Analogia sobre TORAH e GRAÇA
Somos salvos pela graça, mas isso implica o desprezo da Torah?
Essa talvez seja a questão mais debatida entre os grupos de crentes. Queremos destacar primeiramente que nós defendemos que a salvação é pela graça. Mas também defendemos que a graça não existe somente após o sacríficio de Yeshua, mas sim desde a queda do homem. Na ausência da graça, Adão e Eva teriam sido destruídos aquando da desobediência, na ausência da graça, nem mesmo Noé teria sido poupado no dilúvio.
Atentemos então para a seguinte ilustração para compreender esta questão da lei e graça:
"Havia um jovem de boas famílias, que tinha o amor, carinho e atenção dos pais, que lhe proporcionavam uma vida desafogada desde criança.
Quando o jovem fez 11 anos, os seus pais apresentaram-lhe uma rapariga de origens humildes, de uma classe social diferente da deles, mas sobre a qual os seus pais demonstraram que aquela seria a rapariga ideal para ele futuramente, pois apesar de não ser abastada como eles, tinha todas as características necessárias para o fazerem feliz, além de ter a capacidade de fazer dele um homem, e ensinar-lhe os valores fundamentais da vida.
O rapaz não estava muito receptivo à sugestão dos pais, mas começaram por ser amigos, e de forma natural ao fim de algum tempo começou a namorar com ela. Os anos passaram, e ele continuava com ela, apesar de não lhe dar a devida atenção, ou pelo menos a atenção que ela merecia, e como tal, envolveu-se com outras raparigas que faziam mais o seu género, e que ele considerava serem mais interessantes.
Os pais perceberam isso, mas não insistiram e deixaram-no escolher por si mesmo.
Com 18 anos, quando o jovem terminou o ensino secundário, colocaram-no numa das melhores universidades do país, deram-lhe um carro novo, e até lhe compraram uma moradia com piscina numa das zonas mais previlegiadas da cidade. Quanto à namorada de sempre, idealizada pelos seus pais, já não fazia parte da vida do rapaz, que se tornara um namoradeiro, e provavelmente até já teria esquecido o nome da rapariga com quem namorara 6 anos.
O interesse do rapaz pela vida nocturna cresceu rapidamente e depressa os seus amigos de sempre foram subtituídos por outros "amigos" pouco recomendáveis, pois não eram assim tão amigos, já que o incentivaram a consumir drogas.
Aquilo que a príncipio seria apenas uma experiência e o rapaz, partindo da premissa que "as drogas leves não fazem mal a ninguém", depressa se tornou numa dependência incontrolável, e as drogas leves foram trocadas pela heroína, e começaram a ter reflexos na vida e no comportamento do rapaz, que já não se dava com os amigos de sempre porque achava que eles eram chatos (por estes fazerem tentativas diversas para o alertar) e tampouco se dava com os novos "amigos" que tinha conhecido, já que esses lhe voltaram as costas quando ele mais precisava. Os seus amigos agora não eram mais homens, mas eram sim as ruas da zona mais degradante da cidade onde se prostituía para sustentar o seu vício.
Certo dia, quando os seus pais voltavam de um jantar de negócios deram com ele na rua, junto a uns contentores a ressacar, e completamente aluado, eles nem queriam acreditar que aquele desgraçado ali deitado era o seu filho, e ficaram em choque. No entanto, saíram apressadamente do carro, pegaram nele e levaram-no para casa, onde tiveram uma longa e emotiva conversa, na qual o rapaz disse o quanto estava perdido e arrependido, mas que naquele momento aquela adversidade era bem mais forte que a sua vontade ou capacidade de a enfrentar.
Os pais prontificaram-se a ajudá-lo, mas alertaram-no, que para isso ele teria que ser o primeiro a querer ajudar-se a si mesmo, pois por mais que os seus pais o quisessem ajudar, de nada adiantaria se ele não contribuísse para isso, pois assim toda aquele jornada que iria começar, não iria surtir efeito.
O rapaz entendeu, e aceitou aquilo que os pais lhe disseram, e no dia seguinte, foram a uma das mais conceituadas clínicas de desintoxicação do país, para que pudessem dar ínicio ao tratamento. As horas dos dias demoravam a passar, mas o rapaz cumpriu aquilo que prometera aos pais, a sua força de vontade, a saudade da sua vida passada, e o desejo de não desiludir os seus pais, deram-lhe a força necessária para conseguir cumprir com sucesso o plano de recuperação. Passado um tempo, o rapaz estava cá fora, livre da dependência de estupefacientes, e totalmente renovado.
Rapidamente, voltou a dar-se com os amigos de sempre que o acolheram, voltou aos estudos, e até recuperou a namorada que já conhecera à vários anos e que sempre manifestou o seu amor por ele e que ele rejeitara. Sem dúvida que a sua vida voltava a ter um rumo, e contra todas as expectativas, voltava a ganhar sentido. Quem o via dizia: "quem te viu, e quem te vê, pareces outro, estás com muito boa aparência, nem nos teus melhores dias me lembro de te ver assim"
Após esta história... surge a pergunta, como se iriam sentir os pais daquele jovem, se ele voltasse a cometer os mesmos erros? O amor que eles tinham revelado e a oportunidade que lhe deram, não tinha servido para nada. E que falta de respeito demonstraria o jovem para o esforço e amor que os pais lhe demonstraram? Ele seria um ingrato, e os pais certamente ficariam com o coração desolado...!
Relacionemos esta história, com o amor que YHWH revelou ao enviar o Seu Filho Unigénito para dar a vida para anular/perdoar as nossas transgressões, e dando-nos a possibilidade de ser novas criaturas quando o aceitamos. O que sentiria YHWH que enviou o Seu filho Unigénito para pagar tão alto preço, se nós voltássemos a cometer os mesmos erros que fizeram com que houvesse a necessidade de Yeshua derramar o Seu sangue? Terá sido o seu sacríficio em vão? Quem guarda a Torah não nega Yeshua, antes pelo contrário, na verdade quem a despreza/ignora/viola é que nega Yeshua, e nega o propósito de todo o plano de salvação de YHWH.
Então temos a seguinte analogia:
YHWH- Representado pelos pais do jovem, que têm um amor incondicional por ele, que apesar de ter ido contra tudo aquilo que os pais lhe ensinaram desde sempre, manifestam o seu amor por ele ao dar-lhe a mão quando ele mais precisa.
YESHUA- Representado pela clínica e pelos tratamentos que o ajudaram a recuperar e a limpar o seu organismo.
O PECADO- Representado pela dependência do jovem de estupefacientes que contaminaram toda a sua pessoa.
A GRAÇA/PERDÃO- A oportunidade que os pais lhe deram para se recuperar, demonstrando todo o amor que têm pelo seu filho.
A RECONCILIAÇÃO- Representa o facto do jovem dar ouvidos ao conselho dos seus pais, e de fazer o tratamento por reconhecer que estava doente, e de ser a causa do sofrimento dos seus pais. Da mesma forma nós baptizamo-nos para renascermos, sermos renovados, por reconhecermos que somos pecadores, e termos parte na culpa do sangue derramado por Yeshua.
O BATISMO- Representado pelo processo de limpeza durante o tratamento na clínica.
A NOVA CRIATURA- Representada pelo jovem que sai totalmente limpo da clínica e renovado.
O VOLTAR ÀS VEREDAS ANTIGAS- O jovem recupera os seus verdadeiros amigos que sempre lá estiveram, e que não se afastaram dele, pelo contrário, ele sim é que os afastou e não atentou para os seus conselhos, e recuperou a namorada de sempre, que sempre lá esteve, mas que ele pouca ou nenhuma importância lhe deu.
A NAMORADA- Representa a Torah, a instrução de YHWH.
A OBSERVAÇÃO DA TORAH- O jovem atenta para a instrução que os pais lhe deram desde sempre, e percebe que aquela sim é a pessoa ideal para ele, e por amor a ela e ao conselho dos seus pais, respeita-a e aprende a amá-la, e quando a conhece verdadeiramente surpreende-se: "como é que alguém como tu me pode ter passado despercebida, tu és tudo aquilo que eu sempre precisei na minha vida, como é que pude ser tão parvo".
Cabe-nos fazer a pergunta: quem atenta para a Torah realmente cai da graça como o grosso do cristianismo defende?
A resposta é: NÃO, antes pelo contrário. Pela graça e misericórdia de YHWH, é-nos dada uma segunda oportunidade, e o caminhar na fé, zelo e perseverança levar-nos-á a alcançar a plenitude da graça, que é a ressureição para a vida Eterna.
Shalom.
Essa talvez seja a questão mais debatida entre os grupos de crentes. Queremos destacar primeiramente que nós defendemos que a salvação é pela graça. Mas também defendemos que a graça não existe somente após o sacríficio de Yeshua, mas sim desde a queda do homem. Na ausência da graça, Adão e Eva teriam sido destruídos aquando da desobediência, na ausência da graça, nem mesmo Noé teria sido poupado no dilúvio.
Atentemos então para a seguinte ilustração para compreender esta questão da lei e graça:
"Havia um jovem de boas famílias, que tinha o amor, carinho e atenção dos pais, que lhe proporcionavam uma vida desafogada desde criança.
Quando o jovem fez 11 anos, os seus pais apresentaram-lhe uma rapariga de origens humildes, de uma classe social diferente da deles, mas sobre a qual os seus pais demonstraram que aquela seria a rapariga ideal para ele futuramente, pois apesar de não ser abastada como eles, tinha todas as características necessárias para o fazerem feliz, além de ter a capacidade de fazer dele um homem, e ensinar-lhe os valores fundamentais da vida.
O rapaz não estava muito receptivo à sugestão dos pais, mas começaram por ser amigos, e de forma natural ao fim de algum tempo começou a namorar com ela. Os anos passaram, e ele continuava com ela, apesar de não lhe dar a devida atenção, ou pelo menos a atenção que ela merecia, e como tal, envolveu-se com outras raparigas que faziam mais o seu género, e que ele considerava serem mais interessantes.
Os pais perceberam isso, mas não insistiram e deixaram-no escolher por si mesmo.
Com 18 anos, quando o jovem terminou o ensino secundário, colocaram-no numa das melhores universidades do país, deram-lhe um carro novo, e até lhe compraram uma moradia com piscina numa das zonas mais previlegiadas da cidade. Quanto à namorada de sempre, idealizada pelos seus pais, já não fazia parte da vida do rapaz, que se tornara um namoradeiro, e provavelmente até já teria esquecido o nome da rapariga com quem namorara 6 anos.
O interesse do rapaz pela vida nocturna cresceu rapidamente e depressa os seus amigos de sempre foram subtituídos por outros "amigos" pouco recomendáveis, pois não eram assim tão amigos, já que o incentivaram a consumir drogas.
Aquilo que a príncipio seria apenas uma experiência e o rapaz, partindo da premissa que "as drogas leves não fazem mal a ninguém", depressa se tornou numa dependência incontrolável, e as drogas leves foram trocadas pela heroína, e começaram a ter reflexos na vida e no comportamento do rapaz, que já não se dava com os amigos de sempre porque achava que eles eram chatos (por estes fazerem tentativas diversas para o alertar) e tampouco se dava com os novos "amigos" que tinha conhecido, já que esses lhe voltaram as costas quando ele mais precisava. Os seus amigos agora não eram mais homens, mas eram sim as ruas da zona mais degradante da cidade onde se prostituía para sustentar o seu vício.
Certo dia, quando os seus pais voltavam de um jantar de negócios deram com ele na rua, junto a uns contentores a ressacar, e completamente aluado, eles nem queriam acreditar que aquele desgraçado ali deitado era o seu filho, e ficaram em choque. No entanto, saíram apressadamente do carro, pegaram nele e levaram-no para casa, onde tiveram uma longa e emotiva conversa, na qual o rapaz disse o quanto estava perdido e arrependido, mas que naquele momento aquela adversidade era bem mais forte que a sua vontade ou capacidade de a enfrentar.
Os pais prontificaram-se a ajudá-lo, mas alertaram-no, que para isso ele teria que ser o primeiro a querer ajudar-se a si mesmo, pois por mais que os seus pais o quisessem ajudar, de nada adiantaria se ele não contribuísse para isso, pois assim toda aquele jornada que iria começar, não iria surtir efeito.
O rapaz entendeu, e aceitou aquilo que os pais lhe disseram, e no dia seguinte, foram a uma das mais conceituadas clínicas de desintoxicação do país, para que pudessem dar ínicio ao tratamento. As horas dos dias demoravam a passar, mas o rapaz cumpriu aquilo que prometera aos pais, a sua força de vontade, a saudade da sua vida passada, e o desejo de não desiludir os seus pais, deram-lhe a força necessária para conseguir cumprir com sucesso o plano de recuperação. Passado um tempo, o rapaz estava cá fora, livre da dependência de estupefacientes, e totalmente renovado.
Rapidamente, voltou a dar-se com os amigos de sempre que o acolheram, voltou aos estudos, e até recuperou a namorada que já conhecera à vários anos e que sempre manifestou o seu amor por ele e que ele rejeitara. Sem dúvida que a sua vida voltava a ter um rumo, e contra todas as expectativas, voltava a ganhar sentido. Quem o via dizia: "quem te viu, e quem te vê, pareces outro, estás com muito boa aparência, nem nos teus melhores dias me lembro de te ver assim"
Após esta história... surge a pergunta, como se iriam sentir os pais daquele jovem, se ele voltasse a cometer os mesmos erros? O amor que eles tinham revelado e a oportunidade que lhe deram, não tinha servido para nada. E que falta de respeito demonstraria o jovem para o esforço e amor que os pais lhe demonstraram? Ele seria um ingrato, e os pais certamente ficariam com o coração desolado...!
Relacionemos esta história, com o amor que YHWH revelou ao enviar o Seu Filho Unigénito para dar a vida para anular/perdoar as nossas transgressões, e dando-nos a possibilidade de ser novas criaturas quando o aceitamos. O que sentiria YHWH que enviou o Seu filho Unigénito para pagar tão alto preço, se nós voltássemos a cometer os mesmos erros que fizeram com que houvesse a necessidade de Yeshua derramar o Seu sangue? Terá sido o seu sacríficio em vão? Quem guarda a Torah não nega Yeshua, antes pelo contrário, na verdade quem a despreza/ignora/viola é que nega Yeshua, e nega o propósito de todo o plano de salvação de YHWH.
Então temos a seguinte analogia:
YHWH- Representado pelos pais do jovem, que têm um amor incondicional por ele, que apesar de ter ido contra tudo aquilo que os pais lhe ensinaram desde sempre, manifestam o seu amor por ele ao dar-lhe a mão quando ele mais precisa.
YESHUA- Representado pela clínica e pelos tratamentos que o ajudaram a recuperar e a limpar o seu organismo.
O PECADO- Representado pela dependência do jovem de estupefacientes que contaminaram toda a sua pessoa.
A GRAÇA/PERDÃO- A oportunidade que os pais lhe deram para se recuperar, demonstrando todo o amor que têm pelo seu filho.
A RECONCILIAÇÃO- Representa o facto do jovem dar ouvidos ao conselho dos seus pais, e de fazer o tratamento por reconhecer que estava doente, e de ser a causa do sofrimento dos seus pais. Da mesma forma nós baptizamo-nos para renascermos, sermos renovados, por reconhecermos que somos pecadores, e termos parte na culpa do sangue derramado por Yeshua.
O BATISMO- Representado pelo processo de limpeza durante o tratamento na clínica.
A NOVA CRIATURA- Representada pelo jovem que sai totalmente limpo da clínica e renovado.
O VOLTAR ÀS VEREDAS ANTIGAS- O jovem recupera os seus verdadeiros amigos que sempre lá estiveram, e que não se afastaram dele, pelo contrário, ele sim é que os afastou e não atentou para os seus conselhos, e recuperou a namorada de sempre, que sempre lá esteve, mas que ele pouca ou nenhuma importância lhe deu.
A NAMORADA- Representa a Torah, a instrução de YHWH.
A OBSERVAÇÃO DA TORAH- O jovem atenta para a instrução que os pais lhe deram desde sempre, e percebe que aquela sim é a pessoa ideal para ele, e por amor a ela e ao conselho dos seus pais, respeita-a e aprende a amá-la, e quando a conhece verdadeiramente surpreende-se: "como é que alguém como tu me pode ter passado despercebida, tu és tudo aquilo que eu sempre precisei na minha vida, como é que pude ser tão parvo".
Cabe-nos fazer a pergunta: quem atenta para a Torah realmente cai da graça como o grosso do cristianismo defende?
A resposta é: NÃO, antes pelo contrário. Pela graça e misericórdia de YHWH, é-nos dada uma segunda oportunidade, e o caminhar na fé, zelo e perseverança levar-nos-á a alcançar a plenitude da graça, que é a ressureição para a vida Eterna.
Shalom.