O dia das Prímicias
O dia das prímicias, é o dia da primeira das três colheitas anuais na terra de Israel, neste dia é feita a colheita da cevada, e espiritualmente, à semelhança dos outros dias Santos é um dia que aponta para Yeshua. Yeshua, na manhã do primeiro dia da semana, subiu ao pai (não confundamos esta subida com a sua subida definitiva 40 dias após ter estado na terra após a sua ressurreição- Lc. 24:51) para ser aceite, como representação do molho movido, ou seja, como as prímicias de muitos que seriam colhidos. (1Cor. 15:20)
Yom Habikkurim – significado: O Dia dos Primeiros Frutos
No decurso da semana dos pães ázimos é celebrado o Dia das Primícias, dia em que o sacerdote acenava o molho da cevada (Omer) colhida nos campos, em oferta a YHWH e como já foi dito, apontava para a aceitação do sacrifício de Yeshua. Este dia marca o início da contagem dos 50 dias para a celebração da festa que vinha a seguir no calendário Divino – a Festa de Pentecostes (quinquagésimo dia).
Lev. 23:10-11: “Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: Quando houverdes entrado na terra, que vos hei de dar, e fizerdes a sua colheita, então trareis um molho das primícias da vossa sega ao sacerdote; e ele moverá o molho perante o Senhor YHWH, para que sejais aceites; no dia seguinte ao sábado* o sacerdote o moverá”.
* No dia seguinte ao Sábado semanal que cai dentro da semana dos Asmos ou seja, sempre a um Domingo. Esta é a posição dos Saduceus e é a posição dos Caraítas de hoje, e da mesma forma a posição que nós defendemos. O entendimento Farisaico que veio a vingar mais tarde e prevalece até hoje considera este Sábado como sendo uma referência ao primeiro Sábado Anual da semana dos Asmos, ou seja, dia 15 do Abib, começando a contagem a partir do 16 de aviv.
Assim, durante a semana dos asmos não só se celebra a dádiva dos primeiros frutos da terra que o Senhor dá ao Seu povo, as primícias do ano, como celebramos Aquele Senhor que voltará e que, por excelência, se constituiu como O primeiro entre muitos irmãos que hão-de herdar a vida eterna – 1Cor. 15:20, 23; Tiago 1:18, as primícias de Deus, a igreja dos primogénitos.
Ora a colheita começa no dia a seguir ao Sábado semanal da semana dos Asmos. Tanto assim é, que a oferta feita no Templo nesse dia é descrita como “as primícias da vossa sega”. A passagem de Deut. 16:9 deixa bem claro também que é nesse dia que a colheita oficialmente começa:
“Sete semanas contarás; desde que a foice começar na seara iniciarás a contar as sete semanas”. Esta passagem fala-nos do início da contagem para o Pentecostes que começa precisamente com o início da colheita, isto é, no dia seguinte ao primeiro Sábado semanal da semana dos Asmos. Lev. 23:15 identifica-nos o dia de início dessa contagem como o dia em que a oferta é feita no Templo:
“ Depois para vós contareis desde o dia seguinte ao sábado, desde o dia em que trouxerdes o molho da oferta movida; sete semanas inteiras serão”.
Como tal, facilmente se deduz que a foice começa na seara no Domingo a seguir ao Sábado que calha dentro da semana dos Asmos. O mesmo dia em que as primícias dessa colheita eram oferecidas a YHWH no Templo.
O povo não podia comer da colheita sem que esta tivesse sido primeiro oferecida a YHWH, conforme nos diz em Lev. 23:14:
“E não comereis pão, nem trigo tostado, nem espigas verdes, até aquele mesmo dia em que trouxerdes a oferta do vosso Deus; estatuto perpétuo é por vossas gerações, em todas as vossas habitações”.
A questão é: que significado têm estas coisas para nós hoje? As primícias de tudo pertencem sempre ao Senhor YHWH. A Ele eram e são dedicados os primogénitos de toda a criatura e Yeshua era O Seu primogénito.
“Mas de facto o Mashiach ressuscitou dentre os mortos*, e foram feitas as primícias dos que dormem”, como nos diz em 1Cor. 15:20.
Muitos “cristãos” lembram a ressurreição do Senhor no Domingo, dia a que chamam Páscoa (Easter ou Domingo de Páscoa). Porém este não é nenhum dos sete dias apontados por YHWH e que Deus estabeleceu para o Seu povo. É antes uma falsificação do verdadeiro dia apontado por YHWH, e que foi instituído pelo catolicismo romano muitos séculos após a morte dos apóstolos de Yeshua, e onde também se encontram espelhados muitos símbolos pagãos de fertilidade (e.g. os coelhinhos e os ovos da Páscoa). "Easter" na Bíblia é denominada por vários nomes, um deles é Astarte ou rainha dos céus (Jer. 7:16-19; 44:17), que como sabemos tem muitos nomes, e hoje é conhecida como a “virgem maria” dos católicos.
Mat. 27:50-53: “E Jesus, clamando outra vez com grande voz, rendeu o espírito. E eis que o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo; e tremeu a terra, e fenderam-se as pedras; e abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos que dormiam foram ressuscitados; e, saindo dos sepulcros, depois da ressurreição dele, entraram na cidade santa, e apareceram a muitos”.
Jo. 12:24: “Na verdade, na verdade vos digo que, se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas se morrer, dá muito fruto”.
Rom. 8:29: “Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogénito entre muitos irmãos”.
Não é por acaso que o sacrifício que se fazia neste dia era: Lev. 23:12: “E no dia em que moverdes o molho, preparareis um cordeiro sem defeito, de um ano, em holocausto a YHWH”.
Podemos agora concluir, relembrando, que tanto a Páscoa como a Semana dos Pães Asmos são comemorações santas (memoriais) instituídos pelo próprio Deus nos dias por Ele determinados. Ele não só nos diz ainda hoje em que dias devemos assinalar nas nossas vidas aqueles dias que Ele separou para o Seu povo, como também nos diz na Sua Palavra de que forma o devemos fazer para andarmos segundo a Sua vontade.
Trata-se pois de um estatuto divino que devemos guardar no nosso coração. Agora, retenhamos ainda que todo este ensino tem muita importância para o nosso fortalecimento na Verdade e no Espírito do Senhor. Não deixemos pois que seja a carne (a nossa inclinação para o pecado) a dominar-nos no entendimento desta Palavra de Salvação – Rom. 8:5-7. Lembremos que o justo viverá pela fé na Palavra de Deus e que não lhe basta ser somente ouvinte, mas fazedor de toda a Sua vontade.
Certamente muito ainda temos a aprender e a fortalecer-nos nestas solenidades do Senhor, preparando os nossos corações até que Ele venha, pois Ele diz-nos que as Suas solenidades são “sombras das coisas futuras”. Encaremos pois estas verdades como ensino para as nossas vidas e, como nascidos de novo na novidade do Espírito do Mashiach em nós, e ponhamo-las em prática nas nossas vidas, andando em humildade e sinceridade em todos os preceitos do Senhor.
Estudo da autoria do irmão Vitor Quinta, responsável do site Kol-Shofar, a Voz da Trombeta
Yom Habikkurim – significado: O Dia dos Primeiros Frutos
No decurso da semana dos pães ázimos é celebrado o Dia das Primícias, dia em que o sacerdote acenava o molho da cevada (Omer) colhida nos campos, em oferta a YHWH e como já foi dito, apontava para a aceitação do sacrifício de Yeshua. Este dia marca o início da contagem dos 50 dias para a celebração da festa que vinha a seguir no calendário Divino – a Festa de Pentecostes (quinquagésimo dia).
Lev. 23:10-11: “Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: Quando houverdes entrado na terra, que vos hei de dar, e fizerdes a sua colheita, então trareis um molho das primícias da vossa sega ao sacerdote; e ele moverá o molho perante o Senhor YHWH, para que sejais aceites; no dia seguinte ao sábado* o sacerdote o moverá”.
* No dia seguinte ao Sábado semanal que cai dentro da semana dos Asmos ou seja, sempre a um Domingo. Esta é a posição dos Saduceus e é a posição dos Caraítas de hoje, e da mesma forma a posição que nós defendemos. O entendimento Farisaico que veio a vingar mais tarde e prevalece até hoje considera este Sábado como sendo uma referência ao primeiro Sábado Anual da semana dos Asmos, ou seja, dia 15 do Abib, começando a contagem a partir do 16 de aviv.
Assim, durante a semana dos asmos não só se celebra a dádiva dos primeiros frutos da terra que o Senhor dá ao Seu povo, as primícias do ano, como celebramos Aquele Senhor que voltará e que, por excelência, se constituiu como O primeiro entre muitos irmãos que hão-de herdar a vida eterna – 1Cor. 15:20, 23; Tiago 1:18, as primícias de Deus, a igreja dos primogénitos.
Ora a colheita começa no dia a seguir ao Sábado semanal da semana dos Asmos. Tanto assim é, que a oferta feita no Templo nesse dia é descrita como “as primícias da vossa sega”. A passagem de Deut. 16:9 deixa bem claro também que é nesse dia que a colheita oficialmente começa:
“Sete semanas contarás; desde que a foice começar na seara iniciarás a contar as sete semanas”. Esta passagem fala-nos do início da contagem para o Pentecostes que começa precisamente com o início da colheita, isto é, no dia seguinte ao primeiro Sábado semanal da semana dos Asmos. Lev. 23:15 identifica-nos o dia de início dessa contagem como o dia em que a oferta é feita no Templo:
“ Depois para vós contareis desde o dia seguinte ao sábado, desde o dia em que trouxerdes o molho da oferta movida; sete semanas inteiras serão”.
Como tal, facilmente se deduz que a foice começa na seara no Domingo a seguir ao Sábado que calha dentro da semana dos Asmos. O mesmo dia em que as primícias dessa colheita eram oferecidas a YHWH no Templo.
O povo não podia comer da colheita sem que esta tivesse sido primeiro oferecida a YHWH, conforme nos diz em Lev. 23:14:
“E não comereis pão, nem trigo tostado, nem espigas verdes, até aquele mesmo dia em que trouxerdes a oferta do vosso Deus; estatuto perpétuo é por vossas gerações, em todas as vossas habitações”.
A questão é: que significado têm estas coisas para nós hoje? As primícias de tudo pertencem sempre ao Senhor YHWH. A Ele eram e são dedicados os primogénitos de toda a criatura e Yeshua era O Seu primogénito.
“Mas de facto o Mashiach ressuscitou dentre os mortos*, e foram feitas as primícias dos que dormem”, como nos diz em 1Cor. 15:20.
Muitos “cristãos” lembram a ressurreição do Senhor no Domingo, dia a que chamam Páscoa (Easter ou Domingo de Páscoa). Porém este não é nenhum dos sete dias apontados por YHWH e que Deus estabeleceu para o Seu povo. É antes uma falsificação do verdadeiro dia apontado por YHWH, e que foi instituído pelo catolicismo romano muitos séculos após a morte dos apóstolos de Yeshua, e onde também se encontram espelhados muitos símbolos pagãos de fertilidade (e.g. os coelhinhos e os ovos da Páscoa). "Easter" na Bíblia é denominada por vários nomes, um deles é Astarte ou rainha dos céus (Jer. 7:16-19; 44:17), que como sabemos tem muitos nomes, e hoje é conhecida como a “virgem maria” dos católicos.
Mat. 27:50-53: “E Jesus, clamando outra vez com grande voz, rendeu o espírito. E eis que o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo; e tremeu a terra, e fenderam-se as pedras; e abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos que dormiam foram ressuscitados; e, saindo dos sepulcros, depois da ressurreição dele, entraram na cidade santa, e apareceram a muitos”.
Jo. 12:24: “Na verdade, na verdade vos digo que, se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas se morrer, dá muito fruto”.
Rom. 8:29: “Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogénito entre muitos irmãos”.
Não é por acaso que o sacrifício que se fazia neste dia era: Lev. 23:12: “E no dia em que moverdes o molho, preparareis um cordeiro sem defeito, de um ano, em holocausto a YHWH”.
Podemos agora concluir, relembrando, que tanto a Páscoa como a Semana dos Pães Asmos são comemorações santas (memoriais) instituídos pelo próprio Deus nos dias por Ele determinados. Ele não só nos diz ainda hoje em que dias devemos assinalar nas nossas vidas aqueles dias que Ele separou para o Seu povo, como também nos diz na Sua Palavra de que forma o devemos fazer para andarmos segundo a Sua vontade.
Trata-se pois de um estatuto divino que devemos guardar no nosso coração. Agora, retenhamos ainda que todo este ensino tem muita importância para o nosso fortalecimento na Verdade e no Espírito do Senhor. Não deixemos pois que seja a carne (a nossa inclinação para o pecado) a dominar-nos no entendimento desta Palavra de Salvação – Rom. 8:5-7. Lembremos que o justo viverá pela fé na Palavra de Deus e que não lhe basta ser somente ouvinte, mas fazedor de toda a Sua vontade.
Certamente muito ainda temos a aprender e a fortalecer-nos nestas solenidades do Senhor, preparando os nossos corações até que Ele venha, pois Ele diz-nos que as Suas solenidades são “sombras das coisas futuras”. Encaremos pois estas verdades como ensino para as nossas vidas e, como nascidos de novo na novidade do Espírito do Mashiach em nós, e ponhamo-las em prática nas nossas vidas, andando em humildade e sinceridade em todos os preceitos do Senhor.
Estudo da autoria do irmão Vitor Quinta, responsável do site Kol-Shofar, a Voz da Trombeta