante YHWH; para que não seja como Corá e o seu grupo, como YHWH lhe tinha dito por Moisés.
O Eterno YHWH destrói Corá e todos aqueles que foram influenciados por este, para provar que Arão era uma escolha Sua, e que ninguém fora da sua descendência deveria acender incenso a YHWH.
Todavia, essa não fora ainda prova suficiente para a congregação, levando a crer que a influência de Corá, era bem mais abrangente, não se limitando aos 250 homens, conforme podemos ler:
Números 16:41-50 Mas, no dia seguinte, toda a congregação dos filhos de Israel murmurou contra Moisés e contra Arão, dizendo: Vós matastes o povo de YHWH. Ajuntando-se o povo contra Moisés e Arão e virando-se para a tenda da congregação, eis que a nuvem a cobriu, e a glória do YHWH apareceu. Vieram, pois, Moisés e Arão perante a tenda da congregação. Então, falou YHWH a Moisés, dizendo: Levantai-vos do meio desta congregação, e a consumirei num momento; então, se prostraram sobre o seu rosto. Disse Moisés a Arão: Toma o teu incensário, põe nele fogo do altar, deita incenso sobre ele, vai depressa à congregação e faze expiação por eles; porque grande indignação saiu de diante de YHWH, já começou a praga. Tomou-o Arão, como Moisés lhe falara, correu ao meio da congregação (eis que já a praga havia começado entre o povo), deitou incenso nele e fez expiação pelo povo. Pôs-se em pé entre os mortos e os vivos; e cessou a praga. Ora, os que morreram daquela praga foram catorze mil e setecentos, fora os que morreram por causa de Corá. Voltou Arão a Moisés, à porta da tenda da congregação; e cessou a praga.
De que forma Moisés tenta resolver o problema? Da mesma forma que o povo iria perceber quem era o escolhido do Eterno para as funções de sacerdócio; através da queima do incenso. Quando Arão cumpre a ordem de Moisés, a praga cessa. Esse é o propósito da queima do incenso – cessar a praga.
O povo constata assim, que somente o incenso queimado por Arão, aplacaria a ira do Eterno, provando definitivamente à multidão incrédula, que era SIM Arão o escolhido.
Aqui não está em causa o perdão da congregação, mas sim o definir posições e hierarquias. É feita a referência a expiação, não como uma purificação dos pecados, mas sim como precedente para acabar com a praga.
Mais uma vez, a expiação da alma é sempre feita com derramamento de sangue.
Não porque o Eterno seja um sanguinário ou uma divindade sedenta de beber sangue, conforme as divindades pagãs, mas simplesmente, porque a vida está no sangue. O Eterno não carece de sangue, nem de nada, para nos perdoar, pois ele é auto-suficiente, e a sua misericórdia é imensurável. Mas nós precisamos do sangue para ser perdoados. Pois sendo nós carne, a nossa vida está no sangue, só pelo sangue podemos alcançar a vida e o perdão efectivo dos nossos pecados, pois essa é a forma prevista no Plano perfeito do Altíssimo para a Sua criação.
O Eterno determina a seu bel-prazer os critérios para perdão dos pecados, sem que seja necessária uma explicação lógica. A sua misericórdia é por si só suficiente para o perdão dos pecados, mas Ele definiu regras, e a Sua Palavra não muda, como tal, não ousemos contestar o que Ele delineou.
3º Argumento Anti-Missionário: Expiação pela farinha
Levítico 5:11 Porém, se as suas posses não lhe permitirem trazer duas rolas ou dois pombinhos, então, aquele que pecou trará, por sua oferta, a décima parte de um efa de flor de farinha como oferta pelo pecado; não lhe deitará azeite, nem lhe porá em cima incenso, pois é oferta pelo pecado.
Infelizmente, os anti-missionários, que alegadamente se pautam pela leitura contextualizada dos versículos, mais uma vez isolam textos para justificarem o injustificável.
Usam este texto de Levítico, para tentar provar que a expiação pode ser feita sem sangue. Antes de adentrarmos no texto, lembramos que segundo a Torá, diariamente (Êxodo 28:38; Números 28:3), semanalmente (Números 28:9-10), e anualmente (Êxodo 12; Levítico 16) eram feitos sacrifícios de sangue pela congregação.
Só por aí percebemos que tal sacrifício de farinha não demonstra ser suficiente para expiação. Mas até mesmo esse sacrifício de farinha, que se aplicava a alguém com poucos recursos, tem um pormenor interessante, e para nos apercebermos dele, mais uma vez não podemos isolar o texto; como tal, vamos ler o que se segue:
Levítico 5:12-13 Entregá-la-á ao sacerdote, e o sacerdote dela tomará um punhado como porção memorial e a queimará sobre o altar, em cima das ofertas queimadas a YHWH; é oferta pelo pecado. Assim, o sacerdote, por ele, fará oferta pelo pecado que cometeu em alguma destas coisas, e lhe será perdoado; o restante será do sacerdote, como a oferta de manjares.
O texto diz-nos que a o punhado de farinha se queimaria em cima das ofertas queimadas a YHWH. Que ofertas queimadas seriam essas? Certamente que seriam a das ofertas diárias, e essas pressupunham a oferta de sangue (Números 28:3-6).
Outro dado que não podemos ignorar, é que essa oferta de farinha seria para perdão de pecados específicos, pecados esses que são mencionado nos vs. 1-5 de Levítico 5. E mesmo esses pressupunham ofertas de sangue, caso não houvesse disponibilidade financeira para tal, é que como solução de recurso se ofereceria farinha, mas juntamente com “outras” ofertas queimadas a YHWH.
Outro argumento dos anti-missionários, é afirmar que os que crêem em Yeshua, não compreendem o objectivo do sistema sacrificial. Isso revela-se um problema, pois seria bom que os anti-missionários não ignorassem, que entre os crentes em Yeshua, existem muitos judeus que conhecem o sistema sacrificial tão bem ou mesmo melhor do que a maioria desses novos judeus anti-missionários, que são nada mais nada menos do que ex-cristãos.
Os anti-missionários afirmam que a oferta pelo pecado não tinham como propósito providenciar um substituto para o que fazia a oferta, ou para morrer no lugar deste(*), mas sim contemplava uma forma de punição ou compensação financeira pelo seu pecado, dado que abdicar de um dos seus animais, causaria um prejuízo.
Não deixa de ser um argumento interessante mas… e que tal se voltássemos ao Génesis?
Génesis 3:21 Fez YHWH Elohim vestimentas de peles para Adão e sua mulher e os cobriu.
O sangue de animais cobre os pecados, não os tira. E o texto de Génesis diz-nos que o Eterno cobriu-os com vestimentas de peles. Ainda que o texto não nos diga literalmente a origem dessas peles, é razoável concluir que foi sacrificado um animal ou mais para que com as peles desses animais, Adão e Eva fossem cobertos.
Percebemos pelo texto, que mesmo o primeiro pecado de Adão e Eva foi expiado pela morte de um animal, morte essa que era uma sombra, um prenúncio do sacrifício perfeito do Cordeiro que estava preparado desde a fundação do mundo.
Os anti-missionários por norma só se fazem valer da regra pshat do sistema PARDES, isto é, o significado literal do texto. E como eles não dão qualquer tipo de crédito aos Escritos Apostólicos (vulgo Novo Testamento), o conselho do apóstolo Shaul (Paulo) sobre o tema, para eles vale zero:
2 Coríntios 3:6 “o qual nos habilitou para sermos ministros de uma aliança renovada, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica”.
Nós também defendemos sempre o sentido literal do texto, mas não raras vezes, existe uma mensagem bem mais forte por trás da simplicidade de cada versículo, se assim não fosse, muitos textos não fariam sentido, e isso não é especulação, é o denominador comum daqueles que estudam as Escrituras.
Por exemplo, bem recentemente, chegou até nós um texto de um ex-crente em Yeshua, hoje um assumido anti-missionário, que dizia que as Escrituras devem ser lidas sempre dentro do seu contexto literal. No entanto, num outro estudo, o mesmo autor anti-missionário diz que o relato do Génesis não deve ser encarado de forma literal, mas sim como um relato alegórico, no sentido de desmistificar a existência de Satanás.
Dar uma no cravo e outra na ferradura, aplicar dualidade de critérios, e trabalhar com dois pesos e duas medidas, é cada vez mais uma característica intrinsecamente relacionada com os anti-missionários.
Não nos deixemos enganar. Somente através do sacrifício do Messias Yeshua, podemos reconciliarmo-nos com o Eterno, mas esse sacrifício só é válido para aquele que se arrepende verdadeiramente dos seus pecados, e se volta para o Eterno de todo o seu coração e de toda a sua alma, e com todas as suas forças.
Bendito seja o Altíssimo, e aquele que Ele Ungiu e colocou acima de toda a Sua criação.
Bendito seja YHWH, O Único Elohim Verdadeiro e provedor da vida, e bendito seja Yeshua, que foi constituído pelo Eterno, nosso Senhor e Salvador.
Continua na próxima semana...
Tiago Casimiro.
*)
Poderíamos citar aqui vários midrashim, ou
excertos do Talmude que mostram sob uma óptica judaica que o sacrifício dos
animais implica uma substituição, já que o animal é sacrificado como um
substituto do que faz a oferta. Essa é uma ideia bem conhecida e defendida pelo
judaísmo rabínico. Mas como consideramos que as Sagradas Escrituras (A Bíblia)
são por si só suficientes para provar a Verdade, não recorreremos a essas
fontes.
Hebreus 6:4-6
Porque é impossível que os que já uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se fizeram participantes do Espírito do Santo, e provaram a boa palavra de Elohim e as virtudes do século futuro, e recaíram sejam outra vez renovados para arrependimento; pois assim, quanto a eles, de novo crucificam o Filho de Elohim e o expõem ao vitupério.
Porque é impossível que os que já uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se fizeram participantes do Espírito do Santo, e provaram a boa palavra de Elohim e as virtudes do século futuro, e recaíram sejam outra vez renovados para arrependimento; pois assim, quanto a eles, de novo crucificam o Filho de Elohim e o expõem ao vitupério.