Introdução ao estudo das Solenidades de YHWH
A primeira coisa que devemos ter em conta quando estudamos as festas que estão na Bíblia é que estas festas não são as festas judaicas e tampouco são apenas festas bíblicas. Já que a maioria delas, São as "Festas de YHWH".
Não são apenas as festas de um povo ou de um tempo determinado mas sim as celebrações perpétuas do Senhor. De acordo com Levitico 23, as Festas de YHWH são divididas em 7 anuais e 1 semanal.
O Shabbat ou Sábado (solenidade semanal) é dado ao homem como um memorial da criação, já que Elohim criou o mundo em seis dias, e descansou no sétimo dia, por isso o Sábado, foi dado ao homem, como dia perpétuo de descanso, e de adoração ao Criador. É também uma sombra de um acontecimento futuro - o governo milenar de Yeshua- após 6 milénios de (des)governo humano.
As Solenidades Anuais, também são dadas como um memorial, de três grandes eventos na historia do povo de Deus, ou seja, a saída do Egipto, a entrega da Lei (em hebraico, Torá, que significa instrução) e a sobrevivência milagrosa no deserto, quando o povo habitou em tendas durante décadas.
YHWH, nosso Deus entregou a Israel três grandes celebrações para recordar e transmitir às gerações posteriores:
A Festa de Páscoa (em hebraico, Pêssach), a Festa das Semanas, (em hebraico "Shavuot"; em grego "Pentecostes") e a Festa dos Tabernáculos (em hebraico, Sukkot, que significa "Cabanas").
A primeira está relacionada intimamente com a saída do Egipto e o sangue derramado do cordeiro pascal. Aponta para o sacrificío do cordeiro de YHWH, Yeshua, quando derramou o seu sangue como expiação perpétua das nossas transgressões.
A Segunda está ligada à chegada ao Sinai e à entrega da Lei (Torah) como contrato de matrimónio (em hebraico "Ketubah") entre YHWH e o Seu povo. Aponta para o derramamento do Espiríto Santo relatado no livro de Actos, em que a Lei desta vez não é gravada em pedra, mas sim nos corações de todo aquele que aceita o testemunho de Yeshua.
A terceira está vinculada com a sobrevivência do povo, de forma sobrenatural enquanto habitavam em tendas temporariamente no deserto. Aponta também para a nossa permanência na terra enquanto mortais. Estamos em corpos temporários, numa terra que é temporariamente corrupta e cheia de pecados, aguardando pela segunda vinda da Salvação de Yah, Yeshua, o representante de Elohim.
As restantes Solenidades foram dadas também como sombras de coisas futuras, que parcialmente foram cumpridas após o ministério de Yeshua, e as restantes terão o seu cumprimento profético na segunda vinda do Mashiach (Messias).
Às três festas dadas como memorial (Pêssach, Pentecostes, e tabernáculos, esta última uma festa de sete dias), descritas acima, foram acrescentadas as seguintes:
- A Festa dos Pães Asmos (sem fermento – em hebraico "Hag HaMatzah"), (uma festa de sete dias)
- A Festa das Primicias (dos primeiros frutos - em hebraico "Yom Habikkurim"),
- A Festa das Trombetas (em hebraico Yom Teruah),
- O Dia da Expiação (em hebraico, Yom Kippur).
Colocadas em ordem cronológica temos:
1. Pêssach - Páscoa
2. Chag HaMatzah - Pães Asmos (sem fermento)
3. Yom Habikkurim - Dia das Prímicias (primeiros frutos)
4. Shavuot - Pentecostes
5. Yom Teruah - Dia das Trombetas
6. Yom Kippur - Dia da Expiação
7. Sukkot - Cabanas, ou tabernáculos
Destes sete, apenas cinco são dias de Santa Convocação em que a actividade laboral não é permitida. O dia de Pêssach e o dia das prímicias, não são dias de Santa convocação. No entanto continuam a ser sete os dias de Santa Convocação, porque na Festa dos Asmos existem dois dias Santos (o primeiro e o sétimo e último dia da festa), e o mesmo acontece na festa dos tabernáculos, já que o primeiro dia é um dia de Santa Convocação, e depois dos sete dias de festa, há um oitavo dia (separado) que também é um dia de Santa Convocação - O Oitavo e Último Grande Dia.
É importante que saibamos que as Festas de YHWH como aparecem em Levitico 23 são muito mais do que história, cultura e memorial, são acima de tudo proféticas, e dizem respeito a todos aqueles que querem andar segundo a vontade do Pai.
Excluindo o Shabbat, que é uma celebração semanal, as sete festas anuais restantes estão divididas profeticamente em dois tempos: As de Primavera e as do Outono. E coincidem com o tempo das colheitas em Eretz Yisrael (Terra de Israel), que também estão relacionadas com a colheita dos escolhidos.
As de Primavera são: Pêssach (Páscoa), Hag HaMatzah (Pães sem fermento), Prímicias (Primeiros Frutos) e Shavuot (Pentecostes). Dá-se então um hiato de tempo chamado em hebraico de "Teshuvah" que significa "retorno" ou "regresso ao Senhor" (arrependimento). Após esse tempo que YHWH dá ao homem para que faça a "Teshuvah", seguem-se as festas de Outono, Este tempo, está directamente ligado ao tempo vivido entre a primeira, e a segunda vinda de Yeshua. Yeshua regressará ao toque da última trombeta, representado pelo dia de Yom Teruah ou Dia das Trombetas, dez dias depois temos Yom Kippur ou Dia da Expiação e Finalmente chega Sukkot ou Tabernáculos.
O apóstolo Paulo, mostra-nos que todas estas festas são "sombras das coisas futuras" (Col. 2:17). Vejamos que ele diz que "são sombras" e não que "eram sombras"...Portanto, as festas do Senhor YHWH são proféticas, na medida em que nos revelam o plano de redenção de YHWH para o seu povo. Se observarmos atentamente estes “tempos” de Elohim, veremos que as primeiras quatro festas tiveram o seu cumprimento profético na primeira vinda do Messias. E as três ultimas ainda não foram cumpridas no sentido profético. Yeshua disse que "até que o céu e a terra passem, nem um Yud ou um traço se omitirá da Torah sem que tudo seja cumprido" (Mat. 5:18 ).
Portanto, nós estamos, profeticamente, no tempo de Teshuvah (retornar ao caminho de YHWH) no período que vai desde o Pentecostes ao toque da Trombeta (Yom Teruah).
Durante estes dias que representam o tempo de salvação de Deus para a Casa de Israel (Efraim- muitos deles agora gentios, que desconhecem a sua identidade), vemos que Judá como nação tem permanecido com o coração endurecido, agindo como se tivesse um véu nos olhos, isto para dar oportunidade de cumprimento, à acção profética revelada em Romanos 11, no que diz respeito a Efraim (a parte dispersa de Israel por todo o mundo) e às nações gentias. Sem dúvida, na mesma medida em que nos aproximamos do tempo em que soará a trombeta, que anuncia no calendário de YHWH que a festa das trombetas chegou, temos que compreender que o tempo determinado por YHWH, está prestes a acontecer.
De facto, a Festa das Trombetas também é conhecida como a Festa da Reunificação. Ao som da trombeta todos os filhos de Israel deveriam juntar-se para se apresentarem diante de Deus. De facto, o termo hebraico "Teruah" traduzido como trombeta também significa "grito", "som". A Festa das Trombetas está directamente ligada com o "despertar". É um "levantar dentre os mortos", é "levantar a cabeça" porque o dia da redenção aproxima-se, por esse facto, a festa seguinte à das trombetas, é Yom Kippur, o dia da expiação ou redenção. Quando Paulo escreve aos Efésios tem isto em mente. Quando afirma: "não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o Dia da Redenção" (Efésios 4:30).
A frase "dia da redenção" aponta, para o Yom Kippur, o Dia de Expiação. Os crentes já foram identificados como propriedade de YHWH, mas deverão esperar até "Yom Kippur" quando a redenção finalmente, estará completa. (Rom 8:23). Portanto, após afirmar que foram selados para o "Yom Kippur", Paulo diz aos Efésios: "Desperta , tu que dormes" (Efésios 5:14).
Ou seja, já passou o Shavuot (Pentecostes, o selo do Espirito) e estamos agora no período de Teshuvah, os tempos de retorno à fé que uma vez foi dada aos santos (Judas 1:4).
Temos portanto que estar atentos, porque a Trombeta pode soar a qualquer momento para "congregar num só corpo, todos os filhos de Israel que estão dispersos", que é o propósito principal da Festa das Trombetas.
Como a redenção de Judá aproxima-se e como o tempo de endurecimento de Judá está a chegar ao fim, os da Casa de Efraim (dispersos) que se tornaram gentios, como os "cativos que estão em Sefarade" (palavra hebraica para península ibérica), representam também a dispersão de Efraim.
O Senhor começou a soar uma trombeta (shofar) que é ouvida por aqueles que pertencem a Israel. De facto, Isaías diz-nos assim: "e será naquele dia que se tocará uma grande trombeta, e os que andavam perdidos pela terra da Assiria, e os que foram desterrados para a terra do Egito tornarão a vir, e adorarão ao Senhor no monte santo em Jerusalem" (Isaías 27:13).
Esta é uma referência a Efraim, e não a Judá, porque Judá nunca foi espalhado nem pela Assiria nem para o Egipto, somente a Casa de Israel experimentou esta dispersão quando Isaías sobre ela profetizou.
O toque da trombeta está relacionado intimamente com a Festa das Trombetas, que é uma festa para "despertar os que dormem" afim de que conheçam que o Dia da Redenção está sumamente perto. Portanto, o facto de que nestes últimos tempos, uma enorme quantidade de gentios estão, a redescobrir as suas raizes israelitas ou judaicas, mostra-nos claramente que não é uma mera casualidade. É que existe uma trombeta que tem estado a soar. Há uma mensagem que está a ser espalhada a todas as partes do mundo e como disse Isaías "sereis colhidos um a um" (Isaías 27:12).
Qualquer pessoa em Israel, sabe que a reunificação e o som da trombeta são dois eventos que vem juntos para avisar que o "Yom Kippur" está as portas e que há que estar extremamente alerta, em oração, extremamente atentos, porque a qualquer momento "o Dia de Expiação" poderá ser anunciado. Estaremos preparados?
Yom Teruah, o Dia das Trombetas, conhecido por muitos nomes diferentes na Biblia e no Judaismo (Rosh HaShanah, por exemplo) é o único festival revelado por YHWH que ocorre quando surge a Lua Nova.
Durante os tempos do Segundo Templo, os sacerdotes que compunham o Sinédrio eram os responsáveis de anunciar quando a lua nova surgia. Duas testemunhas tinham que ter o cuidado de observar o céu, para que, quando fosse visualizada a Lua Nova, se avisasse o chefe do Sinédrio que mandava tocar a Trombeta que anunciava a chegada da festa. Portanto, se um de nós perguntasse a um judeu da época de Yeshua "Quando chega a data de Yom Teruah?", ele simplesmente responderia: "O dia e a hora ninguém sabe", porque tinham que esperar que as duas testemunhas avisassem a chegada da lua nova, sendo que nem eles poderiam saber com exactidão, pois tratando-se de um astro celeste não se podia antecipar o dia nem a hora que esse evento ocorria.
Portanto, no Judaísmo a frase "o dia e a hora ninguem sabe" tornou-se um "hebraísmo" para falar de Yom Teruah ou o Dia das Trombetas. Quando finalmente se sabe que chegou a lua cheia e que se pode tocar a trombeta para anunciar ao povo que tem que congregar-se, o som que se fazia com essa trombeta era diferente do resto dos sons.
O nome que tinha esse toque de trombeta era conhecido como "a última trombeta", que era um tipo de som que fazia com que todos soubessem que Yom Teruah tinha chegado. Quando Paulo diz aos Coríntios: "Eis aqui vos digo um misterio: Na verdade, nem todos dormiremos, Mas todos seremos transformados, Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a Ultima Trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptiveis, e nós seremos transformados" (1Cor. 15:51-52) estava a revelar uma mensagem muito clara aos crentes: que a ressurreição dos santos e a nossa "reunião com o Senhor", terá lugar na Festa das Trombetas, quando a primeira das três festas restantes, que ainda não se cumpriram, começarão então a acontecer.
Os tempos de YHWH são extremamente precisos e pontuais. E nada tem a ver com a noção de tempo humana. "Eis que cedo venho" diz-nos Yeshua, como tal, passaram-se mais de 2000 anos, e o que para muitos de nós já é tarde, para YHWH, ainda não é o momento, não nos esqueçamos da advertência de Pedro. (2Pe. 3:8-9) Quando perguntaram ao Senhor sobre o dia e a hora em que isto aconteceria, ele respondeu:
"O dia e a hora ninguém sabe" (Mat.24:26) portanto "vigiai" (Mat.24:42) e "estai vós apercebidos também; porque o Filho do homem há de vir a hora em que não penseis" (Mat. 24:44), frases que se tornaram autênticos "hebraísmos", que nos levam directamente à Festa de Yom Teruah, mas que como ninguém sabe quando a lua nova surgirá, realmente ninguém poderia jamais antecipar exactamente o momento. Somente Deus sabe quando.
Assim pois, segundo o calendário de Deus, estamos agora no final do período do tempo de arrependimento, de retorno a Deus, de preparação para a "reunificação" de Yom Teruah, que nos Levará então a Yom Kippur, o dia da redenção, quando então "todo Israel será salvo".
Como o toque da "útima trombeta" anunciará a chegada do Messias e a sua Segunda apresentação a Judá. Semelhantemente a José, que só foi reconhecido pelos seus irmãos, no segundo encontro, quando José se deu a conhecer a eles. Nesta ocasião Judá será salvo. A Ultima Trombeta então não poderá soar até que os gentios que pertencem a Israel sejam restaurados, pois a reunificação de judá e Efraim é uma exigência profética. Consequentemente, estes dias que vivemos implicam uma acção grandiosa de YHWH pela qual todos os que tem raízes judaicas ou israelitas serão chamados e restaurados à sua identidade hebraica como preparação para a grande festa das Trombetas que se aproxima quando Judá e Efraim serão unificados e estabelecidos em Israel como no principio e o trono de David levantado em Jerusalém para sempre com o Messias.
Nesta introdução ao estudo das festas a ênfase foi dada ao dia das Trombetas essencialmente porque será a próxima solenidade a ter o seu cumprimento profético, e não porque seja mais importante que as restantes. Sobre as outras festas existem estudos específicos neste site, que poderão consultar.
Baruch Hashem (Louvado seja o nome de YHWH).
Não são apenas as festas de um povo ou de um tempo determinado mas sim as celebrações perpétuas do Senhor. De acordo com Levitico 23, as Festas de YHWH são divididas em 7 anuais e 1 semanal.
O Shabbat ou Sábado (solenidade semanal) é dado ao homem como um memorial da criação, já que Elohim criou o mundo em seis dias, e descansou no sétimo dia, por isso o Sábado, foi dado ao homem, como dia perpétuo de descanso, e de adoração ao Criador. É também uma sombra de um acontecimento futuro - o governo milenar de Yeshua- após 6 milénios de (des)governo humano.
As Solenidades Anuais, também são dadas como um memorial, de três grandes eventos na historia do povo de Deus, ou seja, a saída do Egipto, a entrega da Lei (em hebraico, Torá, que significa instrução) e a sobrevivência milagrosa no deserto, quando o povo habitou em tendas durante décadas.
YHWH, nosso Deus entregou a Israel três grandes celebrações para recordar e transmitir às gerações posteriores:
A Festa de Páscoa (em hebraico, Pêssach), a Festa das Semanas, (em hebraico "Shavuot"; em grego "Pentecostes") e a Festa dos Tabernáculos (em hebraico, Sukkot, que significa "Cabanas").
A primeira está relacionada intimamente com a saída do Egipto e o sangue derramado do cordeiro pascal. Aponta para o sacrificío do cordeiro de YHWH, Yeshua, quando derramou o seu sangue como expiação perpétua das nossas transgressões.
A Segunda está ligada à chegada ao Sinai e à entrega da Lei (Torah) como contrato de matrimónio (em hebraico "Ketubah") entre YHWH e o Seu povo. Aponta para o derramamento do Espiríto Santo relatado no livro de Actos, em que a Lei desta vez não é gravada em pedra, mas sim nos corações de todo aquele que aceita o testemunho de Yeshua.
A terceira está vinculada com a sobrevivência do povo, de forma sobrenatural enquanto habitavam em tendas temporariamente no deserto. Aponta também para a nossa permanência na terra enquanto mortais. Estamos em corpos temporários, numa terra que é temporariamente corrupta e cheia de pecados, aguardando pela segunda vinda da Salvação de Yah, Yeshua, o representante de Elohim.
As restantes Solenidades foram dadas também como sombras de coisas futuras, que parcialmente foram cumpridas após o ministério de Yeshua, e as restantes terão o seu cumprimento profético na segunda vinda do Mashiach (Messias).
Às três festas dadas como memorial (Pêssach, Pentecostes, e tabernáculos, esta última uma festa de sete dias), descritas acima, foram acrescentadas as seguintes:
- A Festa dos Pães Asmos (sem fermento – em hebraico "Hag HaMatzah"), (uma festa de sete dias)
- A Festa das Primicias (dos primeiros frutos - em hebraico "Yom Habikkurim"),
- A Festa das Trombetas (em hebraico Yom Teruah),
- O Dia da Expiação (em hebraico, Yom Kippur).
Colocadas em ordem cronológica temos:
1. Pêssach - Páscoa
2. Chag HaMatzah - Pães Asmos (sem fermento)
3. Yom Habikkurim - Dia das Prímicias (primeiros frutos)
4. Shavuot - Pentecostes
5. Yom Teruah - Dia das Trombetas
6. Yom Kippur - Dia da Expiação
7. Sukkot - Cabanas, ou tabernáculos
Destes sete, apenas cinco são dias de Santa Convocação em que a actividade laboral não é permitida. O dia de Pêssach e o dia das prímicias, não são dias de Santa convocação. No entanto continuam a ser sete os dias de Santa Convocação, porque na Festa dos Asmos existem dois dias Santos (o primeiro e o sétimo e último dia da festa), e o mesmo acontece na festa dos tabernáculos, já que o primeiro dia é um dia de Santa Convocação, e depois dos sete dias de festa, há um oitavo dia (separado) que também é um dia de Santa Convocação - O Oitavo e Último Grande Dia.
É importante que saibamos que as Festas de YHWH como aparecem em Levitico 23 são muito mais do que história, cultura e memorial, são acima de tudo proféticas, e dizem respeito a todos aqueles que querem andar segundo a vontade do Pai.
Excluindo o Shabbat, que é uma celebração semanal, as sete festas anuais restantes estão divididas profeticamente em dois tempos: As de Primavera e as do Outono. E coincidem com o tempo das colheitas em Eretz Yisrael (Terra de Israel), que também estão relacionadas com a colheita dos escolhidos.
As de Primavera são: Pêssach (Páscoa), Hag HaMatzah (Pães sem fermento), Prímicias (Primeiros Frutos) e Shavuot (Pentecostes). Dá-se então um hiato de tempo chamado em hebraico de "Teshuvah" que significa "retorno" ou "regresso ao Senhor" (arrependimento). Após esse tempo que YHWH dá ao homem para que faça a "Teshuvah", seguem-se as festas de Outono, Este tempo, está directamente ligado ao tempo vivido entre a primeira, e a segunda vinda de Yeshua. Yeshua regressará ao toque da última trombeta, representado pelo dia de Yom Teruah ou Dia das Trombetas, dez dias depois temos Yom Kippur ou Dia da Expiação e Finalmente chega Sukkot ou Tabernáculos.
O apóstolo Paulo, mostra-nos que todas estas festas são "sombras das coisas futuras" (Col. 2:17). Vejamos que ele diz que "são sombras" e não que "eram sombras"...Portanto, as festas do Senhor YHWH são proféticas, na medida em que nos revelam o plano de redenção de YHWH para o seu povo. Se observarmos atentamente estes “tempos” de Elohim, veremos que as primeiras quatro festas tiveram o seu cumprimento profético na primeira vinda do Messias. E as três ultimas ainda não foram cumpridas no sentido profético. Yeshua disse que "até que o céu e a terra passem, nem um Yud ou um traço se omitirá da Torah sem que tudo seja cumprido" (Mat. 5:18 ).
Portanto, nós estamos, profeticamente, no tempo de Teshuvah (retornar ao caminho de YHWH) no período que vai desde o Pentecostes ao toque da Trombeta (Yom Teruah).
Durante estes dias que representam o tempo de salvação de Deus para a Casa de Israel (Efraim- muitos deles agora gentios, que desconhecem a sua identidade), vemos que Judá como nação tem permanecido com o coração endurecido, agindo como se tivesse um véu nos olhos, isto para dar oportunidade de cumprimento, à acção profética revelada em Romanos 11, no que diz respeito a Efraim (a parte dispersa de Israel por todo o mundo) e às nações gentias. Sem dúvida, na mesma medida em que nos aproximamos do tempo em que soará a trombeta, que anuncia no calendário de YHWH que a festa das trombetas chegou, temos que compreender que o tempo determinado por YHWH, está prestes a acontecer.
De facto, a Festa das Trombetas também é conhecida como a Festa da Reunificação. Ao som da trombeta todos os filhos de Israel deveriam juntar-se para se apresentarem diante de Deus. De facto, o termo hebraico "Teruah" traduzido como trombeta também significa "grito", "som". A Festa das Trombetas está directamente ligada com o "despertar". É um "levantar dentre os mortos", é "levantar a cabeça" porque o dia da redenção aproxima-se, por esse facto, a festa seguinte à das trombetas, é Yom Kippur, o dia da expiação ou redenção. Quando Paulo escreve aos Efésios tem isto em mente. Quando afirma: "não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o Dia da Redenção" (Efésios 4:30).
A frase "dia da redenção" aponta, para o Yom Kippur, o Dia de Expiação. Os crentes já foram identificados como propriedade de YHWH, mas deverão esperar até "Yom Kippur" quando a redenção finalmente, estará completa. (Rom 8:23). Portanto, após afirmar que foram selados para o "Yom Kippur", Paulo diz aos Efésios: "Desperta , tu que dormes" (Efésios 5:14).
Ou seja, já passou o Shavuot (Pentecostes, o selo do Espirito) e estamos agora no período de Teshuvah, os tempos de retorno à fé que uma vez foi dada aos santos (Judas 1:4).
Temos portanto que estar atentos, porque a Trombeta pode soar a qualquer momento para "congregar num só corpo, todos os filhos de Israel que estão dispersos", que é o propósito principal da Festa das Trombetas.
Como a redenção de Judá aproxima-se e como o tempo de endurecimento de Judá está a chegar ao fim, os da Casa de Efraim (dispersos) que se tornaram gentios, como os "cativos que estão em Sefarade" (palavra hebraica para península ibérica), representam também a dispersão de Efraim.
O Senhor começou a soar uma trombeta (shofar) que é ouvida por aqueles que pertencem a Israel. De facto, Isaías diz-nos assim: "e será naquele dia que se tocará uma grande trombeta, e os que andavam perdidos pela terra da Assiria, e os que foram desterrados para a terra do Egito tornarão a vir, e adorarão ao Senhor no monte santo em Jerusalem" (Isaías 27:13).
Esta é uma referência a Efraim, e não a Judá, porque Judá nunca foi espalhado nem pela Assiria nem para o Egipto, somente a Casa de Israel experimentou esta dispersão quando Isaías sobre ela profetizou.
O toque da trombeta está relacionado intimamente com a Festa das Trombetas, que é uma festa para "despertar os que dormem" afim de que conheçam que o Dia da Redenção está sumamente perto. Portanto, o facto de que nestes últimos tempos, uma enorme quantidade de gentios estão, a redescobrir as suas raizes israelitas ou judaicas, mostra-nos claramente que não é uma mera casualidade. É que existe uma trombeta que tem estado a soar. Há uma mensagem que está a ser espalhada a todas as partes do mundo e como disse Isaías "sereis colhidos um a um" (Isaías 27:12).
Qualquer pessoa em Israel, sabe que a reunificação e o som da trombeta são dois eventos que vem juntos para avisar que o "Yom Kippur" está as portas e que há que estar extremamente alerta, em oração, extremamente atentos, porque a qualquer momento "o Dia de Expiação" poderá ser anunciado. Estaremos preparados?
Yom Teruah, o Dia das Trombetas, conhecido por muitos nomes diferentes na Biblia e no Judaismo (Rosh HaShanah, por exemplo) é o único festival revelado por YHWH que ocorre quando surge a Lua Nova.
Durante os tempos do Segundo Templo, os sacerdotes que compunham o Sinédrio eram os responsáveis de anunciar quando a lua nova surgia. Duas testemunhas tinham que ter o cuidado de observar o céu, para que, quando fosse visualizada a Lua Nova, se avisasse o chefe do Sinédrio que mandava tocar a Trombeta que anunciava a chegada da festa. Portanto, se um de nós perguntasse a um judeu da época de Yeshua "Quando chega a data de Yom Teruah?", ele simplesmente responderia: "O dia e a hora ninguém sabe", porque tinham que esperar que as duas testemunhas avisassem a chegada da lua nova, sendo que nem eles poderiam saber com exactidão, pois tratando-se de um astro celeste não se podia antecipar o dia nem a hora que esse evento ocorria.
Portanto, no Judaísmo a frase "o dia e a hora ninguem sabe" tornou-se um "hebraísmo" para falar de Yom Teruah ou o Dia das Trombetas. Quando finalmente se sabe que chegou a lua cheia e que se pode tocar a trombeta para anunciar ao povo que tem que congregar-se, o som que se fazia com essa trombeta era diferente do resto dos sons.
O nome que tinha esse toque de trombeta era conhecido como "a última trombeta", que era um tipo de som que fazia com que todos soubessem que Yom Teruah tinha chegado. Quando Paulo diz aos Coríntios: "Eis aqui vos digo um misterio: Na verdade, nem todos dormiremos, Mas todos seremos transformados, Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a Ultima Trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptiveis, e nós seremos transformados" (1Cor. 15:51-52) estava a revelar uma mensagem muito clara aos crentes: que a ressurreição dos santos e a nossa "reunião com o Senhor", terá lugar na Festa das Trombetas, quando a primeira das três festas restantes, que ainda não se cumpriram, começarão então a acontecer.
Os tempos de YHWH são extremamente precisos e pontuais. E nada tem a ver com a noção de tempo humana. "Eis que cedo venho" diz-nos Yeshua, como tal, passaram-se mais de 2000 anos, e o que para muitos de nós já é tarde, para YHWH, ainda não é o momento, não nos esqueçamos da advertência de Pedro. (2Pe. 3:8-9) Quando perguntaram ao Senhor sobre o dia e a hora em que isto aconteceria, ele respondeu:
"O dia e a hora ninguém sabe" (Mat.24:26) portanto "vigiai" (Mat.24:42) e "estai vós apercebidos também; porque o Filho do homem há de vir a hora em que não penseis" (Mat. 24:44), frases que se tornaram autênticos "hebraísmos", que nos levam directamente à Festa de Yom Teruah, mas que como ninguém sabe quando a lua nova surgirá, realmente ninguém poderia jamais antecipar exactamente o momento. Somente Deus sabe quando.
Assim pois, segundo o calendário de Deus, estamos agora no final do período do tempo de arrependimento, de retorno a Deus, de preparação para a "reunificação" de Yom Teruah, que nos Levará então a Yom Kippur, o dia da redenção, quando então "todo Israel será salvo".
Como o toque da "útima trombeta" anunciará a chegada do Messias e a sua Segunda apresentação a Judá. Semelhantemente a José, que só foi reconhecido pelos seus irmãos, no segundo encontro, quando José se deu a conhecer a eles. Nesta ocasião Judá será salvo. A Ultima Trombeta então não poderá soar até que os gentios que pertencem a Israel sejam restaurados, pois a reunificação de judá e Efraim é uma exigência profética. Consequentemente, estes dias que vivemos implicam uma acção grandiosa de YHWH pela qual todos os que tem raízes judaicas ou israelitas serão chamados e restaurados à sua identidade hebraica como preparação para a grande festa das Trombetas que se aproxima quando Judá e Efraim serão unificados e estabelecidos em Israel como no principio e o trono de David levantado em Jerusalém para sempre com o Messias.
Nesta introdução ao estudo das festas a ênfase foi dada ao dia das Trombetas essencialmente porque será a próxima solenidade a ter o seu cumprimento profético, e não porque seja mais importante que as restantes. Sobre as outras festas existem estudos específicos neste site, que poderão consultar.
Baruch Hashem (Louvado seja o nome de YHWH).