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Em que língua foram escritos os textos apostólicos (Novo Testamento)?

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Após a leitura deste estudo, poderão ler como estudo complementar o livro de Mateus em aramaico (clique aqui), que na sua introdução contém, alguns testemunhos dos pais da igreja que demonstram que a ideia dos escritos originais apostólicos na línguas semitas não é somente uma hipótese, mas um facto.

Entre os eruditos das escrituras, parece não haver grande disparidade de opinião relativamente à língua em que foram escritos os textos bíblicos. A opinião de que o Antigo Testamento foi escrito originalmente nas línguas semitas (hebraico/aramaico) é unânime, apensar de sabermos que as versões bíblicas que circulam no mundo contemporâneo são traduzidas a partir de uma versão escrita em grego conhecida por septuaginta, ou a versão dos setenta, para saber mais sobre a septuaginta clique AQUI. Relativamente, apesar de o grosso dos historiadores defender que os originais foram escritos em grego, existe muita gente, igualmente eruditos da palavra, que afirmam que os escritos apostólicos foram escritos em grego. Nós pessoalmente acreditamos e testificamos que os originais da Brit Hadashá (vulgarmente conhecido como Novo Testamento) foram escritos nas línguas semitas, e não no grego, e essa parece ser também a opinião de alguns grandes nomes dos primórdios do Cristianismo.

O trabalho que João Ferreira de Almeida (JFA) fez foi fundamental para a divulgação do Evangelho, e sem dúvida que com a versão de JFA, temos o que precisamos em mãos para cumprir e conhecer a Santa e Divina vontade do Senhor. Mas nunca nos podemos esquecer de uns pormenores.
João Ferreira de Almeida foi um Evangélico fiel à reforma protestante, e como tal várias das suas crenças não se harmonizam com a verdadeira fé bíblica, e com o que Yeshua nos ensinou, ou mesmo com a fé dos primeiros Cristãos. JFA de Almeida era antinomiano (anti-lei), e trinitário, ao contrário da fé que nos foi ensinada na congregação em que crescemos, e que as Sagradas Escrituras defende; a fé que testifica que Deus é UM, não uma trindade (Deut. 6:4). Aliás, isso explica muitas das confusões que geram as cartas de Paulo entre os Cristãos, pois a tradução de JFA e outras, ainda que muito aproximadas dos originais, tem muitas traduções tendenciosas que reforçam os ideais protestantes (trindade e antinomianismo).

Não queremos de alguma forma dizer, ou passar a ideia que dizemos que a Bíblia está errada. Nada disso, se há coisas que não tem qualquer tipo de erros ou contradições é a Palavra de Deus, mas o homem quando toca por vezes deturpa. Nenhum dos apóstolos se enganou a escrever os evangelhos, as traduções é que geraram os enganos e confusões, os apóstolos foram divinamente inspirados, os tradutores não. O diabo aproveitou-se das limitações dos homens que traduziram a Bíblia para induzir as pessoas ao erro, mas Deus permitiu que o essencial estivesse lá, e como tal a versão de JFA, mesmo com todas as suas deturpações, é mais que suficiente para que andemos de acordo com a vontade de Deus, quando analisamos a Palavra como um todo.

Há variados exemplos que poderíamos dar que mostram erros das versões bíblicas mais conhecidas, no entanto citaremos alguns, mas reflitamos primeiramente no seguinte, se a versão de JFA fosse isenta de erros, não teria sofrido ao longo dos tempos várias correcções (Revista e corrigida; corrigida e fiel, e afins).

Quanto aos que defendem que o NT foi escrito em grego porque há muitas provas disso, podemos apenas afirmar que também há várias que atestam que foram escrito nas línguas semitas. O facto de Ap. 1:18 se referir a letras gregas tem o propósito de levar à compreensão textual dos povos helenizados, porque nos originais semitas a ênfase de Ap. 1:18 é dada às letras hebraicas:

“Eu sou o Alef e o Tav, o primeiro e o último, o princípio e o fim.”

Da mesma forma que o som "J" não tem convergência no hebraico/aramaico nem no grego, e aparece na tradução para o português de modo a que percebamos o contexto (Mat. 5:18), mas no original aparece como:

“Por que vos digo que, até que o céu e a terra passem, de modo nenhum passará da Lei um só Yud ou um só traço, até que tudo seja cumprido.”

Sobre esta última passagem, destacamos que o Yud (
י) é a letra menor do alfabeto hebraico, o que aponta que nem a mínima coisa deverá ser tirada. Essa analogia, sob o ponto de vista grego, é um trocadilho impossível.

Pessoalmente, como já dissemos, acreditamos que Os originais do NT Foram escritos nas línguas semitas (Hebraico, Aramaico e Siríaco). Isto porque existem erros e contradições nos manuscritos gregos.

Como fonte de pesquisa temos várias obras:

* Novo Testamento Judaico (David Stern)
* Sefer Ha Teshuvah (O Novo Testamento corrigido segundo as versões semitas – Shaul Bentsion)
* Nova Versão King James em Inglês
* Versão João Ferreira de Almeida, Edição Corrigida e Fiel ao Texto Original
* João Ferreira de Almeida Revista e Corrigida, Revista e Actualizada, Nova Tradução na Linguagem de Hoje e Bíblia Online da Sociedade Bíblica.
* Bíblia de Jerusalém


MANUSCRITOS SEMITAS MAIS IMPORTANTAES:
* Manuscritos antigos em aramaico datando do IV século- O primeiro (Codex Syrus Curetonianus) – siríaco antigo encontra-se no Museu Britânico O segundo (Codex Syrus Sinaiticus)
* Peshita: Ketuvim Netsarim – Aramaico
* O Manuscrito de Matitiyahu Du Tillet (Mateus) Versão Hebraica - (Biblioteca Nacional de Paris)
* Cartas do Rabino Shaul (apóstolo Paulo) em hebraico Noticiado pelo jornal Há’Arets como uma das cartas mais antigas em Hebraico . Encontra-se na Biblioteca de Viena – Austria
* Khaburis Codex – Aramaico – 164 AD O manuscrito mais antigo do Novo Testamento Importante: Paulo não era helenizado e escreveu em hebraico e aramaico.
* Os Judeus não eram incentivados a falar outras línguas (Flavius Josephus).
* Tarso esteve sob domínio Assírio, Babilônico e Persa. A língua falada nessas regiões era o aramaico.


No entanto isso não é o mais importante, grego ou hebraico, certo é que a versão de JFA, ainda que suficiente, tem erros, não a bíblia, mas sim a tradução, e isso por vezes muda todo um contexto
.
Vamos então analisar alguns pontos, para perceber se a Bíblia está errada, ou algumas traduções é que têm erros:

1º PONTO: “Então se realizou o que vaticinara o profeta Jeremias: Tomaram as trinta moedas de prata, preço do que foi avaliado, que certos filhos de Israel avaliaram.” Mat. 27:9

REFUTAÇÃO: A profecia em questão não foi o profeta Jeremias que a fez, mas sim Zacarias (Zac. 11:12.13). Falta de atenção de Mateus? Impossível, todos escreveram sobre inspiração divina, e Deus não se engana. Acontece que nos originais semitas não existe este erro, a passagem em questão faz referência apenas ao profeta, e não menciona qual profeta:

“Então se realizou o que foi dito pelo profeta: Tomaram as trinta moedas de prata…”

Penso que aqui o tradutor grego quis reforçar o sentido do texto, mas errou. Isso é óptimo para os cépticos pegarem, e desacreditarem a Bíblia.

2º PONTO: Todos nós já nos apercebemos da grande diferença que existe entre as Genealogias de Yeshua que nos relatam Mateus e Lucas.

“E Jacó gerou a José, marido de Maria, da qual nasceu Yeshua, que se chama o Ungido. De sorte que todas as gerações, desde Abraão até David, são catorze gerações; e desde David até a deportação para a babilônia, catorze gerações; e desde a deportação para a babilônia até ao Messias, catorze gerações.” Mat. 1:16-17

REFUTAÇÃO: Se analisarmos os vs. 12 a 16 do capítulo 1 de Mateus, vemos que existem 14 gerações de Abraão a David; vemos que existem 14 gerações de David ao Exílio; mas apenas 13 do exílio a Cristo, e não 14, como testifica o texto de Mateus 1:16-17 nas versões gregas. O curioso é que nas versões semitas isto não acontece. O erro está no “grego”, Pois o relato de Mateus, (ao contrário da de Lucas que fala da genealogia através de José) refere-se à genealogia através de Maria.

CORRECÇÃO:
Este “José” que consta na genealogia relatada por Mateus é o nome do pai de Maria e não o marido. O termo usado para “marido” veio do termo aramaico Ga’bra, que tanto pode significar “marido” como “pai”. Quem fez a tradução para o grego, traduziu para "marido", sem observar que no versículo 19, quando fala de José, o marido de Maria, o termo usado foi Ba’la.

Pelo menos o Evangelho de Mateus mostra que muito dificilmente terá sido escrito em grego, pois a confusão só existe no grego, e não no hebraico/aramaico.

Assim, é corrigido o problema das 14 gerações e fica constatado que a genealogia de Mateus é da parte de Maria e não de José.

MATEUS 1:16-17 (VERSÃO CORRETA NO ARAMAICO)
“Mas Jacob gerou a José, pai de Maria da qual nasceu Yeshua, que se chama o Mashiach. Sendo assim, todas as gerações de Abraão a David foram catorze, de David até o exílio babilónico catorze gerações, e do exílio babilónico até ao Messias catorze gerações”.

Voltando ao facto de JFA ser um protestante, e os protestantes além de serem trinitários, dizem que Yeshua anulou a Lei, como tal, muitas das suas traduções são tendenciosas, isto é, influenciadas pela sua crença.  Não digo que o tenha feito propositadamente com o intuito de induzir ao erro, mas sim por ser influenciado pelas suas crenças: Vejamos: “Porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê.” Rom. 10:4. A palavra fim é uma palavra homófona e homógrafa, pois apesar de se ler e escrever da mesma forma pode significar mais do que uma coisa. "Fim" neste caso específico de Romanos, não aponta para “acabar”, mas sim como “propósito”; “objectivo”. Ex. “A fim de chegar mais cedo”.

A prova disso?

“Todo aquele que peca transgride a lei, porque o pecado é transgressão da lei” 1 João 3:4

“Aquele que diz: Eu conheço-o, e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade.” 1 João 2:4.

Mas isso são questões, que felizmente a Igreja na qual nascemos, soubre sempre discernir muito bem, mas destacamos estes exemplos com o fim/propósito de chegar a um ponto fundamental: As crenças de JFA podem nem sempre estar de acordo com a fé dos primeiros Crentes, pois a reforma saiu da Igreja Romana, e a Igreja Romana já nasce deturpada e cheia de heresias. A reforma de Lutero Corrigiu alguns aspectos, mas não todos. Como um defensor da trindade, J.F. Almeida tem traduções que se focam nessa mesmo doutrina, vejamos um exemplo: O Baptismo deve ser feito em nome de Jesus e não em nome da trindade, mas as versões mais conhecidas da bíblia dizem-nos: “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, baptizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;” Mat. 28:19

Contradição? Não há contradição, a prova disso mesmo é que todos os exemplos de Baptismos da Bíblia são feitos em nome de Yeshua (At. 8:16; 10:48; 19:5). O erro está em Mateus? Nada disso. Pois nos manuscritos semitas a mesma passagem surge como: “IDE, FAZEI DISCÍPULOS DE TODAS AS NAÇÕES, BAPTIZANDO-OS EM MEU NOME”. Foi isso mesmo que os seguidores de Yeshua fizeram, como nos mostra o Livro de Actos. Para além disso, a Bíblia de Jerusalém, umas das principais Bíblias usadas pela cristandade, tem um comentário de rodapé sobre essa passagem que diz:

“É possível que, na sua forma precisa, essa fórmula reflicta a influência do uso litúrgico posteriormente fixado na comunidade primitiva. Sabe-se que o livro dos Actos fala em batizar “no nome de Jesus” (Conforme At. 1:5; 2:38). Mais tarde deve ter-se estabelecido a associação do batismo às três pessoas da Trindade”. (Glosa da BSJ*)

*Bíblia Santa de Jerusalém.

As enciclopédias sobre esse mesmo tema dizem-nos:

"A fórmula baptismal foi mudada do nome de Jesus Cristo para as palavras Pai, Filho e Espírito Santo pela Igreja Católica no 2º Século. " ENCICLOPEDIA BRITÂNICA, 11a Edição, Vol. 3 Pg 365-366


"Sempre nas fontes antigas menciona que o batismo era em Nome de Jesus Cristo." Idem, vol. 3 pg. 82

"A religião primitiva sempre batizava em Nome do Senhor Jesus até o desenvolvimento de doutrina da trindade no 2° Século."
ENCICLOPEDIA DA RELIGIÃO - CANNEY, pg 53

“Aqui o Católico reconhece que o batismo foi mudado pela Igreja Católica”.  ENCICLOPÉDIA CATÓLICA DE 1913, Vol. 2, pg 365,

"O batismo cristão era administrado usando o nome de Jesus. O uso da fórmula trinitariana de nenhuma forma foi sugerida pela história da igreja primitiva; o batismo foi sempre em NOME do Senhor Jesus até o tempo do mártir Justino quando a fórmula da trindade foi usada” ENCICLOPÉDIA DA RELIGIÃO - HASTINGS, Vol. 2 pg 377-378-389.

Na página Hastings comentando At 3:28, diz: "NOME é o antigo sinónimo de pessoa. Pagamento foi sempre feito em nome de alguma pessoa, referindo-se a propriedade. Portanto alguém batizado em nome de Jesus torna-se sua propriedade pessoal”.

"O termo ‘trindade’ origina-se com Tertuliano, padre da Igreja Católica Romana”. Nova Enciclopédia Internacional, Vol. 22 pg 477,

"Não existe evidência [na história da igreja primitiva] do uso dos três nomes." ENCICLOPÉDIA DE RELIGIÃO E ÉTICA, James Hastings, pg.384.

"A palavra trindade não aparece no novo testamento, nem Jesus e seus seguidores pensaram em contradizer o velho testamento que diz: Ouve, Israel, o senhor nosso Deus é o único Senhor (Dt 6: 4)."
Enciclopédia Barsa, 1998, vol. 15, pág. 214. –

Como vemos, mesmo a BSJ (uma versão católica que contém os livros apócrifos [não inspirados]) reconhece o acrescento ao texto.

Analisando 1ª João 5:7-8


Na Bíblia Almeida Revista e Atualizada: 1Jo. 5:7-8 "Pois há três que dão testemunho [no céu: o Pai, a Palavra e o Espírito Santo; e estes três são um. E três são os que testificam na terra]: o Espírito, a água e o sangue, e os três são unânimes num só propósito”.

Notemos que o texto: [no céu: o Pai, a Palavra e o Espírito Santo; e estes três são um. E três são os que testificam na terra], está entre parêntesis. Porque será? Na nota de rodapé da BSJ está a resposta, lemos o seguinte: "f: 5:7-8: O texto entre parentesis não aparece em vários manuscritos."

Na Bíblia Evangélica, da Sociedade Bíblica Internacional lemos o Seguinte: "Há três que dão testemunho: o espírito, a água e o sangue; e os três são unânimes”.

Notemos que nesta Bíblia evangélica, apesar dos seus autores acreditarem na doutrina Católica da Trindade, não houve o acréscimo do texto: [no céu: o Pai, a Palavra e o Espírito Santo; e estes três são um. E três são os que testificam na terra] e sim é usado o texto original. A Nota de rodapé a partir do “S” diz o seguinte:


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Vejamos que o acréscimo não é encontrado em nenhum manuscrito grego anterior ao século XII.

Na Bíblia de Jerusalém (QUE É CATÓLICA ROMANA) "Porque três são os que testemunham: o Espírito, a água e o sangue, e os três tendem ao mesmo fim." A nota de rodapé diz o seguinte:


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1João 5: 7 quer dizer o seguinte: "Porque três são os que testemunham: o Espírito, a água e o sangue, e os três tendem ao mesmo fim." - O sangue reporta ao sistema sacrifical, e representa o sangue do Mashiach; - A água representa o batismo; - O Espírito é o próprio Espírito de Deus concedido aos homens para que andem no Seu Caminho. Além disso, o próprio contexto de 1Jo. 5:7-8 é o "tríplice testemunho de Cristo".

CONCLUSÃO: Mat. 28:19 e 1Jo. 5: 7, os dois principais versículos usados para defender a doutrina da Trindade são afinal tendenciosos, logo, adulterados.

A Pontuação

Tanto no grego, como no Hebraico/aramaico, a pontuação não é usada como nós a usamos, como tal, a colocação de vírgulas, interjeições, interrogações ou mesmo sintaxe de uma frase, é bastante diferente, como tal sujeita a erros. Senão analisemos uma questão que diz respeito à vírgula. Isto para que se conclua que, ainda que a tradução de JFA seja mais que suficiente para nós como já sublinhámos repetidas vezes nos pontos anteriores, ela tem vários erros e adulterações. Reafirmamos que o erro não é da Bíblia mas sim das traduções.
E se não há erros na pontução, ou de sintaxe, como é que se explica isto?

Lc. 23:43: “Em verdade, te digo que hoje estarás comigo no Paraíso”.

Como é isso possível se sabemos que:

Jo. 3:13 “Ora, ninguém subiu ao céu, senão aquele que de lá desceu, a saber, o Filho do homem” Contradição? Nada disso, existem erros na colocação da pontuação quando foram feitas as traduções. O texto original será:

Lc. 23:43: “Em verdade hoje te digo: estarás comigo no Paraíso”. Isso é reforçado pelo texto anterior, porque no verso que antecede o ladrão diz seguinte:

Lc. 23:42 "E disse a Yeshua: Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino." Quando é que Yeshua irá estabelecer o seu reino? Certamente que quando isso acontecer, o salteador (porque foi perdoado) estará lá com Yeshua.

Pelas palavras do Ladrão dá-nos a entender que ele sabia e reconhecia que a ressurreição dos mortos seria no último dia (Jo 6:40,44 1Cor 15:52) mediante a vinda gloriosa do Messias (ICor 15: 20-23) Outros judeus também criam assim (Jo 11:24, Dn 12:1-2).

O facto do ladrão ter solicitado a Yeshua para que naquele Reino futuro ele pudesse estar presente, demonstra que a resposta de Yeshua não poderia ser outra a não ser garantir ao ex-ladrão a salvação que todos os mortos ainda aguardam (Hb 11:40, I Ts 4:13-18).

ALGUMAS CONSIDERAÇÕES DOS DEFENSORES DO GREGO COMO TEXTO ORIGINAL


PRIMEIRO ERRO: "OS MANUSCRITOS ANTIGOS ESTÃO EM GREGO"

RESPOSTA: Mesmo que isso fosse verdade, por si só, não garante que os originais eram em grego. Vejamos que ninguém jamais discutiu a língua em que o livro de Ester foi escrito. E, no entanto, até há pouco tempo atrás, a cópia no hebraico mais antiga que possuíamos datava da idade média. Sendo que a cópia mais antiga de Ester no grego data do século IV. No entanto, ninguém duvida que o original foi escrito no hebraico. Além disto, o manuscrito em grego mais antigo que temos data do século IV, que é a mesma época da qual data o manuscrito aramaico mais antigo. Os fragmentos anteriores a isso são como o próprio nome já diz apenas fragmentos, e mesmo assim concordam mais com a estrutura de frase do aramaico do que com as cópias mais recentes no grego.

SEGUNDO ERRO: "O NOVO TESTAMENTO CITA A SEPTUAGINTA GREGA"

RESPOSTA: Na realidade, isso nada prova pois é uma tendência APENAS dos manuscritos gregos. Os manuscritos em hebraico e aramaico tendem a concordar com o texto masorético e com o Tanach em Aramaico da Peshitta.

TERCEIRO ERRO: "TAL ESTUDIOSO E ERUDITO DEFENDE O GREGO"

RESPOSTA: Isto também nada prova, pois muitos estudiosos também defendem que o NT foi escrito em hebraico/aramaico. Devemos basear AS nossas conclusões em factos concretos e não meramente em opiniões.

QUARTO ERRO: "LUCAS ERA GREGO E CERTAMENTE ESCREVEU EM GREGO"

RESPOSTA: Na realidade, Lucas era sírio (ver Hist. Ecl. 3:4 de Eusébio), logo a sua língua nativa teria sido um dialecto do aramaico.

QUINTO ERRO: "O EVANGELHO DE LUCAS E ACTOS FORAM ESCRITOS PARA UM GREGO CHAMADO `TEÓFILO'"

RESPOSTA: Na realidade, Teófilo não era grego. Teófilo foi um sumo-sacerdote judeu entre 37-41 DC, segundo o historiador Flavius Josephus(Antiguidades judaicas 18:5:3). Alguém como Lucas, que falava um dialecto do aramaico como língua materna, e que ainda por cima era convertido ao Judaísmo, escrevendo ao sumo-sacerdote, certamente escreveria em aramaico.

SEXTO ERRO: O GREGO ERA LÍNGUA COMUM AOS JUDEUS DAQUELA ÉPOCA

RESPOSTA: Novamente, isto contradiz os relatos históricos. O historiador judeu Flavius Josefo (37~100 DC) testifica que o hebraico era a língua dos judeus do primeiro século. Além disto, ele atesta para o facto de que em sua época e local falava-se o hebraico. Para se ter uma ideia da importância histórica de Josefo, ele é o único a fazer um relato em primeira mão da destruição do Templo em 70 DC. De acordo com Josefo, os romanos tiveram que fazê-lo traduzir a ordem de rendição "para a própria língua deles" (Guerras 5:9:2). Josefo ainda por cima fez a seguinte declaração interessantíssima:

"Tem também sido doloroso para mim obter o aprendizado dos gregos, e o entendimento da língua grega. Porém estou tão acostumado a falar a minha própria língua que eu não consigo pronunciar o grego com exactidão suficiente: pois a nossa nação não encoraja àqueles que aprendem as línguas de muitas nações." (Ant. 20:11:2).

Portanto, Josephus deixa claro que o grosso dos judeus do primeiro século não falavam nem entendiam o grego, mas sim a "própria língua deles". O que Josephus relatou também foi confirmado por arqueólogos. As moedas de Bar Kochba são um exemplo. Estas moedas foram feitas pelos judeus durante a revolta de Bar Kochba (cerca de 132 DC). Todas estas moedas trazem apenas inscrições em hebraico. Outras incontáveis inscrições encontradas na área do Templo, em Massada, túmulos judaicos, etc. tem sempre revelado inscrições em hebraico, nunca em grego.

E a mais profunda evidência de que a língua hebraica era a língua corrente em Israel no primeiro século pode ser encontrada em documentos daquela época, que tem sido descobertos em Israel. Os manuscritos do mar morto consistem em 40.000 fragmentos de mais de 500 pergaminhos datando de 250 AC a 70 DC. Estes pergaminhos estão praticamente todos em hebraico e aramaico. Um grande número de pergaminhos "seculares" (não-bíblicos) também estão em hebraico. Isto inclui as cartas de Bar Kochba, todas em hebraico, à excepção de duas cartas escritas por gregos que, curiosamente, pedem desculpas por não estarem escrevendo em hebraico por não haver nenhum judeu nas imediações.

Tanto os manuscritos do mar morto quanto as cartas de Bar Kochba não só são documentos em hebraico datando do primeiro e segundo séculos, mas também possuem importantes indícios linguísticos de que o hebraico era falado na época. O hebraico destes documentos é um pouco coloquial, e mostra claramente um processo evolucionário entre o hebraico bíblico para o hebraico mishnaico. Isto sem falar no facto de que as cartas de Bar Kochba apontam para um dialecto de hebraico da Galiléia (Bar Kochba era galileu), o que indica que o hebraico definitivamente não estava morto. No que diz respeito às cartas de Paulo aos judeus da diáspora, a questão é o aramaico. É facto conhecido que o aramaico permaneceu como língua dos judeus que viveram na diáspora, e inclusive já foram encontradas inscrições em aramaico judaico em Roma, Pompéia e até mesmo na Inglaterra. (Referência: Proceedings of the Society of Biblical Archaeology "Note on a Bilingual Inscription in Latin and Aramaic Recently Found at South Shields"; A. Lowy' Dec. 3, 1878; pp. 11-12; "Five Transliterated Aramaic Inscriptions" The American Journal of Archaeology; W.R. Newbold; 1926; Vol. 30; pp. 288ff).

SÉTIMO ERRO: PAULO ERA UM HELENIZADO E ESCREVEU NO GREGO

RESPOSTA: Quanto às cartas paulinas, temos que examinar o pano-de-fundo de Tarso. Será que Tarso era uma cidade que falava o grego? Será que Paulo aprendeu o grego lá? Tarso provavelmente começou como uma cidade-estado hitita. Cerca de 850 AC, Tarso tornou-se parte do grande Império Assírio. Quando o Império Assírio foi conquistado pelo Império Babilónio cerca de 605 AC, Tarso tornou-se parte do último. Por fim, em 540 AC o Império Babilônio, inclusive Tarso, foi incorporado ao Império Persa. E qual era a língua destes três grandes impérios? O aramaico! Portanto, por volta do primeiro século, a língua de Tarso continuava a ser o aramaico. Moedas de Tarso encontradas por arqueólogos,inscritas em aramaico, confirmam esta tese. Isto sem falar no facto de que não sabemos nem se Paulo de facto passou alguma parte da vida em Tarso. Comparemos as expressões `criado em...' de Actos 22:3 com Actos 7:20-23, que se refere a Moisés. Paulo pode ter chegado em Jerusalém ainda quando era bebé. Seja como for, Paulo passou a maior parte da sua vida em Jerusalém, onde foi criado como fariseu, o que assegura que de helenizado ele não tinha nada.

Agora iremos trascrever um pequeno estudo de um Judeu nazareno, sobre as várias traduções do NT:

“As Línguas do Novo Testamento – Parte II" Por Sha'ul Bentsion (Baseado em estudos de diversas fontes)

POLISSEMIA – O GRANDE `TRUNFO'

A Polissemia é um indício linguístico tão forte, mas tão forte, que somente ele já seria suficiente para provar que o grego não é o texto original. Mas, em que consiste a polissemia? Um pequeno exemplo simples ajudará a entender este conceito. Considere que estamos pesquisando manuscritos em português e em inglês para verificarmos qual é o original.

Considere que temos três manuscritos: Um manuscrito em português possui a frase "É uma gravata" Outro manuscrito em português, ao invés disto, diz: "É um empate" O manuscrito em inglês diz: "It´s a tie" Qual deles é o manuscrito original? Podemos afirmar sem medo de errar que é o manuscrito em inglês. Porquê? Porque a palavra 'tie' pode ser traduzida tanto como 'gravata' quanto como 'empate', dependendo do contexto. Se um dos manuscritos em português fosse o original, não haveria como explicar a existência da variante. A única possibilidade plausível é a de que o original em inglês foi traduzido por uma pessoa como 'gravata' e por outra como 'empate'.

Este é o conceito da POLISSEMIA: Uma palavra que gera diferentes traduções dependendo do manuscrito. Posto isto, é importante ressalvar que existem vários exemplos de polissemia do aramaico para o grego. Principalmente pelo facto das línguas semitas possuírem como característica o ter poucas palavras com muitos significados diferentes. Em alguns casos, chegamos a ter mais de cinco diferentes manuscritos no grego, e a palavra na Peshitta (NT) aramaica poderia ser traduzida como qualquer uma das cinco, tornando-se portanto evidente a originalidade do aramaico. Vejamos alguns exemplos de polissemia:

1) Em 1Coríntios 13:3, em alguns manuscritos no grego encontramos a palavra `queimar', em outros a palavra `vangloriar'. No Aramaico, a raiz é a mesma para ambas as palavras.

2) Em Mateus 16:16, os manuscritos gregos Bizantino e de Alexandria ambos dizem 'Deus da vida', enquanto o Codex Bezea diz `Deus da salvação'. No Aramaico, a palavra 'vida' é também usada no sentido de salvação.

3) Em 1Pedro 3:13, alguns manuscritos do grego trazem 'zelosos' enquanto outros trazem 'imitadores'. A raiz no Aramaico é a mesma para ambas as palavras.

4) Em Apocalipse 2:20, alguns manuscritos do grego trazem 'tolerar' enquanto outros trazem 'sofrer'. A raiz no Aramaico é a mesma para ambas as palavras.

5) Em Efésios 1:18, alguns manuscritos do grego (Alexandrinos) trazem 'coração' enquanto outros (Bizantinos) trazem 'entendimento'. A razão é uma expressão idiomática do Aramaico, pois a expressão 'olhos do coração' quer dizer 'entendimento'.

6) Em Lucas 11:49, a maioria dos manuscritos do grego trazem 'expulsar' enquanto o Textus Receptus traz 'perseguir'. A palavra no Aramaico possui ambos os significados.

POESIA, QUIASMOS E TROCADILHOS NO TEXTO


Outro indício forte da origem semita do Novo Testamento são as estruturas poéticas presentes nos textos bíblicos. Alguns trechos evidenciam nítidamente poesias e trocadilhos. Como exemplo de poesia temos (não será explicitado aqui porque demandaria muito trabalho) um exemplo interessantíssimo de trocadilho é o de Atos 9:33-34. Neste texto, um homem chamado Eneias é curado. Ora, 'Eneias' vem da raiz do Aramaico 'anah' que quer dizer 'afligido'. Quando Pedro fala com ele, não repete o nome, mas sim diz 'Homem aflito, Jesus Cristo te dá saúde'. Este trocadilho é completamente perdido no grego, que traduz ambas as ocasiões como sendo o nome do homem em questão.

ERROS TEOLÓGICOS NO GREGO, INEXISTENTES NO ARAMAICO


Alguns trechos no texto grego possuem erros teológicos sérios, que resultam da tradução errada do Aramaico. Como exemplo, podemos citar:

1) Nos evangelhos, encontramos uma menção a Simão, o Leproso (???) no texto grego (Mc. 14:3). O problema é que seria impossível um leproso viver dentro de Betânia. A explicação está no Aramaico, as palavras que indicam 'leproso' e 'fabricante de jarros' são semelhantes no Aramaico (Gar'ba = leproso e Garaba = fabricante de jarros). Uma vez que o Aramaico é escrito sem vogais, as duas palavras são escritas de forma idêntica. Repare que logo na sequência há uma mulher trazendo um jarro. A conclusão é óbvia: Simão era fabricante de jarros, e não leproso.

2) O livro de Actos (8:27) no grego fala da história de Filipe e um eunuco. Ora, o problema é que o tal eunuco está à caminho de Jerusalém, para adorar a Deus. Ou seja: estava a caminho do Templo. Ora, um eunuco não só não seria aceite como prosélito do Judaísmo, como jamais seria permitido entrar no Templo. Mais uma vez, a resposta está no Aramaico: a palavra usada para 'eunuco' pode também significar 'crente em Deus' (no Aramaico: M'Haimna). Ou seja, o "eunuco" em questão não era um eunuco, mas sim uma pessoa que temia ao Deus de Israel.

ERROS HISTÓRICOS DO GREGO, INEXISTENTES NO ARAMAICO:

1) Um grande erro histórico que há nos manuscritos gregos é chamar de 'mar' alguns lagos de Israel, como o de Galil (conhecido popularmente como 'mar da Galiléia'). Este erro é motivo de piada entre os ateus, que questionam uma possível falta de conhecimento de geografia da parte de Deus. No Aramaico, a palavra 'Yamah' pode ser usada tanto para mares quanto para lagos ou grandes porções de água, tais como o lago da galileia em questão.

3) O livro de Actos, capítulo 11 cita uma fome no mundo inteiro, a qual motiva os líderes da igreja a pedir ajuda em Antioquia aos seguidores da região de Judá. Ora, se a fome era mundial, isso não faz o menor sentido, pois como poderiam os de Antioquia ajudar? A resposta está no aramaico, pois a palavra 'Era' (em hebraico 'Erets') é usada nas Escrituras tanto para se referir ao mundo todo quanto para se referir à terra prometida. Portanto, a fome era em Israel e não no mundo.


Terminamos este estudo da mesma forma como começámos. Afirmando uma vez mais (e não nos cansaremos de o fazer) que A Bíblia não tem erros, mas todas as traduções que foram feitas dos manuscritos originais, são susceptíveis a erros. É de nosso desejo reincidir na ideia de que a tradução que nós usamos, a de JFA, apesar de ter algumas limitações, continua a ter tudo aquilo que precisamos para andar segundo a vontade de Deus. Disso ninguém tem dúvidas. E por isso é que a fé é tão importante quando lemos a bíblia, para que saibamos sempre discernir o correcto do incorrecto. Não da Bíblia, mas das deturpações/adulterações humanas à palavra.
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