A mulher e as calças
Este estudo foca-se numa doutrina instituída em alguns grupos de fé, que não reúne concenso entre os crentes, como tal, iremos abordar dois pontos fundamentais:
Existem alguns grupos de fé, que defendem que o facto da mulher usar calças é pecado. Essa premissa é baseada no texto de Deut. 22:5 que diz:
"Não haverá traje [keli] de homem na mulher, e nem vestirá o homem roupa de mulher; porque, qualquer que faz isto, abominação é a YHWH teu Deus."
Sobre o texto acima, alguns crentes desses grupos de fé, alegam que as calças são (ou tem origem no) vestuário masculino, e uma vez que o texto diz que isso é abominação para YHWH, consideram que a mulher crente não deve usar calças.
É curioso que muitos desses grupos nem sequer consideram a Torá como válida para os dias de hoje, no entanto, baseiam os seus argumentos num texto, que é um mandamento da Torá. Como já salientámos várias vezes, a Torá para nós significa o padrão de vida que o Eterno Deus instituiu para o homem, para que este atentasse para ela, e o levasse em prática, logo, como defensores da Torá, também consideramos que o texto de Deut. 22:5 é válido para os dias de hoje, à semelhança de todos os outros mandamentos. Mas será que esse texto proíbe realmente a mulher crente de usar calças?
O termo “keli” significa vaso ou utensilio, e normalmente se refere a elementos de vestimenta militar (couraças, armaduras, bainhas de armas.) Isto é, uma mulher não deveria usar coisas de homens. Já o termo “simlah” é o antigo nome para o xaile que hoje em dia é conhecido como talit.
Agora observemos algo interessante interessante. A Torá diz que um homem não deve usar uma “simlah” de uma mulher. Porém, a própria Bíblia fala de “simlah masculina” em diversos lugares. Apresentamos aqui um exemplo:
“Então David levantou-se do chão, lavou-se, perfumou-se, mudou de roupa [simlah] e entrou na casa de YHWH para se prostrar. De volta à sua casa, mandou que lhe servissem a refeição, e comeu.” (2 Sam. 12:20)
Ora, será que David foi à Casa do Eterno usando vestes femininas? É claro que não. Acontece que tanto os homens como as mulheres usavam o mesmo tipo de vestuário. A diferença não estava na peça de roupa em si, mas nos detalhes da roupa. E este não é o único exemplo. A principal vestimenta usada por homens e mulheres naquela época era uma espécie de túnica, amarrada na cintura, chamada de ketonet. Mais uma vez, vemos homens e mulheres usando a mesma vestimenta:
“Israel (Jacob) amava José mais do que todos os outros filhos, porque ele era o filho de sua velhice; e mandara-lhe fazer uma túnica [ketonet] de várias cores.” (Gen. 37:3)
“Então Tamar tomou cinza sobre a sua cabeça, e o vestido [ketonet] de muitas cores que trazia rasgou; e pôs as mãos sobre a cabeça, e foi andando e clamando.” (2 Sam. 13:19)
Aí está a prova, sem nenhuma sombra de dúvidas, de que homens e mulheres nos tempos bíblicos vestiam-se com as mesmas peças de roupa. A diferença estava no formato, nas cores, e nos ornamentos de cada roupa. É possível, por exemplo, que as vestes femininas fossem mais coloridas, com detalhes de flores, etc.
Se nos tempos bíblicos os homens e as mulheres usavam os mesmos artigos de vestuário – conforme a própria Bíblia atesta – e a diferenciação estava nos detalhes, por que insistem os grupos fundamentalistas da actualidade que homens e mulheres não podem fazer o mesmo? A única resposta possível é: Falta de estudo das Escrituras. Especialmente, de entender que para se fazer doutrina, não dá para se basear unicamente em traduções. É preciso verificar o original.
Calças femininas e masculinas são muito diferentes. Um homem, por exemplo, que vista calças justas de licra seria algo muito estranho. Assim como acontecia nos tempos bíblicos com as vestes bíblicas, a diferenciação existe, e está nos detalhes: no corte, na estampa, etc.
O Verdadeiro Sentido da restrição
O verdadeiro sentido do que a Torá diz não é difícil de entender: a Torá proíbe neste texto o travestismo. Ou seja, um homem não deve sair por aí vestido de mulher, nem uma mulher de homem. É lógico, a Bíblia é simples assim. O que complica as coisas é a religiosidade, e não as Escrituras. Isso, inclusive, varia de cultura para cultura. Ou alguém tem dúvidas de que um escocês usando kilt causaria escândalo no interior do nordeste brasileiro? E no entanto, na Escócia, ninguém acharia estranho aquele traje.
Para reforço de raciocínio, apresentamos abaixo um achado arqueológico egípcio que ilustra como eram as mulheres israelitas nos tempos de Moisés.
- É errado aos olhos de YHWH a mulher vestir calças?
- O que proíbe na verdade o mandamento de Deut. 22:5?
Existem alguns grupos de fé, que defendem que o facto da mulher usar calças é pecado. Essa premissa é baseada no texto de Deut. 22:5 que diz:
"Não haverá traje [keli] de homem na mulher, e nem vestirá o homem roupa de mulher; porque, qualquer que faz isto, abominação é a YHWH teu Deus."
Sobre o texto acima, alguns crentes desses grupos de fé, alegam que as calças são (ou tem origem no) vestuário masculino, e uma vez que o texto diz que isso é abominação para YHWH, consideram que a mulher crente não deve usar calças.
É curioso que muitos desses grupos nem sequer consideram a Torá como válida para os dias de hoje, no entanto, baseiam os seus argumentos num texto, que é um mandamento da Torá. Como já salientámos várias vezes, a Torá para nós significa o padrão de vida que o Eterno Deus instituiu para o homem, para que este atentasse para ela, e o levasse em prática, logo, como defensores da Torá, também consideramos que o texto de Deut. 22:5 é válido para os dias de hoje, à semelhança de todos os outros mandamentos. Mas será que esse texto proíbe realmente a mulher crente de usar calças?
O termo “keli” significa vaso ou utensilio, e normalmente se refere a elementos de vestimenta militar (couraças, armaduras, bainhas de armas.) Isto é, uma mulher não deveria usar coisas de homens. Já o termo “simlah” é o antigo nome para o xaile que hoje em dia é conhecido como talit.
Agora observemos algo interessante interessante. A Torá diz que um homem não deve usar uma “simlah” de uma mulher. Porém, a própria Bíblia fala de “simlah masculina” em diversos lugares. Apresentamos aqui um exemplo:
“Então David levantou-se do chão, lavou-se, perfumou-se, mudou de roupa [simlah] e entrou na casa de YHWH para se prostrar. De volta à sua casa, mandou que lhe servissem a refeição, e comeu.” (2 Sam. 12:20)
Ora, será que David foi à Casa do Eterno usando vestes femininas? É claro que não. Acontece que tanto os homens como as mulheres usavam o mesmo tipo de vestuário. A diferença não estava na peça de roupa em si, mas nos detalhes da roupa. E este não é o único exemplo. A principal vestimenta usada por homens e mulheres naquela época era uma espécie de túnica, amarrada na cintura, chamada de ketonet. Mais uma vez, vemos homens e mulheres usando a mesma vestimenta:
“Israel (Jacob) amava José mais do que todos os outros filhos, porque ele era o filho de sua velhice; e mandara-lhe fazer uma túnica [ketonet] de várias cores.” (Gen. 37:3)
“Então Tamar tomou cinza sobre a sua cabeça, e o vestido [ketonet] de muitas cores que trazia rasgou; e pôs as mãos sobre a cabeça, e foi andando e clamando.” (2 Sam. 13:19)
Aí está a prova, sem nenhuma sombra de dúvidas, de que homens e mulheres nos tempos bíblicos vestiam-se com as mesmas peças de roupa. A diferença estava no formato, nas cores, e nos ornamentos de cada roupa. É possível, por exemplo, que as vestes femininas fossem mais coloridas, com detalhes de flores, etc.
Se nos tempos bíblicos os homens e as mulheres usavam os mesmos artigos de vestuário – conforme a própria Bíblia atesta – e a diferenciação estava nos detalhes, por que insistem os grupos fundamentalistas da actualidade que homens e mulheres não podem fazer o mesmo? A única resposta possível é: Falta de estudo das Escrituras. Especialmente, de entender que para se fazer doutrina, não dá para se basear unicamente em traduções. É preciso verificar o original.
Calças femininas e masculinas são muito diferentes. Um homem, por exemplo, que vista calças justas de licra seria algo muito estranho. Assim como acontecia nos tempos bíblicos com as vestes bíblicas, a diferenciação existe, e está nos detalhes: no corte, na estampa, etc.
O Verdadeiro Sentido da restrição
O verdadeiro sentido do que a Torá diz não é difícil de entender: a Torá proíbe neste texto o travestismo. Ou seja, um homem não deve sair por aí vestido de mulher, nem uma mulher de homem. É lógico, a Bíblia é simples assim. O que complica as coisas é a religiosidade, e não as Escrituras. Isso, inclusive, varia de cultura para cultura. Ou alguém tem dúvidas de que um escocês usando kilt causaria escândalo no interior do nordeste brasileiro? E no entanto, na Escócia, ninguém acharia estranho aquele traje.
Para reforço de raciocínio, apresentamos abaixo um achado arqueológico egípcio que ilustra como eram as mulheres israelitas nos tempos de Moisés.
Reparem no traje que elas usam. Será que
elas seriam bem-vindas em algumas comunidades que, mesmo sob o sol escaldante
de quarenta graus, obrigam as suas mulheres a se vestirem com trajes que
poderiam pertencer a um filme de época do século XIX?
Santidade não é sinónimo de religiosidade. A Bíblia fala sobre decência e modéstia, mas não obriga ninguém dobrar-se a esses preceitos humanos. Que, normalmente, são preceitos que ocupam na vida das pessoas o lugar que deveria pertencer a um verdadeiro relacionamento diário com Yeshua.
O propósito do mandamento de Deut. 22:5 é basicamente o de evitar a confusão, e marcar a diferença entre homens e mulheres, o mandamento proíbe basicamente que o homem se vista de mulher e a mulher se vista de homem, (como fazem os travestis) causando escândalo e confusão. Qualquer homem que saia à rua com saltos altos, mini-saia, maquilhado e com mala a tiracolo, será alvo de comentários, porque usa vestimentas contrárias à sua natureza. É isso que o Eterno Deus proíbe. É abominável aos olhos de Deus tais práticas. Quanto à questão específica das calças, existem modelos masculinos, e femininos.
No entanto, temos conhecimento, que existem irmãs, que ao terem conhecimento desta verdade sobre o vestuário, a primeira coisa que fazem é ir ao centro comercial comprar calças para apetrechar o seu roupeiro.
Mas devemos salientar que a permissividade de uma prática que até então consideravam restricta, não pode ter como consequência uma prática incorrecta aos olhos do Eterno, que é a vaidade. Na verdade, entristece-nos o facto de constantarmos a euforia e a alegria das pessoas, que ao perceberem que afinal algo é lícito aos olhos de Deus quando até então pensavam que não o era, e no contexto inverso, percebermos a sua resistência ou inflexibilidade quando ao terem conhecimento que afinal determinadas práticas que têm mantido são pecado, e que é urgente corrigi-las, e que também existem coisas que estão a ignorar, e que é urgente atentar para elas.
É fácil adoptar novas práticas quando visam o interesse próprio do ser humano, mas já não é assim tão fácil abandonar certas práticas que visam uma maior devoção e sacrifício ao Eterno. Meditemos em dois textos de Salomão e um de Paulo aos Gálatas:
Prov. 16:18 "A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda."
Ecl. 1:2-4 "Vaidade de vaidades, diz o pregador, vaidade de vaidades! Tudo é vaidade. Que proveito tem o homem, de todo o seu trabalho, que faz debaixo do sol?
Uma geração vai, e outra geração vem; mas a terra para sempre permanece."
Gál. 1:10 "Porque, persuado eu agora a homens ou a Deus? ou procuro agradar a homens? Se estivesse ainda agradando aos homens, não seria servo do Mashiach."
Está na altura de abandonarmos a religiosidade e o egocentrismo, e nos voltarmos unicamente para a pureza da Verdade das Escrituras.
Santidade não é sinónimo de religiosidade. A Bíblia fala sobre decência e modéstia, mas não obriga ninguém dobrar-se a esses preceitos humanos. Que, normalmente, são preceitos que ocupam na vida das pessoas o lugar que deveria pertencer a um verdadeiro relacionamento diário com Yeshua.
O propósito do mandamento de Deut. 22:5 é basicamente o de evitar a confusão, e marcar a diferença entre homens e mulheres, o mandamento proíbe basicamente que o homem se vista de mulher e a mulher se vista de homem, (como fazem os travestis) causando escândalo e confusão. Qualquer homem que saia à rua com saltos altos, mini-saia, maquilhado e com mala a tiracolo, será alvo de comentários, porque usa vestimentas contrárias à sua natureza. É isso que o Eterno Deus proíbe. É abominável aos olhos de Deus tais práticas. Quanto à questão específica das calças, existem modelos masculinos, e femininos.
No entanto, temos conhecimento, que existem irmãs, que ao terem conhecimento desta verdade sobre o vestuário, a primeira coisa que fazem é ir ao centro comercial comprar calças para apetrechar o seu roupeiro.
Mas devemos salientar que a permissividade de uma prática que até então consideravam restricta, não pode ter como consequência uma prática incorrecta aos olhos do Eterno, que é a vaidade. Na verdade, entristece-nos o facto de constantarmos a euforia e a alegria das pessoas, que ao perceberem que afinal algo é lícito aos olhos de Deus quando até então pensavam que não o era, e no contexto inverso, percebermos a sua resistência ou inflexibilidade quando ao terem conhecimento que afinal determinadas práticas que têm mantido são pecado, e que é urgente corrigi-las, e que também existem coisas que estão a ignorar, e que é urgente atentar para elas.
É fácil adoptar novas práticas quando visam o interesse próprio do ser humano, mas já não é assim tão fácil abandonar certas práticas que visam uma maior devoção e sacrifício ao Eterno. Meditemos em dois textos de Salomão e um de Paulo aos Gálatas:
Prov. 16:18 "A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda."
Ecl. 1:2-4 "Vaidade de vaidades, diz o pregador, vaidade de vaidades! Tudo é vaidade. Que proveito tem o homem, de todo o seu trabalho, que faz debaixo do sol?
Uma geração vai, e outra geração vem; mas a terra para sempre permanece."
Gál. 1:10 "Porque, persuado eu agora a homens ou a Deus? ou procuro agradar a homens? Se estivesse ainda agradando aos homens, não seria servo do Mashiach."
Está na altura de abandonarmos a religiosidade e o egocentrismo, e nos voltarmos unicamente para a pureza da Verdade das Escrituras.