Nós tivemos o privilégio de nascer e crescer num lar já dentro da Fé (João 17:3 e Mat. 5:17-18), a qual hoje postulamos e proclamamos no nosso site. Graças ao Eterno que optámos na nossa idade adulta em dar continuidade e aprofundar essa mesma Fé, pela aceitação plena e em consciência através do batismo, aquilo que aos olhos de outros parece estranho, para nós são vivências dos princípios e que seresumem em coisas e práticas perfeitamente normais.
Assim, por exemplo, evitar jantaradas com amigos e/ou colegas de trabalho numa mariscada daquelas de “caixão à cova”, ou qualquer atividade lúdica numa 6ªfeira à noite, ou mesmo uma coisa tão inofensiva como os nosso filhos participarem na festinha da escola, em que a filha faça de “anjinho” ou “Maria”, ou o filho de outro personagem qualquer inerente ao “teatrinho” do Natal; aos nossos olhos é perfeitamente normal não participarmos em tais actividades, mas aos olhos da maioria das pessoas, colegas, amigos e até mesmo familiares, somos vistos como “bicho-raro”, anti-sociais e/ou mesmo fanáticos, mas para quem foi criado dentro desta forma de Fé, é perfeitamente simples e coerente abstermo-nos de tais práticas.
Normalmente o que se verifica em termos gerais, até mesmo na nossa comunidade de crentes, é que a Fé não se deve levar ao extremo; não se deve misturar assuntos de fé com o viver do dia-a-dia. Em tudo devemos ser moderados e coerentes, nada de extremismos. Perfeitamente de acordo, desde que esses assuntos não colidam com as Leis ou coisas d'Aquele que nos criou.
Sabemos que este espaço é público, mas não temos a capacidade de abranger todo o conhecimento e/ou entendimento, mas segundo o que nos ensinaram e com o que fomos adicionando de acordo com a base doutrinal exposta nas Escrituras acima, agradecemos a YHWH por podermos expressar o nosso Testemunho, sempre com a mente no alvo da simplicidade e coerência doutrinal.
Hoje, só se sabe em parte (1ª Cor:8:2 e 13:9-10) , mas quando o nosso Mestre Yeshua vier outra vez para restaurar todas as coisas, queira YHWH que tenhamos oportunidade de apenas nos ajustarmos a essa restauração e não sermos incluídos naqueles que são mencionados em Mateus 7:22-23.
Assim sem querermos ser sábios aos nossos próprios olhos, nem arrogantes em termos de estarmos certos e os outros errados, e pelo facto de ao apontar o dedo a quem quer que seja, normalmente temos sempre o resto dos dedos apontados para nós próprios, apenas pretendemos fazer jus às “primeiras letras” que nos ensinaram (João 5:39), tendo assim atenção não para o que nos é exterior, para o mundo, mas sim para aquilo que nos é próprio, o manual de Instruções do Criador (Salmo 119:160 e João 17:17).
Hoje, um de nós tem quase meio século, mas continua a ser o mesmo menino de sempre, e é sempre com muito carinho que frequentemente se lembra duma frase do “avô” ou “pai” espiritual, de todos nós, (metaforicamente falando e dependendo da idade de cada um), que quando nos alertava sobre o mundo, ou das subtilezas do adversário, e dizia no meio de uma Escola ou Culto de Sábado - “Agarrem-se a Cristo, agarrem-se a Cristo”.
E é exactamente esse o nosso lema, tentar de toda a maneira possível, com todas as nossas forças e entendimento não nos afastarmos da forma como Yeshua praticou as palavras do seu Pai, e nosso Pai, do seu Elohim (Deus) e nosso Elohim (Deus) (Mateus 22:36-38 – João 20:17 – 1ª João 2:2-6).
Os irmãos que me ajudaram a crescer e deram-me a conhecer a Palavra de YHWH, deixam-me muito orgulhoso em termos da identificação de quem é o Pai, e de quem é o Filho.
Hoje há enormes plataformas de conhecimento, a net é de facto uma ferramenta extraordinária, apesar de estarmos no meio de uma grande crise económica mundial, temos muito mais oportunidade de usufruirmos de um estilo de vida e de conhecimento que era impensável nas décadas de 60, 70 ou mesmo 80 do seculo passado. As coisas não estavam á mercê de um “click”, e os materiais que tínhamos acesso de análise doutrinal, baseavam-se numa versão de João Ferreira de Almeida (JFA) da Sociedade Bíblica (de confissão protestante) ou as versões católicas do padre Matos Soares ou dos Capuchinhos. O universo era muito reduzido, e só muito mais tarde começaram a aparecer algumas Concordâncias e ou Enciclopédias Bíblicas, mas lá está, de proveniência Evangélica, sempre Trinitárias por base.
Mas o certo é que mesmo com versões Bíblicas, sem grandes anotações, e com enfâse trinitária, em textos como 1ª João 5:7-8 e ou Mateus 28:18-19, conseguiram manter-se firmes na Fé, quer na defesa da Lei, Sábado, distinção de alimentação imunda ou não "kosher", entre outras doutrinas, quer na defesa do Filho não ser Co-Eterno com o Pai, mas sim uma criação Deste (Coloss 1:15).
Hoje existem uma serie de “iluminados” que se dizem pioneiros na luta contra a babilónia espiritual, e grandes defensores da Torah, mas são grupos e/ou congregações de formação recente, ou com uma ou duas décadas de existência, ou mesmo oriundos de outros grupos da cristandade trinitária. Sem qualquer tipo de autoafirmação, o que hoje vemos alguns pregarem como “novidade ou revelação” para nós é só mais um Testemunho do que já conhecíamos e que sempre ouvimos (Romanos 10:17).
No entanto a par dos meus “heróis” de fé, o que realmente me espanta e admira, são aqueles que têm a coragem de sair do “mundo” e abraçar uma fé que milita contra o nosso próprio “eu” (Gálatas 5:17). Se para nós por vezes é difícil manter o afastamento saudável desse “mundo”, mesmo já estando habituados (por vezes é exactamente isso - porque se tornou um hábito,) quanto não será então mais difícil e doloroso para um adulto sair do “mundo”, lutar contra ideias, práticas e/ou gostos gastronómicos que sempre fizeram desse ou dessa, a pessoa que é. Bem aja a quem consegue fazer jus a Mateus 19:29 ou Coloss 2:20 “Se morrestes com Cristo para os rudimentos do mundo,…”.
Todos somos diferentes, e ainda bem, mas todos devemos trabalhar para a Unidade da Fé (Efésios 4:3 e 13) e cada qual com o Dom com que fomos agraciados (1ª Cor 7:7).
Hoje o meu/nosso entendimento sobre determinados assuntos, doutrinas, ou formas de ver cada passagem é diferente, de há alguns anos a esta parte, por vezes o entendimento ao ler um texto com 20 anos, é diferente de lê-lo com 40, não por o texto dizer algo diferente, mas porque nós é que estamos diferentes, e nem sempre para melhor, depende da perspectiva
Sentimos que estamos neste preciso momento a ver, a acontecer, e a viver momentos proféticos, hoje ao ler passagens e ou capítulos de certos temas para os últimos dias, já não é para um futuro distante, é para agora, estamos mesmo em cima do seu cumprimento literal, como de Ezequiel 37 e ou de Romanos 11.
No entanto pela experiência que tive com esses saudosos irmãos há um tema que me preocupa de forma muito vincada. Existem “n” de porções no texto do chamado “Velho Testamento” que não são utilizados e/ou estudados a par do chamado “Novo Testamento”, existindo mesmo uma separação de enfase, e senso assim há “n” de doutrinas que nunca foram equacionadas como fazendo parte da prática de como o nosso Mestre andou.
Na sequência do exposto acima gostaria de analisar mais particularmente um capítulo de Êxodo, o capítulo 23 sem ideias pré-concebidas, mas sendo o texto Bíblico um todo, a Bíblia explica-se a ela própria.
Êxodo 23 casa muito bem com Mateus 5:16-17 ou com grande parte do Sermão da Montanha. No entanto parece-me que grande parte das Igrejas que observam o Sábado só utilizam algumas partes de Êxodo em termos de Lei, como o capitulo 20 (por causa dos 10 Mandamentos em termos estáticos) mas a lei é dinâmica.
Sobre o Sábado para contrapor a posição das outras igrejas em relação à guarda desse dia indicam sempre o capitulo 16, e para falar da Páscoa utiliza-se o 12, mas por norma não são utilizados os capítulos que explicam ou desenvolvem o conceito das “10 Palavras” de Êxodo 20, ou seja a explanação e o significado dos “10 Mandamentos” explicados nos seus diversos contextos para o dia-a-dia do crente, como se vê pela explanação entre os capítulos 20 a 24 do segundo livro do Pentateuco.
Outro exemplo, relativamente a Levítico, praticamente incidem só no cap. 11 assim como no cap. 14 de Deuteronómio, para a questão dos alimentos imundos ou incidem muito na passagem de Deut.22:5, para explicar uma doutrina particular interpretada como sendo a verdade sobre costumes.
Proclamamos neste site que não há “Velho” nem “Novo” Testamento, há Concertos ou Alianças. Um novo Concerto não substitui o precedente, mas amplia-o. Como o caso de Abraão em relação a Noé.
Outra questão; para nós não há igreja primitiva, mas sim Apostólica, parece que nada disto é importante mas lembramos que a Bíblia é a Palavra do Eterno, mas a maneira como está ordenada ou traduzida já passa pela mão do homem.
A enfâse do mundo, é que o “Novo” substituí o “Velho”, e o primitivo é elementar e é anulado pelas directivas da “igreja” de Constantino ou pela enfâse da Reforma que diz que estamos na era da “Graça” e não da “Lei”.
Estas são as divisões humanas. Ou que há uma Lei de YHWH, outra de Moisés ou cerimonial e outros anulam a Lei de YHWH pela lei Oral, como hoje se passa em grande parte do “Judaísmo ortodoxo”, a “Lei” tantas vezes condenada por Paulo nas suas cartas.
Mas isto é para falar em termos “macro” porque em termos “micro” temos as chamadas igrejas locais com carradas de “leis particulares” conforme o entendimento ou o feitio de cada líder.
A igreja/nós, por vezes lemos as passagens bíblicas, e só damos importância ao que nos interessa, devido a toda uma panóplia de ideias e preconceitos arraigados na nossa mente, e nem vemos que por vezes entramos em contradição.
Em alguns diálogos ao longo do tempo que tenho tido com alguns irmãos, sobre as Festas mencionadas em Lev 23 - Núm 28 e 29 e Deut 16, é recorrente a ideia de que no “Novo Testamento” (NT) não há exemplos, nem passagens evidentes da celebração por parte das festas dos “judeus”. Esta é uma ideia enraizada na mente de muitos irmãos devido à opinião de que as festas fazem parte da lei cerimonial.
Lá está, se entendêssemos o texto como Alianças em vez de Testamentos (divisão humana oriunda do catolicismo e da Reforma) talvez a enfâse da Palavra fosse diferente, e vissem a Bíblia como um TODO, exactamente como foi visto pelo célebre concílio de Jerusalém descrito em Actos 15.
Porque é que neste concilio não falaram no sábado, ou no 1º mandamento ou noutro qualquer; e só mencionaram 4 itens que tinham mais a ver com a herança pagã de imundície, que grassava nos novos convertidos, gentios por sinal. Porquê?
Porque a Fé vem pelo ouvir Romanos 10:17, e eles iriam ter tempo de aprender todo o resto da Palavra de YHWH (o restante das instruções, pois a palavra hebraica Torah, quer dizer instrução, ensino) aos sábados, Actos 15:21., mas estas 4 condições eram o mínimo exigido como os itens de purificação para poderem estarem no convívio com os outros crentes que já conheciam e cumpriam a Palavra, a Lei de YHWH.
Acima referimos que não há NT e nem VT (por causa daquilo que dá jeito à pseudo-cristandade, trinitária e antinomiana), pois para nós o chamado “Novo Testamento” é o Pacto Renovado profetizado por Jeremias em 31:31-33. O próprio Yeshua na célebre passagem de Mateus 5:17-20, diz que tudo está em vigor, porque ele é o mesmo, o seu espírito, a sua palavra não muda - Hebreus 13:8 - O Messias, do NT é o mesmo que entregou a Torah (Lei - instrução) a Moisés (Atos 7:38). E quando a entregou, o que hoje alguns chamam lei cerimonial, Hebreus 9:10, não estava lá, Jeremias 7:22-23.
Quando o Eterno trouxe Israel ao pé do monte Sinai e Lhe deu o Decálogo, permitindo que Moisés declarasse ao povo os Estatutos e Juízos, que o povo não quis ouvir directamente da boca de YHWH (Êxodo 20-24) - Estes Estatutos e Juízos são as ampliações dos 10 Mandamentos, ou seja a explicação parte do geral para o particular, assim como este Dez são a ampliação Dos Dois (Mateus 22:36-40), que por sua vez são a ampliação de UM, que é o amor a YHWH, 1 João 4:8., reflectido na grande oração diária de Deut. 6:4-6, a base de toda a Fé Monoteísta.
O conceito de Lei de YHWH é amplo. Pode parecer confuso mas, precisamente por isso, devemos estabelecer a diferença entre Mandamentos, Juízos, Testemunhos e Estatutos estabelecidos por YHWH, de que tanto nos fala em todo o Salmo 119. O seu conjunto é a Lei eterna.
O Salmo 119 contém todos os conceitos, ora aparecendo o louvor dos Juízos de YHWH, ou dos seus Estatutos, ou dos seus Mandamentos, ou referindo-se simplesmente ao “Caminho”, que sabemos ser Yeshua, o Mashiach.
Que parte cerimonial é que se vê no capítulo 23 de Êxodo? Não está isto de acordo com Jeremias 7:21-28., e as consequências do pecado de Israel de ter abandonado esses mesmos estatutos e juízos, o que leva à aplicação das maldições em vez das bênçãos explicadas em Levítico 26.
YHWH não faz distinção de pessoas, mas procura em todos os povos almas sinceras que O queiram amar e servir. Todos aqueles que tendo-se arrependido da sua vã maneira de viver, abraçaram este Concerto eterno, e se tornaram novas criaturas, procurando um caminho de santificação sem a qual ninguém verá YHWH, são chamados “filhos de Deus”.
Este Concerto eterno veio-nos através de Israel (lembremos que a salvação vem dos judeus – Yeshua era judeu). E israelitas são todos aqueles que abraçam o Concerto eterno através de Yeshua. Estes são a Israel de YHWH, a congregação do deserto (1ª Cor 10:1-4), aquela que é designada como a Esposa do Cordeiro, a Nova Jerusalém. Todos estes tornam-se herdeiros da promessa feita a Abraão (Gálatas 3:29). Lembremo-nos: há um só rebanho e Um só Salvador, Rei de todos.
Em geral os 10 Mandamentos aplicam-se ao comportamento individual, os Estatutos aos assuntos nacionais ou eclesiásticos e os Juízos às decisões emitidas de acordo com os princípios dos 10 Mandamentos e dos Estatutos.
Agora vejamos isto cuidadosamente. Até agora o livro de Êxodo, só mencionou um sacrifício: A Páscoa Exodo 23:18.
A Páscoa foi instituída no Egipto, umas semanas antes do encontro do Sinai. Teve-se que incluir no Pacto do Sinai mas não foi instituída por causa desse Pacto.
Agora lemos em Jeremias 7:22-23 “Porque nunca falei a vossos pais, no dia em que os tirei da terra do Egipto, nem lhes ordenei coisa alguma acerca de holocaustos ou sacrifícios. Mas isto lhes ordenei, dizendo: Dai ouvidos à minha voz, e eu serei o vosso Deus, e vós sereis o meu povo; e andai em todo o caminho que eu vos mandar, para que vos vá bem”.
No princípio Deus não ordenou esses sacrifícios. Isto explica porque é que nenhum dos sacrifícios temporais se perpetuou com diferentes símbolos no Novo Testamento. Só se conservou a Páscoa com os símbolos do pão sem levedura (ázimo – Êx.23:18) e o vinho.
Porque é que temos de guardar hoje em dia a Páscoa? Porque esta começou antes do Pacto do Sinai (Êxodo 12). O mesmo se diz em relação ao Sábado (Êxodo 16).
O facto de Yeshua ter substituído o pão e o vinho pela Páscoa e não pelas oferendas levíticas temporais, é a prova de que aquelas oferendas cerimoniais do “Antigo Testamento” não estão hoje em vigor. Paulo explica que os rituais e sacrifícios temporais foram acrescentados mais tarde “por causa das transgressões” (Gálatas 3:19), porque o povo estava a quebrar a Lei Espiritual do Eterno (Romanos 7:12-14) e que haviam de durar até à vinda do Mashiach. Eram um tipo ou sombra do sacrifício de Yeshua e eram para memória do pecado; para ensinar ao povo que necessitava dum Salvador e que apontava para o Cordeiro pascal que pudesse pagar a pena pelas transgressões dos homens (Hebreus 10:3-10).
É de realçar que estes rituais temporais não definem o pecado. Mas eram só uma memória do pecado. Em contrapartida, as Leis Espirituais de YHWH definem-no.
O princípio de oferecer sacrifícios voluntários existiu mesmo antes de Moisés. Abel apresentou ofertas a YHWH (Gen.4:4). Noé e Abraão ratificaram os seus pactos com YHWH através do sangue. No entanto onde não há sangue não há remissão, Hebreus 9:22. Mas no período entre Moisés e Yeshua o costume de apresentar oferendas, reduziu-se a um plano ritualista com regulamentações detalhadas. Porquê?
Porque os filhos de Israel não tinham a promessa do Espírito Santo. Não podiam oferecer-se a si mesmos em obediência espiritual a YHWH (Deut. 29:4), e em vez disto, tinham que cumprir certos lavamentos (por isso nas sinagogas existe as mikve – piscina de “água viva", acumulada da chuva ou de uma fonte, que é usada no ritual de purificação e ablução) e oferecer animais e outras coisas físicas como símbolos da verdadeira adoração espiritual que viria depois (João 4:24).
Era preciso recordares-lhes o sacrifício do futuro Messias e por esta razão o Eterno lhes concedeu rituais físicos simbólicos na “lei de Moisés” “até que viesse a semente” (Gálatas 3:19 – Gen 3:15).
Hoje em dia nós apresentamos ofertas e sacrifícios espirituais. Nós estamos a ser edificados como casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais aceitáveis ao nosso YHWH por intermédio de Yeshua haMaschiach (1ª Pedro 2:5).
Temos que apresentar os nossos corpos como sacrifício vivo, santo e agradável ao Pai, é o nosso serviço espiritual (Romanos 12:1)
E o que é que tudo isto tem a ver com as festas. Bom é uma questão de princípio absoluto de YHWH e não em relativismos ou interpretações humanas.
Se as festas no seu todo não são para cumprir, porque tem a ver com os rituais e sacrifícios dos judeus, da lei cerimonial então o que é que fazemos ao dia de Sábado, ou nas passagens que rejeitam esses dias, também é mencionado ao mesmo tempo o Sábado, por exemplo, Oseias 2:11 senão vejamos:
Em Números Capitulo 28 Lemos:
Primeiro - As oferendas queimadas a cada dia do ano, com 2 sacrifícios perpétuos, um pela manhã (09.00) e outro pela tarde (15.00) v4.
Segundo: vs 9-10, as ofertas de manjares queimadas e a libação a cada Sábado.
Terceiro: vs 11-15, os holocaustos das luas novas
Quarto: a partir do v16 em diante até ao fim do capítulo 29, são mencionadas as ofertas dos dias anuais.
Ou seja todo um quotidiano espiritual e de culto, dia - semana – mês – ano, incluí aspectos cerimoniais, tanto no sábado em si como nos outros dias solenes, assim como nos próprios dias semanais.
Agora sabemos que estas ofertas de manjares e libações passadas no fogo, eram típicas, e foram extintas. Mas os sete dias da semana foram abolidos? O Sábado semanal foi abolido? O primeiro dia de cada mês foi abolido? Aos olhos do Eterno não. Então, nem os dias anuais do Eterno foram abolidos, porque todos são um Tempo Santo (Levítico 23:1-2) que YHWH instituiu e foi dado pelo Pai ao homem através do seu Filho, Yeshua, haMaschiah para todo o sempre (Levítico 23:38). Fazem parte da adoração de YHWH conforme a sua instrução, na Torah. E já agora, se foram abolidos porque é que estarão em vigor no Milénio Isaías 66:23 e Zacarias 14:16. Mas no nosso entendimento estão em vigor perpetuamente, desde o momento que foram proclamadas e eternamente (Actos 7:38), pois de Sião sairá a Lei para toda a humanidade, Miqueias 4:2 e Isaías 2:3.
Os sacrifícios eram típicos, e aparecerem com a lei de Moisés (mas não nos esqueçamos que Moisés á semelhança de outros só escreveram segundo o que foi ditado ou inspirado por YHWH), e foram-se com ela. Mas os dias nos quais eles foram realizados não eram típicos, pois não apareceram com a Lei que trata das ordenanças cerimoniais, e não se extinguiram com ela. Os dias vigoram para sempre! E sendo o Sábado um memorial, os dias santos também o são.
Em Ezequiel 20:12 e 20:20, nós na igreja em que fomos criados, utilizávamos estas passagens para provar perante os evangélicos, católicos, etc. que os Sábados são um sinal de YHWH. Mas eu pergunto porque em vez de estar no singular está aqui no plural, se em Isaías quando se refere ao sábado semanal em si, está no singular Isaías 56:2 e 58:13 e 66:23. Será porque Sábados nestes dois textos de Ezequiel 20 é igual a Solenidades ou Festas do Eterno. Levítico 23:2, 23:37.
E aqui já é de grande utilidade o conhecimento actual que nos é facultado na net, e não só, pois faculta-nos “n” de possibilidades em termos de versões e concordâncias bíblicas, ferramentas por excelência para análise de textos controversos ou por omissão ou por deturpações aos manuscritos.
No entanto muito antes de haver Net, tive conhecimento através de uma bíblia de estudo (católica, trinitária como as da Sociedades Biblicas Brasileiras) a Bíblia de Jerusalém, foi lá pela primeira vez que tomei conhecimento da “glosa”, ou do acrescento que o texto de 1ª João 5:7-8 sofreu, não havendo assim necessidade de tentar explicar um texto que de facto não se encontra nos originais, á semelhança da famosa passagem de Mateus 28:18-19, na versão hebraica do Shem Tov. Mas o que é interessante é que esse conhecimento veio através de uma versão católica, e isto para explicar que vale a pena sair um pouco do universo da João Ferreira de Almeida e ver outras traduções que já existem em português e como no meu caso que não domino o inglês, opto pelo universo espanhol. Assim aconselho vivamente a versão Kadosh, traduzida e Editada pelos Judeus Nazarenos.
Levítico 23 faz uma lista das solenidades de YHWH, dos dias especiais para o Eterno, o Sábado é tão solene como os restantes mencionados. E inclusivamente, cada dia tem uma função específica no plano de salvação do homem, cada dia representa um dado momento no plano de YHWH através do Messias.
Biblicamente, também, sabemos que estas solenidades instituídas por YHWH, para além de serem a memória de acontecimentos terrenos, memorial de coisas passadas (Criação, libertação do povo de Israel do Egipto, primeira vinda do Messias, Primícias, etc.), adquirem também significados de natureza espiritual, pois apontam ainda para acontecimentos futuros (sombras das coisas futuras) como, por exemplo, a segunda vinda do Maschiach (Trombetas), salvação e perdão dos pecados (Expiação) o Seu Reino Milenar (Tabernáculos) e a Eternidade (Ultimo Grande Dia), quando O Rei Yeshua entregar o Reino ao Pai, depois de destruir todos os Seus (e nossos) inimigos.
Um aspecto importante determinado por YHWH é que estas solenidades deviam ser celebradas por todo o Israel (e nós somos parte dessa Israel de YHWH – Romanos 11 – Galatas 3:29), sendo alguns dos dias associados às solenidades, dias de “santa convocação”, tendo ainda o carácter de “estatuto perpétuo”, tal como Ele determinou.
Agora vejamos um versículo muito interessante em Exodo 23:14.
“Três vezes ao ano me celebrareis festa”
Do vs. 15 ao 19 vem a explicação dessas três festas. Em Deuteronómio 16:16 é acrescentado mais ênfase, mas diz exactamente a mesma coisa, 3 festas de peregrinação. Onde o Pentecostes a par das outras duas, Asmos e Tabernáculos é mencionado no mesmo verso, e no caso de Êxodo, na mesma frase.
Em Atos 2:1, a Igreja Apostólica guardava o dia de Pentecostes, o qual ainda era um dos Dias Santos de YHWH. Se os dias Santos tivessem sido cravados na cruz, o dia de Pentecostes, seria apenas mais um dia de trabalho comum.
Se a Igreja Apostólica não tivesse reunido naquele grande Dia de Sábado ou Santo, ou de Solenidade, os crentes não teriam recebido o dom do Espírito de YHWH. Eles não teriam estados juntos e unânimes na Fé. E neste dia específico estavam a comemorar a entrega da Lei, Torah no Sinai, o pão que alimenta o crente para além de ser o culminar da contagem das sete semanas após a primeira oferta das Primícias na semana dos Asmos. Por outro lado nesse dia desceu do céu outro elemento essencial que nos capacita a compreender as Escrituras, que foi o Espírito Santo sobre aqueles que crêem, João 14:16 e 26.
Aproximadamente 14 anos mais tarde, no ano de 44 d.C., durante os Dias de Pães Asmos, Herodes matou o Apóstolo Tiago (Actos 12:1-2). Note-se que os Dias de Pães Asmos ainda existiam (onde noutras partes da Bíblia engloba-se estes dias dentro do período da Páscoa, 8 dias, um do sacrifício [páscoa] e 7 de asmos). A razão pela qual eles são mencionados é para dar conhecimento ao leitor da época do ano em que um dos seus Apóstolos foi assassinado.
Lucas o autor do livro, escreveu especificamente para o seu “benfeitor”, Teófilo (Actos 1:1) e por extensão a todos os crentes. Teófilo também era considerado grego, sendo assim o livro foi escrito para judeus que aceitaram o Messias como também para gregos enxertados no povo de ISRAEL (Romanos 11:17)
Agora se os crentes gregos nada soubessem acerca dos Dias Santos, teria sido inútil para Lucas mencionar que este acontecimento tinha acontecido durante a Festa. A verdade, como se vê, é que tanto os gentios como os judeus observavam esses dias.
Agora vejamos, Lucas a escrever para um gentio, 30 anos após a “cruz” e usando um Dia Santo “judeu” para descrever uma época do ano! Isto seria muito estranho para Teófilo, assim como para nós hoje em dia.
Outro exemplo, talvez mais esclarecedor, Paulo inaugurou a igreja de Coríntio, como se lê em Actos 18. Por volta do ano 55 d.C., ele escreveu uma carta, conhecida como 1ª Carta aos Coríntios. Esta igreja era composta de gentios e de judeus convertidos. A igreja estava com sérios problemas, sobre os quais Paulo fala na carta.
Um dos problemas era o comportamento imoral de um homem. A igreja tinha conhecimento disso e tolerava o pecado dele.
O capítulo 5 explica a questão. O homem foi “desligado”. E a igreja admoestada severamente por causa da atitude passiva. No vs. 3 é dito especificamente o que eles deveriam fazer acerca do “fermento” espiritual:
1ª Cor: 5:6-8 – “ Não é boa a vossa jactância. Não sabeis que um pouco de fermento faz levedar toda a massa? Alimpai-vos, pois, do fermento velho, para que sejais uma nova massa, assim como estais sem fermento. Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós. Por isso façamos a festa, não com o fermento velho, nem com o fermento da maldade e da malícia, mas com os ázimos da sinceridade e da verdade”.
O fermento tipifica o pecado. Misturando-se o fermento num pouco de massa leveda toda a massa. Da mesma maneira, o pecado, se permitido contaminaria toda a congregação.
Os setes Dias de Pães Asmos marcam a época em que todos produtos levedados têm que ser removidos das casas de cada um. Esta remoção física lembra-nos as implicações e processos espirituais do pecado.
Não é só o fermento que atinge toda a massa, mas faz inchá-la toda, tornando o pão mais crescido e mais leve na sua composição. Isto é comparado ao pecado que faz inchar a pessoa ou grupo de pessoas que por ele são afectadas.
À igreja é aconselhável a expulsar esse fermento (pecado) “como estais sem fermento” (vs 7). Como indicam as passagens, Paulo não está a dizer que os coríntios estavam espiritualmente limpos, pois os vs. indicam exactamente o oposto. Como então poderiam eles estarem “sem fermento”? Eles estavam sem fermento fisicamente, Porque eram os Dias dos Pães Asmos. Os coríntios (gentios e judeus convertidos) tinham colocado o fermento fora das suas casas e não comeram nada levedado.
Portanto, eles estavam fisicamente sem fermento e agora necessitavam também ficar sem ele de forma espiritual.
Continuando, Paulo declara que Cristo é a nossa Páscoa. Cristo era o Cordeiro que fora morto: a sua morte é comemorada todos os anos, na observância da “santa ceia”.
No entanto, não só estavam os coríntios sem fermento físico durante a Festa dos Pães Asmos como eles também observavam a festa, como ordenava Paulo, ao dizer “façamos a festa” vs 8.
Esta ordem destina-se a toda a igreja, tanto para judeus como para gentios, para que se observe a Festa. Se esta festa tivesse sido cravada na cruz 25 anos antes, ou se os crentes estivessem sobre maldição porque a guardavam, Paulo não teria escrito estas palavras.
Alguns capítulos à frente Paulo volta referir-se aos festivais de Deus. Capitulo 11:17-34., ele explica com detalhe, de como devemos celebrar a Páscoa no Novo Testamento.
Mas o que se entende face a Colos 2:16: À luz do contexto, essa escritura, em vez de provar que os Dias Santos de Deus foram “revogados”, prova exactamente o contrário, provam que uma igreja “gentia” (em Colossos) observava realmente os Dias Santos de Deus, incluído o próprio sábado semanal, e se este permanece, porque razão se anula os outros dias? Não fazem todos parte da mesma frase, à semelhança de Êxodo 23:14.
Em Colossenses 1:18 lemos que o Maschiach é a Cabeça daquele Corpo, o qual é a Igreja. Como Cabeça e através da sua Igreja, Yeshua julgará estas coisas. Ninguém mais tem autoridade para o fazer, especialmente quem não pertence à Igreja.
Os problemas relacionados com a comida e bebida, bem como com o relacionamento dos membros da Igreja, não podem ser julgados por estranhos, quando se tratam, primeiro, de um Dia Santo; segundo, de lua nova e terceiro, do Sábado. Em outras palavras, o que as pessoas comem e bebem nestes dias, e o que é feito não é para ser julgado pelos de fora, mas pela Igreja e a sua Cabeça, Yeshua, haMaschiah (o Ungido).
Estes representam uma sombra de certos aspectos do Plano de YHWH para a Salvação. O povo de YHWH entende com mais clareza esse plano quando, física e espiritualmente executa, os tempos determinados por YHWH em cada temporada específica, e elas são tipificadas em três colheitas, nas três festas de peregrinação de Deut 16:16.
O facto de Paulo ter que escrever aos crentes gentios sobre este assunto, mostra que algumas pessoas estavam julgando os colossenses sobre o que deviam ou não comer e beber, ou o que eles estavam fazendo, como parte de suas observâncias naqueles dias.
Antes de se tornarem convertidos, aquelas pessoas não observavam os dias Santos ou Kadoshim de YHWH, mas os dias ou tempos pagãos. Ao começarem a guardar os dias Santos do Eterno, foram condenados pelos falsos mestre religiosos (agnósticos e ascéticos – hoje temos os vegetarianos e os que dizem que beber vinho ou comer carne é pecado) pela maneira como elas observavam e pelo que faziam naqueles dias. Seguindo o exemplo de Yeshua, Paulo e os outros ministros verdadeiros mostraram-lhes, não somente pelos seus exemplos pessoais, mas pelas Escrituras (que nesse tempo, eram a Lei, os Profetas e os Salmos, ou seja o Velho Testamento (VT) de hoje em dia), como e quando eles deveriam observar os Dias Santos e o Sábado semanal.
Quando vemos passagens por ex. Actos 17:11 ou de 2 Timóteo 3:16, estamos a falar das Escrituras ou o cânone compilado á época, o chamado NT ainda não estava escrito, assim para nós é difícil sustentar que a maior parte do chamado VT é só para os Judeus, ou seja é dejectável ou que foi cravado na cruz.
Sabemos que, de onde aprendemos a caminhar, não postulam estas ideias mas em termos de Lei, fazem divisões que YHWH não sancionou, logo é como um pouco de fermento que lêveda toda a massa, ao dizermos que existe uma Lei para os Judeus e outra para os Cristãos, quando é o próprio YHWH que diz que apenas há Um YHWH, Deuteronómio 6:4-5:, Um Mediador - 1 Timóteo 2:5 (João 17:3) – Uma Lei Romanos 3:31 e 7:12 – Uma FÉ Gálatas 3:7-8, e 16.
Gálatas 3:20-29 “Ora, o medianeiro não o é de um só, mas Deus é um. Logo, a lei é contra as promessas de Deus? De nenhuma sorte; porque, se fosse dada uma lei que pudesse vivificar, a justiça, na verdade, teria sido pela lei. Mas a Escritura encerrou tudo debaixo do pecado, para que a promessa pela fé em Jesus Cristo fosse dada aos crentes. Mas, antes que a fé viesse, estávamos guardados debaixo da lei, e encerrados para aquela fé que se havia de manifestar. De maneira que a lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados. Mas, depois que veio a fé, já não estamos debaixo de aio. Porque todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus. Porque todos quantos fostes baptizados em Cristo já vos revestistes de Cristo. Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus. E, se sois de Cristo, então sois descendência de Abraão, e herdeiros conforme a promessa.
Logo pelo acima exposto também há um Só Povo. Portanto mais uma vez tiro o meu chapéu aos Bereanos, Actos 17:11.
Deus é amor (1ª João 4:8). Os Dias santos simbolizam “as Solenidades de YHWH” (Lev. 23:2, 4). Por extensão poder-se-ia dizer que os Dias Santos de YHWH são as Festas de Amor. Elas são as únicas Festas dadas por YHWH, porque são uma expressão de amor – do amor de YHWH – que Ele deu a Israel á sua congregação Espiritual e Física. Elas são uma bênção e um deleite para o povo de YHWH.
Todas estas festas de amor eram observadas pela Igreja Apostólica. Com o tempo, alguns homens religiosos e impiedosos (Judas 4) entraram na Igreja e “saíram” mais tarde (1ª João 2:19). Ao que parece, continuaram nas crenças que levaram consigo, as quais, após certo período, deturparam. Com o passar do tempo, até essa mesmas festas de amor foram abandonadas. Provavelmente eram festas “judaicas” demais para o gosto de uma igreja que mais tarde foi identificada em Apocalipse 17.
Nos dias de Judas, os homens impios que entraram na Igreja tornaram-se em manchas ou desonras nos Festivais de Deus que a Igreja celebrava. Esta questão também é mencionada em (2ª Pedro 2:13), o que mostra, mais uma vez, que o povo de Deus estava ainda observando as Festas em sua Igreja.
Nos 4 evangelhos – Mateus, Marcos, Lucas e João – encontra-se referências, ou instruções sobre os Dias Santos de YHWH ou destas festas. Também em Actos, 1 Coríntios, Colossenses, 2 Pedro e Judas. O livro de Gálatas não se incluí entre eles, uma vez que só menciona os dias de festa pagãos.
Em Zacarias 14:19, há uma profecia que diz que até os gentios, durante o Milénio, ou observarão as Festas do Eterno ou serão punidos por YHWH se não as observarem.
As Festas foram ordenadas para sempre, segundo Levítico 23:41 e outras Escrituras, logo está de acordo com Hebreus 13:8, não há variação de discurso.
Agora vamos ver com pormenor as duas passagens similares Exodo 23:14 e Deut.16:16
Deuteronómio 16:16 “Três vezes no ano todo o homem entre ti aparecerá perante YHWH teu Deus, no lugar que escolher, na festa dos pães ázimos, e na festa das semanas, e na festa dos tabernáculos; porém não aparecerá vazio perante YHWH”.
Parece-me que estão lá 3 períodos ou temporadas (festas de peregrinação) e não apenas o Pentecostes. Então em que é que ficamos:
O Pentecostes é para os “Cristãos”, mas os Asmos não, então porque é que tomamos a ceia com asmos (Ex.23:18), e o que fazemos a passagens como João 7:37-39 e Zacarias 14:8-9, que apontam para o período dos Tabernáculos em que Yeshua com os seus eleitos iniciam o governo de justiça na terra no início do Milénio.
Agora também temos autoridade para ler e cumprir só uma parte, e fechar os olhos às outras duas festas? Com que autoridade o fazemos? Apocalipse 22:18-20.
Se temos como bandeira Apoc. 12:17 e 14:12. Porque é que não ligamos a Isaias 8:20 e ao que está para acontecer no segundo grande êxodo profetizado pelo grande profeta messiânico em Isaías 66:18-23. E se nesta passagem à indicação expressa aos sábados e luas novas, porque é que só olhamos para o “sábado” em Coloss 2:16 e anulamos as festas e as luas.
Dá jeito cumprir um dia e rejeitar os outros, porque a Igreja não se lembrou de estudar as partes da Palavra de YHWH que fala nas Festas, ou por uma questão de orgulho espiritual, pois se admitissem essa lacuna pensariam que são menos capazes, 2ª Timoteo 3:16.
Paulo diz que é imitador de Yeshua, (1ª Coríntios 11:1 - Actos 28:23), ou como em 1ª João 2:6., andar como ele andou, e seguir os passos de Yeshua 1 Pedro 2:21.
Sendo assim, se Paulo foi imitador de Yeshua, e tudo o que pregou foi a sua revelação, então o que ele diz em 1ª Coríntios 5:7-8., deve também ser uma imitação ou uma revelação de Yeshua, ou outro exemplo, como na festa dos Tabernáculos que dura 7 dias, mais a do Ultimo Grande Dia, que é o culminar de todo o Plano de Salvação.
O capítulo 7 de João explica vários momentos desse Festival profético e das posições tomadas por Yeshua (ver vers. 10-13 e 14-15). No entanto os vers. 37-39 relatam praticamente o cumprimento profético de quem está reunido no Milénio para ajudar O Ungido a restaurar todas as coisas, Apo. 5:9-10.
Dizer que só a Pascoa/ceia, e o Pentecostes é que foram espiritualizados por Yeshua nas Escrituras Apostólicas, é negar a evidência ou a ponte que Yeshua estabelece nas suas duas Vindas, entre Zacarias 14:7-8 com João 37-39.
Shalom
Salmo 133:1
Assim, por exemplo, evitar jantaradas com amigos e/ou colegas de trabalho numa mariscada daquelas de “caixão à cova”, ou qualquer atividade lúdica numa 6ªfeira à noite, ou mesmo uma coisa tão inofensiva como os nosso filhos participarem na festinha da escola, em que a filha faça de “anjinho” ou “Maria”, ou o filho de outro personagem qualquer inerente ao “teatrinho” do Natal; aos nossos olhos é perfeitamente normal não participarmos em tais actividades, mas aos olhos da maioria das pessoas, colegas, amigos e até mesmo familiares, somos vistos como “bicho-raro”, anti-sociais e/ou mesmo fanáticos, mas para quem foi criado dentro desta forma de Fé, é perfeitamente simples e coerente abstermo-nos de tais práticas.
Normalmente o que se verifica em termos gerais, até mesmo na nossa comunidade de crentes, é que a Fé não se deve levar ao extremo; não se deve misturar assuntos de fé com o viver do dia-a-dia. Em tudo devemos ser moderados e coerentes, nada de extremismos. Perfeitamente de acordo, desde que esses assuntos não colidam com as Leis ou coisas d'Aquele que nos criou.
Sabemos que este espaço é público, mas não temos a capacidade de abranger todo o conhecimento e/ou entendimento, mas segundo o que nos ensinaram e com o que fomos adicionando de acordo com a base doutrinal exposta nas Escrituras acima, agradecemos a YHWH por podermos expressar o nosso Testemunho, sempre com a mente no alvo da simplicidade e coerência doutrinal.
Hoje, só se sabe em parte (1ª Cor:8:2 e 13:9-10) , mas quando o nosso Mestre Yeshua vier outra vez para restaurar todas as coisas, queira YHWH que tenhamos oportunidade de apenas nos ajustarmos a essa restauração e não sermos incluídos naqueles que são mencionados em Mateus 7:22-23.
Assim sem querermos ser sábios aos nossos próprios olhos, nem arrogantes em termos de estarmos certos e os outros errados, e pelo facto de ao apontar o dedo a quem quer que seja, normalmente temos sempre o resto dos dedos apontados para nós próprios, apenas pretendemos fazer jus às “primeiras letras” que nos ensinaram (João 5:39), tendo assim atenção não para o que nos é exterior, para o mundo, mas sim para aquilo que nos é próprio, o manual de Instruções do Criador (Salmo 119:160 e João 17:17).
Hoje, um de nós tem quase meio século, mas continua a ser o mesmo menino de sempre, e é sempre com muito carinho que frequentemente se lembra duma frase do “avô” ou “pai” espiritual, de todos nós, (metaforicamente falando e dependendo da idade de cada um), que quando nos alertava sobre o mundo, ou das subtilezas do adversário, e dizia no meio de uma Escola ou Culto de Sábado - “Agarrem-se a Cristo, agarrem-se a Cristo”.
E é exactamente esse o nosso lema, tentar de toda a maneira possível, com todas as nossas forças e entendimento não nos afastarmos da forma como Yeshua praticou as palavras do seu Pai, e nosso Pai, do seu Elohim (Deus) e nosso Elohim (Deus) (Mateus 22:36-38 – João 20:17 – 1ª João 2:2-6).
Os irmãos que me ajudaram a crescer e deram-me a conhecer a Palavra de YHWH, deixam-me muito orgulhoso em termos da identificação de quem é o Pai, e de quem é o Filho.
Hoje há enormes plataformas de conhecimento, a net é de facto uma ferramenta extraordinária, apesar de estarmos no meio de uma grande crise económica mundial, temos muito mais oportunidade de usufruirmos de um estilo de vida e de conhecimento que era impensável nas décadas de 60, 70 ou mesmo 80 do seculo passado. As coisas não estavam á mercê de um “click”, e os materiais que tínhamos acesso de análise doutrinal, baseavam-se numa versão de João Ferreira de Almeida (JFA) da Sociedade Bíblica (de confissão protestante) ou as versões católicas do padre Matos Soares ou dos Capuchinhos. O universo era muito reduzido, e só muito mais tarde começaram a aparecer algumas Concordâncias e ou Enciclopédias Bíblicas, mas lá está, de proveniência Evangélica, sempre Trinitárias por base.
Mas o certo é que mesmo com versões Bíblicas, sem grandes anotações, e com enfâse trinitária, em textos como 1ª João 5:7-8 e ou Mateus 28:18-19, conseguiram manter-se firmes na Fé, quer na defesa da Lei, Sábado, distinção de alimentação imunda ou não "kosher", entre outras doutrinas, quer na defesa do Filho não ser Co-Eterno com o Pai, mas sim uma criação Deste (Coloss 1:15).
Hoje existem uma serie de “iluminados” que se dizem pioneiros na luta contra a babilónia espiritual, e grandes defensores da Torah, mas são grupos e/ou congregações de formação recente, ou com uma ou duas décadas de existência, ou mesmo oriundos de outros grupos da cristandade trinitária. Sem qualquer tipo de autoafirmação, o que hoje vemos alguns pregarem como “novidade ou revelação” para nós é só mais um Testemunho do que já conhecíamos e que sempre ouvimos (Romanos 10:17).
No entanto a par dos meus “heróis” de fé, o que realmente me espanta e admira, são aqueles que têm a coragem de sair do “mundo” e abraçar uma fé que milita contra o nosso próprio “eu” (Gálatas 5:17). Se para nós por vezes é difícil manter o afastamento saudável desse “mundo”, mesmo já estando habituados (por vezes é exactamente isso - porque se tornou um hábito,) quanto não será então mais difícil e doloroso para um adulto sair do “mundo”, lutar contra ideias, práticas e/ou gostos gastronómicos que sempre fizeram desse ou dessa, a pessoa que é. Bem aja a quem consegue fazer jus a Mateus 19:29 ou Coloss 2:20 “Se morrestes com Cristo para os rudimentos do mundo,…”.
Todos somos diferentes, e ainda bem, mas todos devemos trabalhar para a Unidade da Fé (Efésios 4:3 e 13) e cada qual com o Dom com que fomos agraciados (1ª Cor 7:7).
Hoje o meu/nosso entendimento sobre determinados assuntos, doutrinas, ou formas de ver cada passagem é diferente, de há alguns anos a esta parte, por vezes o entendimento ao ler um texto com 20 anos, é diferente de lê-lo com 40, não por o texto dizer algo diferente, mas porque nós é que estamos diferentes, e nem sempre para melhor, depende da perspectiva
Sentimos que estamos neste preciso momento a ver, a acontecer, e a viver momentos proféticos, hoje ao ler passagens e ou capítulos de certos temas para os últimos dias, já não é para um futuro distante, é para agora, estamos mesmo em cima do seu cumprimento literal, como de Ezequiel 37 e ou de Romanos 11.
No entanto pela experiência que tive com esses saudosos irmãos há um tema que me preocupa de forma muito vincada. Existem “n” de porções no texto do chamado “Velho Testamento” que não são utilizados e/ou estudados a par do chamado “Novo Testamento”, existindo mesmo uma separação de enfase, e senso assim há “n” de doutrinas que nunca foram equacionadas como fazendo parte da prática de como o nosso Mestre andou.
Na sequência do exposto acima gostaria de analisar mais particularmente um capítulo de Êxodo, o capítulo 23 sem ideias pré-concebidas, mas sendo o texto Bíblico um todo, a Bíblia explica-se a ela própria.
Êxodo 23 casa muito bem com Mateus 5:16-17 ou com grande parte do Sermão da Montanha. No entanto parece-me que grande parte das Igrejas que observam o Sábado só utilizam algumas partes de Êxodo em termos de Lei, como o capitulo 20 (por causa dos 10 Mandamentos em termos estáticos) mas a lei é dinâmica.
Sobre o Sábado para contrapor a posição das outras igrejas em relação à guarda desse dia indicam sempre o capitulo 16, e para falar da Páscoa utiliza-se o 12, mas por norma não são utilizados os capítulos que explicam ou desenvolvem o conceito das “10 Palavras” de Êxodo 20, ou seja a explanação e o significado dos “10 Mandamentos” explicados nos seus diversos contextos para o dia-a-dia do crente, como se vê pela explanação entre os capítulos 20 a 24 do segundo livro do Pentateuco.
Outro exemplo, relativamente a Levítico, praticamente incidem só no cap. 11 assim como no cap. 14 de Deuteronómio, para a questão dos alimentos imundos ou incidem muito na passagem de Deut.22:5, para explicar uma doutrina particular interpretada como sendo a verdade sobre costumes.
Proclamamos neste site que não há “Velho” nem “Novo” Testamento, há Concertos ou Alianças. Um novo Concerto não substitui o precedente, mas amplia-o. Como o caso de Abraão em relação a Noé.
Outra questão; para nós não há igreja primitiva, mas sim Apostólica, parece que nada disto é importante mas lembramos que a Bíblia é a Palavra do Eterno, mas a maneira como está ordenada ou traduzida já passa pela mão do homem.
A enfâse do mundo, é que o “Novo” substituí o “Velho”, e o primitivo é elementar e é anulado pelas directivas da “igreja” de Constantino ou pela enfâse da Reforma que diz que estamos na era da “Graça” e não da “Lei”.
Estas são as divisões humanas. Ou que há uma Lei de YHWH, outra de Moisés ou cerimonial e outros anulam a Lei de YHWH pela lei Oral, como hoje se passa em grande parte do “Judaísmo ortodoxo”, a “Lei” tantas vezes condenada por Paulo nas suas cartas.
Mas isto é para falar em termos “macro” porque em termos “micro” temos as chamadas igrejas locais com carradas de “leis particulares” conforme o entendimento ou o feitio de cada líder.
A igreja/nós, por vezes lemos as passagens bíblicas, e só damos importância ao que nos interessa, devido a toda uma panóplia de ideias e preconceitos arraigados na nossa mente, e nem vemos que por vezes entramos em contradição.
Em alguns diálogos ao longo do tempo que tenho tido com alguns irmãos, sobre as Festas mencionadas em Lev 23 - Núm 28 e 29 e Deut 16, é recorrente a ideia de que no “Novo Testamento” (NT) não há exemplos, nem passagens evidentes da celebração por parte das festas dos “judeus”. Esta é uma ideia enraizada na mente de muitos irmãos devido à opinião de que as festas fazem parte da lei cerimonial.
Lá está, se entendêssemos o texto como Alianças em vez de Testamentos (divisão humana oriunda do catolicismo e da Reforma) talvez a enfâse da Palavra fosse diferente, e vissem a Bíblia como um TODO, exactamente como foi visto pelo célebre concílio de Jerusalém descrito em Actos 15.
Porque é que neste concilio não falaram no sábado, ou no 1º mandamento ou noutro qualquer; e só mencionaram 4 itens que tinham mais a ver com a herança pagã de imundície, que grassava nos novos convertidos, gentios por sinal. Porquê?
Porque a Fé vem pelo ouvir Romanos 10:17, e eles iriam ter tempo de aprender todo o resto da Palavra de YHWH (o restante das instruções, pois a palavra hebraica Torah, quer dizer instrução, ensino) aos sábados, Actos 15:21., mas estas 4 condições eram o mínimo exigido como os itens de purificação para poderem estarem no convívio com os outros crentes que já conheciam e cumpriam a Palavra, a Lei de YHWH.
Acima referimos que não há NT e nem VT (por causa daquilo que dá jeito à pseudo-cristandade, trinitária e antinomiana), pois para nós o chamado “Novo Testamento” é o Pacto Renovado profetizado por Jeremias em 31:31-33. O próprio Yeshua na célebre passagem de Mateus 5:17-20, diz que tudo está em vigor, porque ele é o mesmo, o seu espírito, a sua palavra não muda - Hebreus 13:8 - O Messias, do NT é o mesmo que entregou a Torah (Lei - instrução) a Moisés (Atos 7:38). E quando a entregou, o que hoje alguns chamam lei cerimonial, Hebreus 9:10, não estava lá, Jeremias 7:22-23.
Quando o Eterno trouxe Israel ao pé do monte Sinai e Lhe deu o Decálogo, permitindo que Moisés declarasse ao povo os Estatutos e Juízos, que o povo não quis ouvir directamente da boca de YHWH (Êxodo 20-24) - Estes Estatutos e Juízos são as ampliações dos 10 Mandamentos, ou seja a explicação parte do geral para o particular, assim como este Dez são a ampliação Dos Dois (Mateus 22:36-40), que por sua vez são a ampliação de UM, que é o amor a YHWH, 1 João 4:8., reflectido na grande oração diária de Deut. 6:4-6, a base de toda a Fé Monoteísta.
O conceito de Lei de YHWH é amplo. Pode parecer confuso mas, precisamente por isso, devemos estabelecer a diferença entre Mandamentos, Juízos, Testemunhos e Estatutos estabelecidos por YHWH, de que tanto nos fala em todo o Salmo 119. O seu conjunto é a Lei eterna.
O Salmo 119 contém todos os conceitos, ora aparecendo o louvor dos Juízos de YHWH, ou dos seus Estatutos, ou dos seus Mandamentos, ou referindo-se simplesmente ao “Caminho”, que sabemos ser Yeshua, o Mashiach.
Que parte cerimonial é que se vê no capítulo 23 de Êxodo? Não está isto de acordo com Jeremias 7:21-28., e as consequências do pecado de Israel de ter abandonado esses mesmos estatutos e juízos, o que leva à aplicação das maldições em vez das bênçãos explicadas em Levítico 26.
YHWH não faz distinção de pessoas, mas procura em todos os povos almas sinceras que O queiram amar e servir. Todos aqueles que tendo-se arrependido da sua vã maneira de viver, abraçaram este Concerto eterno, e se tornaram novas criaturas, procurando um caminho de santificação sem a qual ninguém verá YHWH, são chamados “filhos de Deus”.
Este Concerto eterno veio-nos através de Israel (lembremos que a salvação vem dos judeus – Yeshua era judeu). E israelitas são todos aqueles que abraçam o Concerto eterno através de Yeshua. Estes são a Israel de YHWH, a congregação do deserto (1ª Cor 10:1-4), aquela que é designada como a Esposa do Cordeiro, a Nova Jerusalém. Todos estes tornam-se herdeiros da promessa feita a Abraão (Gálatas 3:29). Lembremo-nos: há um só rebanho e Um só Salvador, Rei de todos.
Em geral os 10 Mandamentos aplicam-se ao comportamento individual, os Estatutos aos assuntos nacionais ou eclesiásticos e os Juízos às decisões emitidas de acordo com os princípios dos 10 Mandamentos e dos Estatutos.
Agora vejamos isto cuidadosamente. Até agora o livro de Êxodo, só mencionou um sacrifício: A Páscoa Exodo 23:18.
A Páscoa foi instituída no Egipto, umas semanas antes do encontro do Sinai. Teve-se que incluir no Pacto do Sinai mas não foi instituída por causa desse Pacto.
Agora lemos em Jeremias 7:22-23 “Porque nunca falei a vossos pais, no dia em que os tirei da terra do Egipto, nem lhes ordenei coisa alguma acerca de holocaustos ou sacrifícios. Mas isto lhes ordenei, dizendo: Dai ouvidos à minha voz, e eu serei o vosso Deus, e vós sereis o meu povo; e andai em todo o caminho que eu vos mandar, para que vos vá bem”.
No princípio Deus não ordenou esses sacrifícios. Isto explica porque é que nenhum dos sacrifícios temporais se perpetuou com diferentes símbolos no Novo Testamento. Só se conservou a Páscoa com os símbolos do pão sem levedura (ázimo – Êx.23:18) e o vinho.
Porque é que temos de guardar hoje em dia a Páscoa? Porque esta começou antes do Pacto do Sinai (Êxodo 12). O mesmo se diz em relação ao Sábado (Êxodo 16).
O facto de Yeshua ter substituído o pão e o vinho pela Páscoa e não pelas oferendas levíticas temporais, é a prova de que aquelas oferendas cerimoniais do “Antigo Testamento” não estão hoje em vigor. Paulo explica que os rituais e sacrifícios temporais foram acrescentados mais tarde “por causa das transgressões” (Gálatas 3:19), porque o povo estava a quebrar a Lei Espiritual do Eterno (Romanos 7:12-14) e que haviam de durar até à vinda do Mashiach. Eram um tipo ou sombra do sacrifício de Yeshua e eram para memória do pecado; para ensinar ao povo que necessitava dum Salvador e que apontava para o Cordeiro pascal que pudesse pagar a pena pelas transgressões dos homens (Hebreus 10:3-10).
É de realçar que estes rituais temporais não definem o pecado. Mas eram só uma memória do pecado. Em contrapartida, as Leis Espirituais de YHWH definem-no.
O princípio de oferecer sacrifícios voluntários existiu mesmo antes de Moisés. Abel apresentou ofertas a YHWH (Gen.4:4). Noé e Abraão ratificaram os seus pactos com YHWH através do sangue. No entanto onde não há sangue não há remissão, Hebreus 9:22. Mas no período entre Moisés e Yeshua o costume de apresentar oferendas, reduziu-se a um plano ritualista com regulamentações detalhadas. Porquê?
Porque os filhos de Israel não tinham a promessa do Espírito Santo. Não podiam oferecer-se a si mesmos em obediência espiritual a YHWH (Deut. 29:4), e em vez disto, tinham que cumprir certos lavamentos (por isso nas sinagogas existe as mikve – piscina de “água viva", acumulada da chuva ou de uma fonte, que é usada no ritual de purificação e ablução) e oferecer animais e outras coisas físicas como símbolos da verdadeira adoração espiritual que viria depois (João 4:24).
Era preciso recordares-lhes o sacrifício do futuro Messias e por esta razão o Eterno lhes concedeu rituais físicos simbólicos na “lei de Moisés” “até que viesse a semente” (Gálatas 3:19 – Gen 3:15).
Hoje em dia nós apresentamos ofertas e sacrifícios espirituais. Nós estamos a ser edificados como casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais aceitáveis ao nosso YHWH por intermédio de Yeshua haMaschiach (1ª Pedro 2:5).
Temos que apresentar os nossos corpos como sacrifício vivo, santo e agradável ao Pai, é o nosso serviço espiritual (Romanos 12:1)
E o que é que tudo isto tem a ver com as festas. Bom é uma questão de princípio absoluto de YHWH e não em relativismos ou interpretações humanas.
Se as festas no seu todo não são para cumprir, porque tem a ver com os rituais e sacrifícios dos judeus, da lei cerimonial então o que é que fazemos ao dia de Sábado, ou nas passagens que rejeitam esses dias, também é mencionado ao mesmo tempo o Sábado, por exemplo, Oseias 2:11 senão vejamos:
Em Números Capitulo 28 Lemos:
Primeiro - As oferendas queimadas a cada dia do ano, com 2 sacrifícios perpétuos, um pela manhã (09.00) e outro pela tarde (15.00) v4.
Segundo: vs 9-10, as ofertas de manjares queimadas e a libação a cada Sábado.
Terceiro: vs 11-15, os holocaustos das luas novas
Quarto: a partir do v16 em diante até ao fim do capítulo 29, são mencionadas as ofertas dos dias anuais.
Ou seja todo um quotidiano espiritual e de culto, dia - semana – mês – ano, incluí aspectos cerimoniais, tanto no sábado em si como nos outros dias solenes, assim como nos próprios dias semanais.
Agora sabemos que estas ofertas de manjares e libações passadas no fogo, eram típicas, e foram extintas. Mas os sete dias da semana foram abolidos? O Sábado semanal foi abolido? O primeiro dia de cada mês foi abolido? Aos olhos do Eterno não. Então, nem os dias anuais do Eterno foram abolidos, porque todos são um Tempo Santo (Levítico 23:1-2) que YHWH instituiu e foi dado pelo Pai ao homem através do seu Filho, Yeshua, haMaschiah para todo o sempre (Levítico 23:38). Fazem parte da adoração de YHWH conforme a sua instrução, na Torah. E já agora, se foram abolidos porque é que estarão em vigor no Milénio Isaías 66:23 e Zacarias 14:16. Mas no nosso entendimento estão em vigor perpetuamente, desde o momento que foram proclamadas e eternamente (Actos 7:38), pois de Sião sairá a Lei para toda a humanidade, Miqueias 4:2 e Isaías 2:3.
Os sacrifícios eram típicos, e aparecerem com a lei de Moisés (mas não nos esqueçamos que Moisés á semelhança de outros só escreveram segundo o que foi ditado ou inspirado por YHWH), e foram-se com ela. Mas os dias nos quais eles foram realizados não eram típicos, pois não apareceram com a Lei que trata das ordenanças cerimoniais, e não se extinguiram com ela. Os dias vigoram para sempre! E sendo o Sábado um memorial, os dias santos também o são.
Em Ezequiel 20:12 e 20:20, nós na igreja em que fomos criados, utilizávamos estas passagens para provar perante os evangélicos, católicos, etc. que os Sábados são um sinal de YHWH. Mas eu pergunto porque em vez de estar no singular está aqui no plural, se em Isaías quando se refere ao sábado semanal em si, está no singular Isaías 56:2 e 58:13 e 66:23. Será porque Sábados nestes dois textos de Ezequiel 20 é igual a Solenidades ou Festas do Eterno. Levítico 23:2, 23:37.
E aqui já é de grande utilidade o conhecimento actual que nos é facultado na net, e não só, pois faculta-nos “n” de possibilidades em termos de versões e concordâncias bíblicas, ferramentas por excelência para análise de textos controversos ou por omissão ou por deturpações aos manuscritos.
No entanto muito antes de haver Net, tive conhecimento através de uma bíblia de estudo (católica, trinitária como as da Sociedades Biblicas Brasileiras) a Bíblia de Jerusalém, foi lá pela primeira vez que tomei conhecimento da “glosa”, ou do acrescento que o texto de 1ª João 5:7-8 sofreu, não havendo assim necessidade de tentar explicar um texto que de facto não se encontra nos originais, á semelhança da famosa passagem de Mateus 28:18-19, na versão hebraica do Shem Tov. Mas o que é interessante é que esse conhecimento veio através de uma versão católica, e isto para explicar que vale a pena sair um pouco do universo da João Ferreira de Almeida e ver outras traduções que já existem em português e como no meu caso que não domino o inglês, opto pelo universo espanhol. Assim aconselho vivamente a versão Kadosh, traduzida e Editada pelos Judeus Nazarenos.
Levítico 23 faz uma lista das solenidades de YHWH, dos dias especiais para o Eterno, o Sábado é tão solene como os restantes mencionados. E inclusivamente, cada dia tem uma função específica no plano de salvação do homem, cada dia representa um dado momento no plano de YHWH através do Messias.
Biblicamente, também, sabemos que estas solenidades instituídas por YHWH, para além de serem a memória de acontecimentos terrenos, memorial de coisas passadas (Criação, libertação do povo de Israel do Egipto, primeira vinda do Messias, Primícias, etc.), adquirem também significados de natureza espiritual, pois apontam ainda para acontecimentos futuros (sombras das coisas futuras) como, por exemplo, a segunda vinda do Maschiach (Trombetas), salvação e perdão dos pecados (Expiação) o Seu Reino Milenar (Tabernáculos) e a Eternidade (Ultimo Grande Dia), quando O Rei Yeshua entregar o Reino ao Pai, depois de destruir todos os Seus (e nossos) inimigos.
Um aspecto importante determinado por YHWH é que estas solenidades deviam ser celebradas por todo o Israel (e nós somos parte dessa Israel de YHWH – Romanos 11 – Galatas 3:29), sendo alguns dos dias associados às solenidades, dias de “santa convocação”, tendo ainda o carácter de “estatuto perpétuo”, tal como Ele determinou.
Agora vejamos um versículo muito interessante em Exodo 23:14.
“Três vezes ao ano me celebrareis festa”
Do vs. 15 ao 19 vem a explicação dessas três festas. Em Deuteronómio 16:16 é acrescentado mais ênfase, mas diz exactamente a mesma coisa, 3 festas de peregrinação. Onde o Pentecostes a par das outras duas, Asmos e Tabernáculos é mencionado no mesmo verso, e no caso de Êxodo, na mesma frase.
Em Atos 2:1, a Igreja Apostólica guardava o dia de Pentecostes, o qual ainda era um dos Dias Santos de YHWH. Se os dias Santos tivessem sido cravados na cruz, o dia de Pentecostes, seria apenas mais um dia de trabalho comum.
Se a Igreja Apostólica não tivesse reunido naquele grande Dia de Sábado ou Santo, ou de Solenidade, os crentes não teriam recebido o dom do Espírito de YHWH. Eles não teriam estados juntos e unânimes na Fé. E neste dia específico estavam a comemorar a entrega da Lei, Torah no Sinai, o pão que alimenta o crente para além de ser o culminar da contagem das sete semanas após a primeira oferta das Primícias na semana dos Asmos. Por outro lado nesse dia desceu do céu outro elemento essencial que nos capacita a compreender as Escrituras, que foi o Espírito Santo sobre aqueles que crêem, João 14:16 e 26.
Aproximadamente 14 anos mais tarde, no ano de 44 d.C., durante os Dias de Pães Asmos, Herodes matou o Apóstolo Tiago (Actos 12:1-2). Note-se que os Dias de Pães Asmos ainda existiam (onde noutras partes da Bíblia engloba-se estes dias dentro do período da Páscoa, 8 dias, um do sacrifício [páscoa] e 7 de asmos). A razão pela qual eles são mencionados é para dar conhecimento ao leitor da época do ano em que um dos seus Apóstolos foi assassinado.
Lucas o autor do livro, escreveu especificamente para o seu “benfeitor”, Teófilo (Actos 1:1) e por extensão a todos os crentes. Teófilo também era considerado grego, sendo assim o livro foi escrito para judeus que aceitaram o Messias como também para gregos enxertados no povo de ISRAEL (Romanos 11:17)
Agora se os crentes gregos nada soubessem acerca dos Dias Santos, teria sido inútil para Lucas mencionar que este acontecimento tinha acontecido durante a Festa. A verdade, como se vê, é que tanto os gentios como os judeus observavam esses dias.
Agora vejamos, Lucas a escrever para um gentio, 30 anos após a “cruz” e usando um Dia Santo “judeu” para descrever uma época do ano! Isto seria muito estranho para Teófilo, assim como para nós hoje em dia.
Outro exemplo, talvez mais esclarecedor, Paulo inaugurou a igreja de Coríntio, como se lê em Actos 18. Por volta do ano 55 d.C., ele escreveu uma carta, conhecida como 1ª Carta aos Coríntios. Esta igreja era composta de gentios e de judeus convertidos. A igreja estava com sérios problemas, sobre os quais Paulo fala na carta.
Um dos problemas era o comportamento imoral de um homem. A igreja tinha conhecimento disso e tolerava o pecado dele.
O capítulo 5 explica a questão. O homem foi “desligado”. E a igreja admoestada severamente por causa da atitude passiva. No vs. 3 é dito especificamente o que eles deveriam fazer acerca do “fermento” espiritual:
1ª Cor: 5:6-8 – “ Não é boa a vossa jactância. Não sabeis que um pouco de fermento faz levedar toda a massa? Alimpai-vos, pois, do fermento velho, para que sejais uma nova massa, assim como estais sem fermento. Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós. Por isso façamos a festa, não com o fermento velho, nem com o fermento da maldade e da malícia, mas com os ázimos da sinceridade e da verdade”.
O fermento tipifica o pecado. Misturando-se o fermento num pouco de massa leveda toda a massa. Da mesma maneira, o pecado, se permitido contaminaria toda a congregação.
Os setes Dias de Pães Asmos marcam a época em que todos produtos levedados têm que ser removidos das casas de cada um. Esta remoção física lembra-nos as implicações e processos espirituais do pecado.
Não é só o fermento que atinge toda a massa, mas faz inchá-la toda, tornando o pão mais crescido e mais leve na sua composição. Isto é comparado ao pecado que faz inchar a pessoa ou grupo de pessoas que por ele são afectadas.
À igreja é aconselhável a expulsar esse fermento (pecado) “como estais sem fermento” (vs 7). Como indicam as passagens, Paulo não está a dizer que os coríntios estavam espiritualmente limpos, pois os vs. indicam exactamente o oposto. Como então poderiam eles estarem “sem fermento”? Eles estavam sem fermento fisicamente, Porque eram os Dias dos Pães Asmos. Os coríntios (gentios e judeus convertidos) tinham colocado o fermento fora das suas casas e não comeram nada levedado.
Portanto, eles estavam fisicamente sem fermento e agora necessitavam também ficar sem ele de forma espiritual.
Continuando, Paulo declara que Cristo é a nossa Páscoa. Cristo era o Cordeiro que fora morto: a sua morte é comemorada todos os anos, na observância da “santa ceia”.
No entanto, não só estavam os coríntios sem fermento físico durante a Festa dos Pães Asmos como eles também observavam a festa, como ordenava Paulo, ao dizer “façamos a festa” vs 8.
Esta ordem destina-se a toda a igreja, tanto para judeus como para gentios, para que se observe a Festa. Se esta festa tivesse sido cravada na cruz 25 anos antes, ou se os crentes estivessem sobre maldição porque a guardavam, Paulo não teria escrito estas palavras.
Alguns capítulos à frente Paulo volta referir-se aos festivais de Deus. Capitulo 11:17-34., ele explica com detalhe, de como devemos celebrar a Páscoa no Novo Testamento.
Mas o que se entende face a Colos 2:16: À luz do contexto, essa escritura, em vez de provar que os Dias Santos de Deus foram “revogados”, prova exactamente o contrário, provam que uma igreja “gentia” (em Colossos) observava realmente os Dias Santos de Deus, incluído o próprio sábado semanal, e se este permanece, porque razão se anula os outros dias? Não fazem todos parte da mesma frase, à semelhança de Êxodo 23:14.
Em Colossenses 1:18 lemos que o Maschiach é a Cabeça daquele Corpo, o qual é a Igreja. Como Cabeça e através da sua Igreja, Yeshua julgará estas coisas. Ninguém mais tem autoridade para o fazer, especialmente quem não pertence à Igreja.
Os problemas relacionados com a comida e bebida, bem como com o relacionamento dos membros da Igreja, não podem ser julgados por estranhos, quando se tratam, primeiro, de um Dia Santo; segundo, de lua nova e terceiro, do Sábado. Em outras palavras, o que as pessoas comem e bebem nestes dias, e o que é feito não é para ser julgado pelos de fora, mas pela Igreja e a sua Cabeça, Yeshua, haMaschiah (o Ungido).
Estes representam uma sombra de certos aspectos do Plano de YHWH para a Salvação. O povo de YHWH entende com mais clareza esse plano quando, física e espiritualmente executa, os tempos determinados por YHWH em cada temporada específica, e elas são tipificadas em três colheitas, nas três festas de peregrinação de Deut 16:16.
O facto de Paulo ter que escrever aos crentes gentios sobre este assunto, mostra que algumas pessoas estavam julgando os colossenses sobre o que deviam ou não comer e beber, ou o que eles estavam fazendo, como parte de suas observâncias naqueles dias.
Antes de se tornarem convertidos, aquelas pessoas não observavam os dias Santos ou Kadoshim de YHWH, mas os dias ou tempos pagãos. Ao começarem a guardar os dias Santos do Eterno, foram condenados pelos falsos mestre religiosos (agnósticos e ascéticos – hoje temos os vegetarianos e os que dizem que beber vinho ou comer carne é pecado) pela maneira como elas observavam e pelo que faziam naqueles dias. Seguindo o exemplo de Yeshua, Paulo e os outros ministros verdadeiros mostraram-lhes, não somente pelos seus exemplos pessoais, mas pelas Escrituras (que nesse tempo, eram a Lei, os Profetas e os Salmos, ou seja o Velho Testamento (VT) de hoje em dia), como e quando eles deveriam observar os Dias Santos e o Sábado semanal.
Quando vemos passagens por ex. Actos 17:11 ou de 2 Timóteo 3:16, estamos a falar das Escrituras ou o cânone compilado á época, o chamado NT ainda não estava escrito, assim para nós é difícil sustentar que a maior parte do chamado VT é só para os Judeus, ou seja é dejectável ou que foi cravado na cruz.
Sabemos que, de onde aprendemos a caminhar, não postulam estas ideias mas em termos de Lei, fazem divisões que YHWH não sancionou, logo é como um pouco de fermento que lêveda toda a massa, ao dizermos que existe uma Lei para os Judeus e outra para os Cristãos, quando é o próprio YHWH que diz que apenas há Um YHWH, Deuteronómio 6:4-5:, Um Mediador - 1 Timóteo 2:5 (João 17:3) – Uma Lei Romanos 3:31 e 7:12 – Uma FÉ Gálatas 3:7-8, e 16.
Gálatas 3:20-29 “Ora, o medianeiro não o é de um só, mas Deus é um. Logo, a lei é contra as promessas de Deus? De nenhuma sorte; porque, se fosse dada uma lei que pudesse vivificar, a justiça, na verdade, teria sido pela lei. Mas a Escritura encerrou tudo debaixo do pecado, para que a promessa pela fé em Jesus Cristo fosse dada aos crentes. Mas, antes que a fé viesse, estávamos guardados debaixo da lei, e encerrados para aquela fé que se havia de manifestar. De maneira que a lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados. Mas, depois que veio a fé, já não estamos debaixo de aio. Porque todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus. Porque todos quantos fostes baptizados em Cristo já vos revestistes de Cristo. Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus. E, se sois de Cristo, então sois descendência de Abraão, e herdeiros conforme a promessa.
Logo pelo acima exposto também há um Só Povo. Portanto mais uma vez tiro o meu chapéu aos Bereanos, Actos 17:11.
Deus é amor (1ª João 4:8). Os Dias santos simbolizam “as Solenidades de YHWH” (Lev. 23:2, 4). Por extensão poder-se-ia dizer que os Dias Santos de YHWH são as Festas de Amor. Elas são as únicas Festas dadas por YHWH, porque são uma expressão de amor – do amor de YHWH – que Ele deu a Israel á sua congregação Espiritual e Física. Elas são uma bênção e um deleite para o povo de YHWH.
Todas estas festas de amor eram observadas pela Igreja Apostólica. Com o tempo, alguns homens religiosos e impiedosos (Judas 4) entraram na Igreja e “saíram” mais tarde (1ª João 2:19). Ao que parece, continuaram nas crenças que levaram consigo, as quais, após certo período, deturparam. Com o passar do tempo, até essa mesmas festas de amor foram abandonadas. Provavelmente eram festas “judaicas” demais para o gosto de uma igreja que mais tarde foi identificada em Apocalipse 17.
Nos dias de Judas, os homens impios que entraram na Igreja tornaram-se em manchas ou desonras nos Festivais de Deus que a Igreja celebrava. Esta questão também é mencionada em (2ª Pedro 2:13), o que mostra, mais uma vez, que o povo de Deus estava ainda observando as Festas em sua Igreja.
Nos 4 evangelhos – Mateus, Marcos, Lucas e João – encontra-se referências, ou instruções sobre os Dias Santos de YHWH ou destas festas. Também em Actos, 1 Coríntios, Colossenses, 2 Pedro e Judas. O livro de Gálatas não se incluí entre eles, uma vez que só menciona os dias de festa pagãos.
Em Zacarias 14:19, há uma profecia que diz que até os gentios, durante o Milénio, ou observarão as Festas do Eterno ou serão punidos por YHWH se não as observarem.
As Festas foram ordenadas para sempre, segundo Levítico 23:41 e outras Escrituras, logo está de acordo com Hebreus 13:8, não há variação de discurso.
Agora vamos ver com pormenor as duas passagens similares Exodo 23:14 e Deut.16:16
Deuteronómio 16:16 “Três vezes no ano todo o homem entre ti aparecerá perante YHWH teu Deus, no lugar que escolher, na festa dos pães ázimos, e na festa das semanas, e na festa dos tabernáculos; porém não aparecerá vazio perante YHWH”.
Parece-me que estão lá 3 períodos ou temporadas (festas de peregrinação) e não apenas o Pentecostes. Então em que é que ficamos:
O Pentecostes é para os “Cristãos”, mas os Asmos não, então porque é que tomamos a ceia com asmos (Ex.23:18), e o que fazemos a passagens como João 7:37-39 e Zacarias 14:8-9, que apontam para o período dos Tabernáculos em que Yeshua com os seus eleitos iniciam o governo de justiça na terra no início do Milénio.
Agora também temos autoridade para ler e cumprir só uma parte, e fechar os olhos às outras duas festas? Com que autoridade o fazemos? Apocalipse 22:18-20.
Se temos como bandeira Apoc. 12:17 e 14:12. Porque é que não ligamos a Isaias 8:20 e ao que está para acontecer no segundo grande êxodo profetizado pelo grande profeta messiânico em Isaías 66:18-23. E se nesta passagem à indicação expressa aos sábados e luas novas, porque é que só olhamos para o “sábado” em Coloss 2:16 e anulamos as festas e as luas.
Dá jeito cumprir um dia e rejeitar os outros, porque a Igreja não se lembrou de estudar as partes da Palavra de YHWH que fala nas Festas, ou por uma questão de orgulho espiritual, pois se admitissem essa lacuna pensariam que são menos capazes, 2ª Timoteo 3:16.
Paulo diz que é imitador de Yeshua, (1ª Coríntios 11:1 - Actos 28:23), ou como em 1ª João 2:6., andar como ele andou, e seguir os passos de Yeshua 1 Pedro 2:21.
Sendo assim, se Paulo foi imitador de Yeshua, e tudo o que pregou foi a sua revelação, então o que ele diz em 1ª Coríntios 5:7-8., deve também ser uma imitação ou uma revelação de Yeshua, ou outro exemplo, como na festa dos Tabernáculos que dura 7 dias, mais a do Ultimo Grande Dia, que é o culminar de todo o Plano de Salvação.
O capítulo 7 de João explica vários momentos desse Festival profético e das posições tomadas por Yeshua (ver vers. 10-13 e 14-15). No entanto os vers. 37-39 relatam praticamente o cumprimento profético de quem está reunido no Milénio para ajudar O Ungido a restaurar todas as coisas, Apo. 5:9-10.
Dizer que só a Pascoa/ceia, e o Pentecostes é que foram espiritualizados por Yeshua nas Escrituras Apostólicas, é negar a evidência ou a ponte que Yeshua estabelece nas suas duas Vindas, entre Zacarias 14:7-8 com João 37-39.
Shalom
Salmo 133:1